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[Crítica] Little Deaths


Direção: Sean Hogan, Andrew Parkinson e Simon Rumley
Ano: 2011
País: UK
Duração: 90 minutos
Título original: Little Deaths

Crítica:

Há bastante tempo que não via um filme dividido em contos aleatórios. Acho que, quando pensamos no assunto, logo vem a nossa mente a franquia Creepshow, um verdadeiro clássico deste subgênero. Mas este tipo de filme andou meio apagado do mercado cinematográfico. Dos últimos lançados, só me vem a cabeça o Creepshow 3, que é uma verdadeira bomba, e Contos do Dia das Bruxas, onde os contos, apesar de contarem histórias diferentes, têm um elemento crucial que as liga. Em Little Deaths não há nenhum elemento, as histórias são completamente independentes, tendo como semelhança, apenas um forte apelo sexual.

House and Home - Conta a história de um casal com gostos sexuais bizarros. Tudo muda quando eles sequestram uma moradora de rua. Não posso dar muitos detalhes, porque qualquer frase a mais pode estragar uma surpresa, por isso as sinopses serão bem vagas. Este é o melhor conto do filme, na minha opinião. O roteiro vai nos entregando aos poucos as informações e consegue surpreender com um final realmente bombástico.

Mutant Tool - Segue a dura vida de uma ex-viciada e prostituta, que planeja uma vida melhor, com a ajuda de alguns medicamentos, que não são o que parecem. Agora o nível começa a baixar. Não gosto muito desse tipo de história, onde nada é respondido. O espectador tem que prestar bastante atenção em casa cena, para não perder momentos importantes que possam despercebidos. O final é fraco, completamente previsível. Mutant Tool se sairia melhor como um longa metragem, porque ao chegar em seu desfecho, parece que está faltando alguma coisa.

Bitch - É o mais fora de contexto de todos, quase não é um suspense, está mais para um drama familiar. Segue um casal com problemas no relacionamento, por causa de hábitos sexuais estranhos. Não temos nada de muito empolgante neste conto. Na verdade, ele tem uma atmosfera bem deprimente, esmagadora. As situações que o protagonista é submetido é de dar vergonha. Extremamente deplorável, uma vida de cachorro, literalmente. Apesar de tudo isso, a vingança final é muito boa e salva o conto do fracasso, apesar de não ser surpresa.

Como vocês puderam perceber acima, as histórias são extremamente irregulares. Depois de assistir ao primeiro conto, eu fiquei super empolgado, achando que o melhor ainda estava por vir. Grande engano! O engraçado é que eu só baixei o filme por causa do pôster sinistro (nunca façam isso), que é quase uma propaganda enganosa. Depois, quando vi o trailer, fiquei super decepcionado, achando que seria uma verdadeira bomba. Bom, digamos que Little Deaths consegue ficar acima da média, mas peca pela falta de boas tramas.

É engraçado que neste universo sexual bizarro, poderiam ter sido exploradas diversas outras histórias, muito melhores. Quem sabe uma possível sequência não corrija isto? Eu tenho certeza que muitas pessoas vão adorar este filme. Ele é completamente bizarro, com cenas fortes. Todos os contos têm partes chocantes, sempre envolvendo o sexo. Acho que o mais memorável foi o primeiro sexo terceiro conto. A fotografia mal iluminada e escura faz tudo parecer sujo, ainda mais do realmente é (se isso é possível). Nota 6,5.

Trailer:

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