Especial

Foto:

Livro | The Double Me - 6x14: Won't Hurt You, But I Might Hurt Someone [+18]

   6x14: Won't Hurt You, But I Might Hurt Someone
“Você é lembrado pelas regras que quebra".

— Bom dia, Mr Robot — Nate o cumprimentou.
— Foster — Cameron vinha atrás.
Das duas, uma. Ou abriram as portas para uma realidade alternativa, na qual Nate Strauss costuma usar branco e é parceiro de Cameron Ridell. Ou o bagulho de hoje cedo ainda estava no sistema de Kerr.  
Teorias, teorias.
— O que está acontecendo? — Kerr fechou a porta. — Onde você estava? — Perguntou a Nate. — E por que está com ele? E por que estão aqui? E que roupas são essas? — Também muito preocupante.
Os outros dois se dispersaram pelo apartamento, como se os interessasse cada detalhe.
— Breaking News — Disse Nate. — Fingi ser meu irmão gêmeo esse tempo todo, estou fodendo Cameron e atualizei meu guarda-roupas. Eu ouvi um Aleluia?
— Na verdade, eu tenho uma crítica. Branco não combina com você.
— Isso é o que mais o surpreende?
— Eu diria que sim. Não é tão difícil acreditar em todo o resto — Olhou para Cameron. — Alex vai mata-lo se souber que está aqui.
— Ele não tem interesse em nós dois — Respondeu Cameron. Tinha pego na bancada uma escultura em forma de pássaro, que passava de mão em mão. — A propósito, não vai comentar sobre minhas roupas?
— Sim, este paletó cinza-chumbo o faz parecer um ator pornô — Kerr virou a Nate, de braços cruzados. — Diga-me o que está acontecendo — Firmara o tom de voz.
As primeiras palavras de Nate seguiram a um suspiro.
— Precisamos da sua ajuda, Kerr. Mais especificamente, do Black Swan 
— Quer que eu use meu programa para hackear alguém?   
— Por agora, não. Primeiro discutimos nossos termos e acertamos um valor.
— Qualquer valor — Mencionou Cameron.
Kerr o via muito à vontade no sofá maior, com as duas pernas esticadas, e apoiando-se em um dos cotovelos. Odiava-o também por isto.
— Olha, pessoal, — Dizia Kerr. — Não sei no que se meteram, mas não posso me envolver dessa vez. Este é um momento muito delicado para mim e minha família. Amber não está bem.
— Sabemos disso — Admitiu Nate. — Parece que precisa de uma boa distração.
— Eu posso me masturbar, obrigado. Não é ilegal e eu não corro o risco de ser pego.
Nate olhou ao redor.
— Isso não é cocaína sobre a mesinha?
— Isso é inevitável — Argumentou Kerr. — Não consigo me livrar dos meus fornecedores sem pôr um alvo na minha testa.
— Se nos ajudar, também podemos resolver isto — Cameron propôs. — Tenho muitos contatos em Nova York.
— Sim, ele é um mafioso — Nate confirmou.
Eles pareciam tratar o assunto de forma puramente casual.
— Não se preocupem, eu mesmo resolvo meus problemas — Decidira Kerr. — Minha resposta é não.
— E não podemos convence-lo do contrário? — Nate avançou um passo.
— Okay — Ele deu risada. — Essa deve ser a parte em que você me chantageia e eu fico contra a parede.
— Longe de mim. Eu quero ajudar você e sua irmã, Kerr. Seria inaceitável perder a guarda dos gêmeos para Dhiego Foster; drogado, encarcerado e prostituído. Ele deu início ao processo há dois dias.
— Tcharam! — Cameron tirou os documentos do bolso do paletó.
O olhar de Kerr seguiu a ele e a Nate, aos arquivos e ao nada. Mas em nenhum momento o sorriso de desdém deixou-lhe os lábios. Não era sua derrota para ter de admitir.
— Você já conseguiu alguma coisa sem manipular as pessoas? — Ele provocou.
— Sim, meu abdome definido — Disse Nate. — Eu realmente paguei por eles.
Apenas por confirmação, Cameron esticou o braço e tocou a parte mais baixa de seu abdome, próximo a virilha. Nate mostrou a ele um sorriso cortês, ele virou o beiço meio impressionado.
— Nate, podemos falar a sós, em meu quarto? — Pediu Kerr.
Assim eles foram.
Chegando lá, Nate tirou do bolso um maço e um isqueiro.
— Não fume aqui — Kerr tentou toma-lo.
Nate o contornou, prendeu-lhe o braço na parte de trás e o imprensou de rosto contra a parede.
— Ah, pequeno Kerr... — Sussurrou-lhe. — Não acha estranho nunca termos tido uma noite só para nós dois?
— Eu prefiro assim — Kerr gemeu as palavras.
— Mesmo que não faça o meu tipo, eu abriria uma exceção pelo que tem entre as pernas. Diga-me se é grande.
— Não interessa... Nate... solte-me...
— Ele tem prepúcio?
— Nate, por favor...
Assim ele o soltou.
Kerr virou de frente, recuperou seu fôlego.
— Se eu fizer o que diz... — Numa hipótese. — O que vai acontecer?
— Bom... — Nate se aproximou olho a olho. — Não vou te machucar, mas posso machucar alguém — Deu-lhe um beijo.
Kerr sentiu gosto de cigarros Insignia e bala de menta.
— Tudo bem — Ele cedeu. — Já que me tornei incapaz de dizer-lhe não, irei cobrar um alto valor pelo serviço.
— O quanto você vale?
— O mesmo que pequenas ilhas no sul do pacífico. Ou até mais.
— Bom saber que posso banca-lo — Nate saiu; ele o seguiu. — Você receberá uma mensagem com os detalhes na hora certa. Enquanto isso, livre-se dessa cocaína e de qualquer outra substância ilegal neste apartamento. Isso pode nos comprometer.
...com a polícia?
— Nate, no que você está me metendo?
— Pode relaxar, por favor? — Sua voz soou enfadosa. — Ninguém saberá sobre você se não deixar rastros.
— Eu nunca deixo rastros.
— Então não se preocupe — Jogou o isqueiro para trás.
Kerr o apanhou no ar.
— Tudo resolvido? — Perguntou Cameron.
— Perfeitamente — Disse Nate. — Vamos embora — Seguiu primeiro.
Foi quando Kerr os interrompeu:
— Você fez de novo, não é? — Referia-se a Nate. — O lance de entorpecer suas emoções para não lidar com a culpa e o remorso.
— Não acha que isso seria trapaça?
— Depende do contexto. Nos melhores dias, garantiria certa vantagem.
— Disso eu sei.
— Da mesma forma que pode se transformar em seu calcanhar de Aquiles. Porque se ainda estiver aí dentro...
— Não — Interrompeu-o. — Não tem ninguém aqui dentro — Passou por ele.
Cameron mostrou um último sorriso antes de partirem.


Bethany o ajudou a levar suas malas até o quarto de hóspedes da mansão Maeve. Ao todo foram três, sem contar a mochila que Dominik levava nas costas. O restante ele deixou na rodoviária para despistar os seguranças de seu pai.
— Lar doce lar — Ela cantarolou, atirando-se na cama.
— Lar doce lar — Dominik repetiu, deixando a mochila sobre os tapetes.
As paredes eram em tom de marfim, acordado ao branco floral nos detalhes de acabamento. Mesas, cadeiras, escrivaninhas e outros móveis destacavam-se pela rusticidade e elegância no estilo escandinavo, feitos em madeira, vidro e metais simples; estofados em linho e algodão. Pelas janelas, tinham em vista de ambos os jardins frontais e das casas mais próximas, além dos portões de ferro.
— Bom, é isto — Ele pôs as mãos na cintura. — Obrigado por me deixarem ficar.
— Sem problemas. Minha mãe adora receber hóspedes.
— Posso trazer alguns meninos, então?
— Traga-os, por favor — Levou as mãos ao peito. — Nós imploramos.
Ele riu.
Se fosse assim tão fácil...
— Acha que seus pais já receberam sua mensagem? — Ela perguntou. — Imagine a cara deles quando descobrirem que fugiu da casa de sua tia e voltou sozinho para Nova York.
— Nem quero imaginar. Não tenho mais a ver com eles.
— Então por que ligou avisando que estava bem e não deviam procura-lo?
— Para que não contatassem a polícia, é óbvio. Quer que invadam sua casa para saber se estou aqui?
— Ah, aqueles homens todos fardados... — Ela se contorcia. — Mas não. Minha mãe tem um sério problema nas artérias e precisa evitar fortes emoções.
— Por isso fode o jardineiro — Diziam os boatos.
Dominik lembrara de uma coisa enquanto organizava sua mala.
— Hey, quer ver o pau do Alex? — Deu ideia. — Salvei algumas fotos na nuvem.
— Por favor— Bethany estendeu seu celular.
Ele pegou de suas mãos, sentou ao lado dela e iniciou os processos de login.
— Olhe — Mostrou-a.
Ela observou por dois segundos.
— Nossa, quanta pele branca.
— Eu sei, é de morango. Olhe esta outra — Mostrou-a.
Ela usou as unhas para aplicar o zoom.
— É impressão minha ou ficou maior de uma foto para a outra?
— Sério...? — Ele observou de cabeça virada. — Tanto faz. Dezoito centímetros e meio é um bom número.
— Vocês já mediram?
— Uma vez... — Ele abriu os braços e jogou-se na cama. — Acho que sinto falta dele, mais ou menos... — Hesitou. — Não sei bem explicar.
— Talvez sinta falta de ter alguém, não de Alexander Strauss, especificamente.
— Não sei. Não sei mesmo... — Suspirou. — Sou novo demais para ter problemas com garotos, não acha? Eu só queria me divertir.
— Neste caso, tenho a solução — Ela tomou o celular.
Dominik esperou para ver.
— Festa na casa da Ashley, nesta sexta-feira — Dizia o panfleto virtual.
— Você sabe que sexta eu tenho a recepção. Meus pais estarão lá.
— E você ainda quer ir?
Dominik caminhou até a penteadeira, onde guardaria algumas peças de roupa.
— Quero saber sobre o novo encarregado do projeto — Disse. — Há rumores de que ele é jovem e podre de rico.
— Ah, sim. Você vai atrás de um cara.
— Eu só estou curioso. Além do mais, ele deve ser hétero. Nem vai me notar.
— Nada disso, meu amor — Caminhou até ele.
O reflexo no grande espelho mostrava-os juntos.
— Vê este garoto? — Bethany fez menção. — Ele pode conseguir quem quiser, basta ter um pouco mais de confiança.
— Este garoto não tem confiança porque todos acham que ele é novo demais para o que quer.
— Está enganado. Quando chegar à recepção, vestido em um terno negro, de gravata e cabelos arrumados, ele vai olhar profundamente em seus olhos azuis e vê-lo pelo que realmente é.
— E o que eu sou?
— O melhor cuzinho que ele vai ter na vida.
Os dois riram.
— Você é inacreditável! — Ele a atirou uma peça de roupa no rosto.
Na cama, Bethany pegou seu celular.
— Tudo bem, procuramos outra festa. Uma que não seja na noite em que Cinderelo encontrará seu príncipe dotado.
— Meio difícil numa quarta-feira à noite.
— Não blasfeme — Ergueu o indicador. — Ah, aqui está — Mostrou-o.
Alguns garotos do segundo ano tinham divulgado em seus stories sobre uma festa na casa de Blake Wattson, um dos jogadores do time de basquete. O nome de Ansel estava entre os confirmados.
— É hoje à noite? — Interessou-se Dominik.
— Depois das dez. Podemos ir no carro da minha mãe.
Ele refletiu em silêncio.
— Não teremos problemas se dirigirmos sem habilitação?
— Não pense nisso — Pediu ela. — O mais importante é você perder sua virgindade social. Vamos à festa, bebemos, nos divertimos, conhecemos alguns garotos...
— Para que? São todos héteros.
— Não após a quinta dose de vodka — Soubera de alguns. — Anda, vai ser divertido! — Implorava.
Ele pensou em dizer não e acabou dizendo sim.
— Eu te amo! — Ela o abraçou e beijou.
— Ta, tudo bem, já pode me soltar.
— Agora vamos escolher nossas roupas. Isso é muito importante.
— Meninos? — A mãe dela os abordou na porta do quarto, de lingerie vermelha e pantufas. — Quem quer margaritas com gelo? — Balançou o liquidificador.
Dominik e Bethany se entreolharam.

Henry chegou mais cedo naquela tarde e encontrou em cima da cama uma mala cheia de roupas e produtos de higiene pessoal. Logo veio Alex do outro cômodo, em mãos de alguns pertences.
— Hey — Disse o garoto. — Estava a sua espera.
— Estava? — Henry deixou a mochila no canteiro da porta.
É óbvio que tiraria as próprias conclusões.
— Precisamos conversar — Continuou Alex.  
— Okay — Henry esperou.
A única coisa que se ouvia, no tempo de Alex organizar a bagagem, era o barulho do vento contra as janelas. Ele parecia inquieto. Um tanto apreensivo.
— Encontrei alguém hoje — Contou a Henry. — Alguém do meu passado.
— Aqui na cidade?
— Sim. Estavam a minha procura.
Henry assentiu.
— Pretende voltar?
— Eu preciso. Não sei se meus irmãos correm perigo.
— Okay, espere... — Ele tentava entender. — A pessoa que encontrou hoje é de quem fugia anteriormente?
— É uma longa história, na verdade.
— Porque se alguém o ameaçou...
— Ninguém me ameaçou — Garantiu Alex. — Não faço isso por mim, faço por meus irmãos. Preciso estar lá. Por eles — Evitou seu olhar.


Entre tantas palavras não ditas, Henry escolheu o que Alex mais precisava ouvir: 
— Eu entendo.
Nenhum dos dois se olhava nos olhos.
— Tudo bem, eu... eu o levo à rodoviária. — Ofereceu Henry. — Você tem dinheiro?
— Acabei de ligar para o banco, está tudo resolvido.
— Certo. Vou preparar a caminhonete — Ele saiu.
— Não, espere. Não vá agora. Tenho algo a dizer.
— Alex, por favor...
— Escute-me — Deu um passo à frente. Henry não virou. — O que temos aqui é real. Sempre foi. Não sei se podemos chamar de amor, da forma que aprendemos a acreditar nele. Mas sei que é forte o bastante para me fazer repensar todas as decisões que já tomei em minha vida e todas que tomarei daqui pra frente. Se eu não for agora, nunca mais irei. Isto é o quanto eu preciso de você.
Palavras tão fortes, tão firme em seu tom. Henry não saberia responder se encontrasse as palavras certas. Era ir até ele, beija-lo, tê-lo em seus braços, sua forma de dizer eu também.
— O que vai acontecer agora? — Sussurrava Alex, contra seu peito.
— Você volta para sua família — Esclareceu Henry. — Eu volto para o mundo real.
— Longe daqui?
— Onde eu deveria estar — Afagou-o nos cabelos.
Estava na hora.
— Vamos? — Henry precisava saber.
— Sim, vamos — Disse Alex.
Eles deixaram juntos a cabana pela última vez.


Um grupo de homens de mulheres em trajes sociais batia de porta em porta para informar sobre um possível vazamento de gás na região suburbana. Em questão de minutos eles conseguiram que várias famílias arrumassem suas coisas e partissem de carro, como medida e proteção. Esta era primeira parte de um longo e ambicioso plano na agenda do Riot Squad
Sem os vizinhos por perto, Nate os deu entrada à residência de Olivia Blythe, uma famosa advogada criminal de Westchester County. Vieram todos de couro negro, jeans, capuz e casaco sobretudo; os rostos cobertos por máscaras, bandanas, gorros, bonés, grafite, maquiagem artística e qualquer outro símbolo libertário que pudessem tatuar na pele ou estampar em uma camiseta. No quesito arsenal, a criatividade os deixou levar. Via-se desde martelos e tacos de baseball à tridentes, maça estrelas e adagas de sai tão afiadas quanto espetos de churrasco.
O próprio Nate investiu na caracterização do Coringa de Jared Leto, com a maquiagem, os cabelos verdes, jaqueta e jeans negros e um taco de baseball envolto a arame farpado. O fornecedor de armas chamava sua invenção de Cecile, a irmã mais nova de Lucille. Depois de toma-lo em mãos e sentir farpar os dedos, Nate passou a chama-la de Taylor Swift. Era mais apropriado.
Os jovens bebiam, dançavam, beijavam, quebravam móveis, ateavam fogo, abriam buracos nas paredes. Nate era quem os liderava no centro do caos. Um antigo lustre de cristais da Bohemia pendia ao alto, até ele acerta-lo. Os cacos de vidro não cobriam o chão, até quebrar todas as janelas. Os sofás estavam impecáveis, até derramar gasolina e ateá-los fogo.     
Parte um: Concluída. Agora o terceiro ato.
A juíza Andrea Housenn deixou seu posto às dezessete horas e caminhou sozinha pelo estacionamento, de celular nas mãos. Logo ao adentrar o veículo, notara um estranho odor. Alguém teria usado uma espécie de substância branca pastosa para desenhar várias carinhas tristes na janela do outro banco, pelo lado de dentro. As portas e para-brisas também estavam repletos.
— O que é isto? — Ela mudou de lugar, já em mãos de uma caixinha de lenços.
Nate aproveitou a brecha para tomar o volante e trancar as portas.
— Você? — Ela gritou. — Saia já deste carro!
— Não vai dar não, meritíssima. Aperte os cintos — Ele arrancou.
Em pouco segundos foram a quarenta, sessenta, oitenta e depois a cem por hora.
— Você enlouqueceu! — Ela gritava. — Pare este carro!
— Por quê? Você sofre de cinetose? — Fez a curva.
Eles quase bateram em uma cabine telefônica.
— Algo que devia saber sobre mim, meritíssima, é que eu só posso ser pressionado até certo ponto — Disse Nate. — Se exceder a linha tênue, é fogo contra fogo do inferno — Virou mais uma vez.
Andrea iniciara uma prece.
— Pelo amor de Deus, Senhor Strauss!
— Ah, não fique assim — Fez bico. — Já sei, vamos ouvir uma música — Pôs o pen drive.


Nada que Don’t Stop Me Now, da banda Queen, não resolvesse.

I'm a shooting star leaping through the sky... Nate cantava junto aos versos.
       Like a tiger defying the laws of gravity... Atravessaram o sinal.
       I'm a racing car passing by, like Lady Godiva... Desviou de um carro na contramão.
       I'm gonna go, go, go... Uma curva.
       There's no stopping meeeeeeeeeee... 
Outra curva.

       I'm burning through the sky, yeah!... 
Um pedestre escapou por pouco.
       Two hundred degrees... 
Os carros buzinavam.
       That's why they call me Mister Fahrenheit... 
Nate enfatizou esta parte.
       I'm travelling at the speed of light... 
Um cachorro.
       I wanna make a supersonic man out of you... 
Desviou dele.
Don't stop me now... A loja de bebias estava cada vez mais perto.
       Don't stop me now... Cada vez mais perto...
       Don't stop me now... 
Cada vez mais perto...  
       Don't stop me now... O carro invadiu
       I don't wanna stop at aaaaaaaaaaall... 
Eles bateram. Silêncio total.

Alguns minutos – ou segundos – depois, Nate recobrara a consciência. Os airbags cercavam-no por todos os lados; havia muita fumaça e poeira.
Andrea jazia inconsciente no banco do passageiro.
— Isso foi demaaaaaais! — Ele gritava e buzinava. — Eu quero outra vez, e você? — Ergueu um braço dela, que caiu sem reação. — Meritíssima, se você morrer aqui... — Checou seu pulso. — Não, tudo bem. A vadia tem sete vidas.
Do bolso ele tirou um estojo de veludo, e de dentro dele tirou uma seringa contendo a poção mágica. Cameron instruiu-o a injetar diretamente no pescoço, para ser absorvido mais depressa pela corrente sanguínea. Assim Nate o fez.
— Com licença, meritíssima — Precisou também muda-la de lugar.
Agora era entre ele e Kerr.
— Está feito — Caminhava e dizia. — Mate as câmeras de segurança.
— Tudo bem. Você tem dois minutos até a reinicialização.
— Conte até dez — Desligou.
Nate ainda teve tempo de furtar uma garrafa de vodka antes de ir embora.


Eles a levaram em uma maca até a pista de decolagem. Thayer descreveu cada novo lugar, cada pessoa que encontravam. Ela sempre ria ao ouvi-lo dizer nariz adunco ou pança desproporcional.
— Ouve isto? — Ele chamou sua atenção.
— As turbinas... — Ela murmurou, sonolenta.
Imaginava uma grande pista, repleta das mais luxuosas aeronaves. As silhuetas dos prédios estariam a quilômetros e quilômetros de distância. O céu seria negro e chuvoso, de uma noite de inverno. Muito lhe dava a entender pelo barulho de trovões e as pequenas gotículas de chuva que caiam sobre sua pele.
 Estamos quase lá — Informou Thayer.
De repente, ela sentiu outro toque. Se Thayer estava à sua direita, outro alguém viria à esquerda.
— Estou aqui — Ouviu a voz de Lola.
Imaginou-a em uma maca, ao seu lado, com aparelhos respiratórios. Isso não fugia muito à realidade. O que ela não via eram suas marcas de sobrevivência. Os dois olhos roxos. Os lábios rachados. As queimaduras de cigarro nas bochechas. A parte escalpelada do couro cabeludo.
— Você está bem? — Mia apertou sua mão.
— Igual a ontem — Ela tossiu. — Quais as chances de me emprestar outra vez o celular do seu amigo para que eu durma ouvindo música?
— Hoje não é a minha vez?
— Não de acordo ao fuso horário de Nova York.
Mia sorriu. Talvez Lola sorrisse também, era bom apegar-se nesta ideia.
— Chegou a hora, meninas — Disse Thayer.
Eles as levaram para dentro, instalaram as macas, posicionaram os suportes, conectaram os aparelhos.
— Eu disse para irmos à Roma, não à Londres — Lembrou Lola.
Mia mostrou algo parecido a um sorriso.
— Eu sei. Agora só quero ir para casa.
— Eu também... — Lola suspirou.
Em poucos minutos eles decolaram.
Alguém bateu à porta do banheiro.
— Só um minuto! — Gritou Dominik.
Nada mais restou a fazer pela marca de cerveja em seu casaco. Levaria tempo até secar, nunca alcançando o imperceptível. Tudo bem.
Desligou a torneira. Abriu as portas.
— Obrigada! — Uma moça passou por ele junto a outras duas. — Estou tão apertada...
— Eu também — Reclamou a outra. — Acho que foi a Sprite.
— Eu acho que você está grávida.
— Cala a boca! — Acertou-a com o copo.
Lá embaixo, na festa, Dominik escorou-se em uma parede e checou alguns apps de encontro no celular de Bethany. Ninguém lhe chamou muita atenção, até por ser difícil identifica-los por cada abdome definido. E os que tinham coragem de mostrar o rosto, de vez em quando, simplesmente não deveriam ter tanta coragem. Dominik notou que um dos nunca jamais mostrava um sorriso amarelado para ele, do outro lado do cômodo.
— Nope — Deu meia volta.
Ansel e ele acabaram batendo de encontro.
— Hey, você veio — Cumprimentou o rapaz. — Está usando o Grindr? — Ele notara.
— Não, eu... quer dizer...
— Tudo bem, não sou sua mãe — Ficou ao lado dele. — Vamos dar uma olhada... — Tomou o celular. — Este não — Recusou. — Este não — Passou outro. — Nunca jamais — Fez uma careta. — Ah, este aqui é um achado — Mostrou a ele.
Dominik se aproximou para ver.
— Vocês são meio parecidos.
— Todos os homens brancos e loiros parecem uns aos outros.
Tomou das mãos dele.
— Talvez eu diga olá — Ele digitava.
— Talvez possa fazer melhor — Insinuou Ansel.
Em uma mão revelara um par de pílulas azuis.
— Parece intenso.
— Você não tem ideia — Ansel fechou a mão. — Quer subir para o segundo andar?
— Para que? Não tem ninguém lá em cima.
— Exatamente — O provocou com um sorriso.


Eles atravessaram o hall, subiram as escadas. Um dos quartos de hóspede estava disponível. 
— Faremos juntos, okay? — Ansel fechou a porta atrás de si.
Dominik observou-o tirar o casaco, deixar a cerveja sobre o criado mudo e caminhar em sua direção. Ficava bem com aquele casaco negro e cacharrel, e seus doces fios loiros penteados para o lado, ao estilo clássico. Além de que, fazer a barba o deixava com uma aparência mais jovem. Dominik erraria um palpite se já não soubesse a sua idade e o ano que cursava na Northview Charter School.
— Nunca usou antes? — O rapaz se aproximou.
— Ainda não — Respondeu Dominik.
Ele não parecia surpreso.
— Você sentirá a língua amarga nos primeiros minutos... — Chegou bem perto. — Mas não se preocupe... — Pôs uma pílula na boca. — Isso também faz parte da viagem... — Segurou-o nas mãos. — Está pronto?
Dominik assentiu. Ele o beijou.
— Tem gosto de bala de menta — Dominik sorria.
— Continue provando — Ansel o beijou outra vez.


Nate descobriu um pouco mais sobre a família Alonso durante as investigações. Ao todo eram seis filhos e seis nomes bíblicos diferentes. Lucas, o mais velho, seguiu carreira militar. Phoebe, a filha mais velha, cursava universidade na Europa. Os gêmeos Rebecca e Elijah, de dezessete anos, estudavam na Manhattan Christian Academy. Candace, aos quinze anos, já estava noiva de Tyler Coleman, um rapaz que frequentava sua mesma igreja. Gabriel, o filho mais novo, atualizava diariamente seu canal cristão no YouTubeAgora Gus fazia parte da família.
Nate os seguiu, os observou e vasculhou suas contas e arquivos pessoais, mas não obteve o resultado esperado. Nenhum deles era secretamente gay, ou tinha um caso, ou colava nos exames, ou usava de substâncias ilícitas. Já o namorado, Tyler Coleman, esse sim tinha um bom histórico de navegação. As palavras bareback e twink apareciam na mesma frequência que estudos bíblicos, torrent search wikipédia todos os sábados.
Puta. Que. Me. Pariu.
Nate encontrou-o sozinho, naquela tarde, em um fliperama da sessão de jogos do Manhattan Hall. Garotos de várias idades corriam e brincavam por lá. Estava bem movimentado.
— Isso funciona? — Perguntara a Tyler, de sua máquina.
— Você precisa cadastrar o reconhecimento facial — Disse o garoto.
— De que forma?
— Espere — Ele pressionou alguns botões. — Agora olhe para o monitor.
Nate o fez.
O processo terminou conforme uma voz robótica dizia:
— Seja bem-vindo — Arco-íris, arco-íris, nuvens no céu, muitas cores.
A última parte era escolher um nome de usuário e uma senha.
— Nossa, eu nunca adivinharia — Comentou Nate. — Muito obrigado.
— Não há de que — O rapaz voltou a sua máquina.
Nate viu ali sua melhor oportunidade.
— Eu não o conheço? — Deu a entender. — Não o vi ontem à noite na festa de McKenna Carcell, em Murray Hill?
— Ah, sim, era eu. Moro logo em frente — Estendeu uma mão. — Tyler Coleman.
— The boy next door — Cumprimentou-o. — Você tem muito fôlego.
— Por que diz isso?
— Vi a disputa nas piscinas. Chamaram-no de filho de Poseidon.
O rapaz sorriu.
— Em minha defesa, estava meio bêbado.
—  Sério? Achei que sua religião não permitisse.
— De fato, não permite. Este é um dos meus arrependimentos.
— E tem muitos outros?
Tyler olhou para ele.
— O que quer dizer?
— Eu não sei — Nate deu de ombros. — Reparei em você na outra noite e achei que gostasse de se divertir.
Agora ele entendia.
— Cara, não sei o que te disseram, mas...
— Não estou há tanto tempo em Nova York para saber qualquer coisa — Nate o interrompeu. — Como ficarei apenas mais alguns dias, pensei em tentar algo novo. Você pode me ajudar?
— Bom, isso é... eu não sei se...
— Sua religião não permite? — Ele sorriu.


O gesto foi retribuído singelamente, no que levou a uma indiscreta aproximação, no que os levou ao banheiro para deficientes físicos, onde, naquele andar, imaginavam que não seriam incomodados. Nate arrancou suas calças em um único puxão, e de joelhos colocou-o na boca. Ia para frente e para trás. Levantava e beijava-o, para que sentisse o próprio gosto. Circulava seus mamilos com a língua, traçando o caminho através de seu peitoral e da formação em V na cintura, que apontava para baixo. 
— Eu vou gozar... — O garoto avisou, mais cedo do que ele esperava.
— Goze, não diga — Pediu Nate.
E quando uma mulher bateu à porta, para reclamar do barulho, Nate mandou-a se foder ainda com o pau na boca.
— Agora vai! — Avisou Tyler outra vez.
Estava terminado. Eles começaram a se vestir.
— Sabe, meu pai não chega até às oito... — Disse Tyler. — Não quer continuar lá em casa?
— Agora não posso, estão me esperando... — Nate abotoou a camisa. — Marcamos para o outro dia? — Entregou-o seu cartão. — Ligue-me.
O garoto observou.
— Nathaniel Strauss... onde ouvi esse nome antes?
— Em todo lugar — Nate o beijou de despedida.
Parte um: Completa. Parte dois: Em progresso.
Acontece que o jovem Tyler não seguiu diretamente para casa ao deixar o Manhattan Hall. Nate precisou segui-lo por entre lojas de jogos e algumas lanchonetes, para então chegar em Murray Hill.
— Oh oh, papai está em casa — Observou do carro. É assim que as gays amadoras são pegas. Papai diz que voltará um pouco mais tarde e elas acreditam nisso. Quanta estupidez...
Bom, o plano seguiria em frente. Nate se certificou de montar dois cenários; um na casa dos Coleman, outro na casa dos Alonso. Serviria entre eles o mais favorável.
— Sou eu — Ligou para Kerr. — Estou em posição, mas o pai dele acabou de chegar.
— Puta merda! O que vai fazer?
— Podemos tentar na casa dos Alonso.
— Eu não recomendaria. Você tem mais chances na casa dos Coleman.
— Não com o pai dele bebendo cerveja na sala de estar — Olhou outra vez. O homem literalmente coçava o saco enquanto comia hamburguer. — Porra, não dá. Ele é nojento. Envie a mensagem, eu vou para os Alonso.
— Às suas ordens — Kerr o fez.
Nate viu pela janela o momento de Tyler pegar o celular e sorrir abobalhado. A mensagem dizia algo bem hétero piegas, do tipo: “Caça ao tesouro: Siga as pistas No Castelo dos Alonso e terá uma grande surpresa. Beijinhos, Candace”. VÔMITO, VÔMITO, VÔMITO. ARGH.
Tyler provavelmente acreditou ser sua namorada, ou não sairia tão apressado.
— É agora — Avisou Nate a Kerr. — Mantenha a posição.
— Certo — Ele desligou.
Passaram-se trinta segundos, apenas, entre Tyler encontrar o bilhete na sala de estar dos Alonso, subir para o quarto de Candace e encontrar a caixa de presentes sobre a cama dela, em seu nome. O escrito dizia: “Hoje todos os seus sonhos se tornarão realidade. Assinado: Candace”. Cheirava a Chanel Number Five.
— Surprise, bitch! — Nate o agarrou pelas costas.
O sustou levou-o a um tom inacreditável de palidez.
— Jesus Cristo! — Exclamou. — O que faz aqui?
— Estava a caminho de casa, aí pensei melhor na sua proposta — Alegou Nate.
— Você me seguiu?
— Sei onde mora, lembra? A festa da McKenna, você é o vizinho, nada muito bem e blah blah blah... — Aproximou-se. — Onde paramos mesmo?
O garoto recuou.
— Não, espere! Essa é a casa da minha namorada. Eu moro ao lado.
— Não brinca. Você está aqui.
— Porque ela me pediu! — Ele quase gritou. — Olha, é sério, vamos embora.
— Wait, wait, wait, wait, wait — Nate o segurou pelo braço. — É mesmo a casa da sua namorada?
— Não está vendo?
Talvez. Se era sobre os pôsteres de kpop, a maquiagem na penteadeira, os detalhes cor de rosa nas paredes e o mural de fotos em formato de C de Candace, não de T de Tyler, estava sim. Perfeitamente.
— Oh, fuck! — Nate fingiu surpresa. — Isso é sério?
— Seríssimo. Você precisa ir, agora.
— Ah, tudo bem. Vamos para sua casa... — Ele quase foi.
— Não! — Tyler o segurou. — Meu pai está lá.
— Você não disse que ele chegaria depois das oito?
— Ele pegou uma licença no trabalho, não dá pra explicar... — Ele nem tentou. — Vamos embora. Alguém pode nos encontrar aqui.
— Bom, não estou vendo ninguém... — Nate chutou um lado das botas. —  Seria tão ruim se ficássemos? — Chutou o outro.
A expressão no olhar de Tyler era de puro terror.
— O que está fazendo?
— Dê-me cinco minutos e eu te mostro — Tentou beija-lo.
— Não, por favor! Aqui não.
— Por causa da sua namoradinha? Supere isso, Tyler.
— Porque alguém pode nos ver. Isso é loucura.
— Mas eu ainda não gozei! — Nate fez bico e voz suplicante.
Não adiantou.
— Podemos resolver isso outro dia — Prometeu Tyler. — Agora não dá. Não aqui — Tentou abrir a porta.
Nate escorou-se nela fechada.
— Você vai me deixar sair de pau duro, não é?
— Me desculpe.
— Não, não desculpo — Abriu o zíper.
Tyler olhou instintivamente.
— Dê-me apenas cinco minutos — Sussurrou Nate. — Preciso gozar dentro de você.
— Por favor...
— Pegue! — Pôs as mãos dele no seu. — Já encontrou um maior?
— Não...
— Dezoito... — Beijou-o no pescoço. — Centímetros... — Beijou-o no outro lado. — E meio... — Beijou-o nos lábios.
Uma onda de calor percorria o corpo de Tyler, no caminho traçado por seu toque. Ele se prostrou de joelhos. Engoliu tudo de uma vez.
— Diz que quer me foder — Sussurrava Dominik.
— Eu quero te foder todinho — Repetia Ansel.
O pusera contra móvel, de costas, sem suas roupas. Um braço de Dominik prendia para trás. A outra mão corria em volta do pescoço e marcava-o na pele.   
— Engole tudo — Incentivou Nate.
Ia para frente e para trás. Botava e tirava.
Tyler não sabia, mas cada um de seus gestos obscenos, cada olhar provocante que trocavam ele e Nate, fora registrado pelas lentes de um celular, embaixo de uma pilha de roupas. Eventualmente, Nate sinalizou com os dedos e Kerr deu início a transmissão ao vivo. Uma chuva de notificações surpreendera os visitantes no cerimonial da igreja.
— Pai? — Chamou Candace. — Paaaaaaaaaai! — Ela então correu.
— O que houve?
— É o Tyler! No meu quarto! — Mostrou-o.
Seu pai viu muito, muito mais do que gostaria.
— MALDITO SEJA! — Gritou ele, correndo porta afora. 


O circo estava armado quando ele e sua família chegaram em casa. Victor xingou e agrediu a ambos. Pegou Nate pelos cabelos, de dentro do quarto, e aos tropeços e cambalos o levou para fora. No fim do quarteirão, os vizinhos promoviam um grande show de fogos de artifício em nome de algum time local. O barulho das explosões contrastava em meio a tantos gritos, choro e pancadas.  
— É a minha filha! — Victor acertou-o. — É a minha família! — Acertou-o outra vez. — Você não irá nos desonrar em nossa própria casa! — Outra vez, outra vez, outra vez.
A família e os vizinhos assistiam a curta distância.
— Reage, pai! — Gritava Gus.
— Não diga isso! — Sarah o repreendeu. — Seu pai é Victor Alonso!
— Não! Meu pai é Nathaniel Strauss! Solte-me! — Ele foi para cima de Victor com um caminhão de brinquedo. — Não bate nele! Não bate nele!
— Saia daqui! — Victor empurrou-o para o chão.
Mesmo diante disso, o semblante de Nate não pareceu mudar. A verdade é que queria estar ali. Precisava do sangue, dos hematomas e das roupas rasgadas. Usaria de todas as testemunhas e de cada um dos vídeos que gravavam em seus aparelhos para corroborar sua versão. Se não estava nas imagens, não podiam provar. Se o Black Swan impedia os usuários de gravar a tela ou tirar screenshots durante uma transmissão ao vivo, nunca aconteceu. O único a responder às autoridades seria Victor Alonso, pelo crime de homofobia. As provas estavam todas ali.
Nate fechou e abriu os olhos algumas vezes, sem mover-se do lugar. A sensação era a de um capacete de ferro pressionando sua cabeça. Carros, pessoas, o céu e a estrada viravam um borrão caliginoso, ao mesmo tempo em que as vozes e os sons ao redor tornavam-se impossíveis de distinguir. Sua única certeza era ser o centro das atenções, por estar coberto em sangue e ter se tornado um monstro devido os ferimentos. Era assim que imaginava.
— Polícia! Parados! — Conseguira ouvir.
Victor e Sarah Alonso terminaram aquela noite na traseira de uma viatura. Gus ficou sob responsabilidade de seus irmãos adotivos – os mais velhos. Tyler deu entrada no hospital para tratar os ferimentos da briga com o irmão de Candace. Nate permaneceu no mesmo lugar, de joelhos, na frente de todos. Sangue escorria por seus olhos, narinas e através do peitoral. Os fogos de artifício estouravam atrás dele.
Parte dois: Vitória. Parte três: Ser a vítima perfeita.

  Next...   
   6x15: I'm the Bad Guy, Duh (16 de Julho)
   Esse é o meu capítulo preferido da temporada por motivos de: Nate fantasiado de Corringa e metendo o loco em todo mundo ao som de Guy's Don't Like Me e Misery Business. 

Quem será a próxima vítima do Pudinzinho?
Comentário(s)
0 Comentário(s)

Nenhum comentário