[Crítica] Premonição 4

Direção: David R. Ellis
Ano: 2009
País: EUA
Duração: 82 minutos
Título original: The Final Destination

Crítica:
Texto com Spoilers!

Descanse em pedaços.

Como toda franquia, temos aquele filme que é o pior de todos. Aquele que realmente afunda a franquia e gera o ódio dos fãs. Eu sempre falei do número 5. Toda franquia que se preze, o posto de “pior da série” recai sempre sobre o quinto filme. Mas parece que até nisso a morte é diferente, foi mais rápida. Ao invés do 5, vivemos nosso cérebro massacrado com a terrível Parte 4. Agora eu pergunto para vocês, ela é péssima? Não. Apenas ruim.

A história segue um homem que, numa corrida de carros, tem a visão de um grande acidente, onde restos de veículos atingiam a platéia. Como de costume nestas situações, ele acorda atordoado, fazendo com que um pequeno grupo de sortudos escape momentaneamente da morte certa. Mas sabemos que não há nada melhor do que um cruel acerto de contas, não é verdade? Preparem-se, a morte tarda, mas não falha.

Será que a morte está em sua melhor forma ou está cansada da sua profissão? Sinceramente, foi exatamente isso que eu me perguntei quando os créditos finais começaram a subir. Não tivemos absolutamente nada de novo. Quase todos os momentos e sacadas foram sugados das sequências anteriores. Um acidente no final? Seria legal se a Parte 3 não tivesse feito o mesmo. É, a morte não estava em sua melhor forma. E, pelo o que eu pude analisar, ela só ficou tomando fôlego para a outra sequência. Esperta!

As mortes não estão péssimas, mas têm algumas realmente ruins. Como um personagem que é atropelado do nada. Além da cena ter sido chupada diretamente do primeiro filme, não temos a tensão que o original passou. Parece que nada aconteceu e, naquela altura, o espectador já não estava nem aí. Acho que uma das coisas que eu nunca vou engolir, é o erro grotesco na ordem das mortes. Confiram comigo! Eles conseguem salvar uma garota. Mas, no final, quando o visionário tem a visão no shopping, ela é a primeira a morrer. Sem nem ao menos a morte ter pulado o casal protagonista (Oi?). Será que a morte estava tão cansada que se perdeu na ordem da lista?

Bem, como nem tudo é ruim, tivemos alguns momentos inspirados. Gostei de uma personagem, aquela que tinha dois filhos. Ela era simpática e protagonizou uma das melhores e inesperadas sequências de morte (pena que o trailer entregava um spoiler enorme). Não gostei do sexo em 3D que o diretor gritou para os quatro ventos. Sinceramente, achei a cena muito forçada e completamente desnecessária. “A morte está me cercando, mas eu vou jogar minha moeda e transar”, era para o espectador concordar com isso?

Apesar de um roteiro ruim, esta quarta parte conseguiu se sair muito bem nas bilheterias. Grande parte disso foi o uso da tecnologia 3D. Sinceramente, este foi realmente um dos grandes pontos positivos do filme, porque o 3D estava ótimo, realmente empolgante. Se serve como novidade, o protagonista tinha visões esquisitas com a morte de cada personagem, mas era apenas uma desculpa para usar mais a terceira dimensão.

MELHOR MORTE: Gostei muito da morte da Samantha, aquela que foi ao cabeleireiro, passou por vários perigos lá dentro e acabou morrendo por uma pedra arremessada por um cortador de grama. E o pior, foram os filhos dela que jogaram a pedra lá (!!). O prêmio consolação vai para a quase-morte no lava-carros. Foi uma das melhores cenas de todo o filme, ainda melhor porque ela conseguiu escapar.

Trailer Legendado: