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[Crítica] Piratas do Caribe: No Fim do Mundo


Direção: Gore Verbinski
Ano: 2007
País: EUA
Duração: 169 minutos
Título original: Pirates of the Caribbean: At World's End

Crítica:

Finalmente chegamos ao último ato da trilogia. Todos sabem que esta terceira parte está diretamente ligada com os acontecimentos do segundo filme. Não funciona como uma história independente. Para se ter uma idéia, essas duas sequências até foram filmadas simultaneamente. Mas uma coisa que eu não consigo entender, é como esses dois filmes puderam sair tão diferentes. É como se tivessem sido filmados vários anos depois.

A história gira em torno de um grupo de piratas, incluindo Elizabeth e Will, indo até o fim do mundo atrás do Jack, que encontra-se num espécie de limbo das almas perdidas, chamado pelos personagens como "O Baú da Davy Jones". Depois de um resgate rápido, eles decidem ir para a Baía Naufrágio, lugar onde os maiores líderes piratas vão se unir para derrotar um inimigo em comum. Em paralelo a isso, temos o drama de Davy Jones, que agora serve de escravo, para o Lord Beckett, que tem o seu coração. Por isso, o usa para capturar piratas por todo o mundo. No fim, todos os personagens irão se cruzar e selar, de uma vez por todas, o rumo de cada um deles.

Confesso que este é o Piratas do Caribe que eu menos gostei, muito diferente dos outros. A fotografia é bastante escuro, contrastando com os outros, que praticamente todas as cenas se passam de dia. Ele está mais sombrio e grandes cenas de aventuras hilariantes, como em O Baú da Morte.

E prepare-se, se você achou complexa a história do segundo, vai ficar com a cabeça doendo com este. No Fim do Mundo não apenas continua com as questões e histórias levantadas no filme anterior, como também introduz várias outras subhistórias. Uma delas, talvez a mais importante, seja sobre a deusa Calypso. Que é, na verdade, o grande amor de Davy Jones e a grande deusa dos mares. Uma mulher vingativa, que o Capitão Barbossa deseja libertar.

Uma das coisas que eu não gostei nesta sequência foram alguns dos devaneios do Jack Sparrow. Principalmente, quando ele está "sozinho" com várias cópias dele no limpo. Achei muita viagem do roteiro. Mas teve uma cena específica, quando ele está preso dentro do Holandês Voador, que surgem mais alucinações, que eu gostei. Principalmente quando uma de suas cópias (a que representa o Jack depois de vários anos de servidão, como parte do navio) fala: "Para tudo! Meu cérebro caiu".

Todo o elenco dos primeiros filmes retorna. É claro que Elizabeth e Will são os mais importantes, e selam sua história de amor de forma trágica e poética, ao mesmo tempo em que é triste, é romântica. Foi uma ótima despedida dos personagens. Davy Jones também teve seu grande momento e seus minutos finais foram, além de dramáticos, sensacionais. Percebi que eu realmente gostava do personagem, até porque, como a própria Calypso disse, ele tinha um bom coração. O macaco e a arara foram as grandes surpresas do filme, no começo fazendo um pequeno trabalho em equipe e tocando o terror no resto do filme. E falando em animais, até o cachorro das chaves retorna para uma participação especial. Me pergunto que se poderá voltar em outras sequências, seria ótimo.

Eu pensei que ia detestar esta sequência, porque estava tudo muito complexo, sem muita ação. Os personagens estão um passando a perna no outro e pensei que tudo estava perdido. Engano o meu! O final é de tirar o fôlego. Uma guerra sensacional, onde nossos corações disparam tão forte quanto o do Davy Jones, que por acaso, escorrega mais do que manteiga. Simplesmente um final digno e que fechou este primeiro ciclo de forma brilhante.

É claro que eu recomendo! Mas deixo claro que esta é a sequência que eu menos gosto. Por isso mesmo não gostei, na época, quando outra sequência havia sido anunciada. Vocês acreditam que eu me enganei de novo? Mas esta história vai ficar para a próxima, porque se vocês ainda não se afogaram, é melhor prender a respiração de novo, porque ainda não acabou.

Trailer Dublado:

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