[Crítica] Paraíso do Medo

Direção: Bill Bennett
Ano: 2010
País: EUA
Duração: 93 minutos
Título original: Uninhabited

Crítica:

A diversão virou um pesadelo real.

Vocês notaram alguma semelhança entre o título nacional deste filme e Viagem do Medo? Pois não fiquem surpresos, meus caros. Esses dois filmes são distribuídos pela "maravilhosa" Playarte. Acho que a única coisa que consegue superar seus títulos nacionais, em ruindade, são os próprios filmes que ela lança direto em DVD (com raras exceções). Talvez possa me considerar um masoquista por sempre ter esperanças de encontrar algo que seja bom.

A história segue um casal, que decide passar 10 dias em uma ilha isolada de tudo. Os problemas começam a acontecer quando eles percebem que a ilha não é tão isolada quanto pensavam e alguém está à espreita. No começo, eles pensam ser apenas algum tipo de brincadeira, mas logo percebem que o terror é real. Sem contato com o mundo exterior e presos no lugar, eles ficam a mercê de um perigoso diabólico, mortal e vingativo.

Eu não sou muito chegado nesses suspenses que focam em apenas um casal. Até porque, a maioria deles é bastante chata, por não ter personagens o suficiente. Este aqui não é diferente, na verdade, ele é ainda mais chato do que de costume. Primeiro que a história não se decide. Uma hora tenta mostrar uma pequena tortura com uns caçadores e depois tenta uma reviravolta forçada de que um espírito assombra a ilha. Eu digo forçada porque, simplesmente do nada, a mocinha acha um diário e descobre toda a verdade.

Muito ridículo, porque o espectador fica às cegas, demora um século para encontrarmos alguma ação. Na verdade, ação, perseguição e sangue é uma coisa não temos com Paraíso do Medo. Depois de quase uma hora, quando você pensa que as coisas vão começar a ficar frenéticas, tudo piora. Nenhuma morte é mostrada, ninguém tenta correr e muito menos gritar. Seria muito mais fácil se eles andassem com uma placa no pescoço escrito "Pode matar que eu estou disponível". Pouparia todo o tempo perdido.

E se você acha que vai ter alguma recompensa mínima no final, pode esquecer. Primeiro que o destino dos personagens é triste (e não digo no sentido compreensivo da palavra, e sim, que é ridículo). A garota que interpreta a fantasma é tão sem noção que parece ter saído dos subúrbios do Rio de Janeiro. Sem contar que, temos uma última cena, ainda mais sem graça que todo o resto, tentando deixar uma ponta para uma sequência. E se uma Parte 2 for lançada, vamos correr dela igual o diabo foge da cruz. Fato absoluto do ano!

Não recomendo! Aliás, não recomendo 98% dos lançamentos de terror em DVD da PlayArte. Não quero fazer um boicote a distribuidora, mas gostaria muito que ela tentasse melhorar. Enfim, eu continuarei me sacrificando até encontrar alguma coisa que valha a pena. É melhor vocês sentaram, porque eu tenho certeza que isso vai demorar. OBS: O que você faria se soubesse que alguém desconhecido te gravou enquanto dorme? Eu não sei vocês, mas os personagens do filme brincam de soldadinhos. Nota 4,0.

Trailer: