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[Crítica] Filhos da Escuridão


Direção: Antoine Thomas
Ano: 2011
País: Canadá
Duração: 84 minutos
Título original: Hidden 3D

» Será distribuído pela Paramount Pictures, direto em DVD, com o título Filhos da Escuridão. Vale lembrar que, no seu país de origem, o filme foi exibido em 3D e tem diversas cenas que parecem beneficiar a técnica. A Paramount traz, inclusive, um bluray com a versão 3D. Quanto ao título, bem previsível, ficaria melhor se traduzissem literalmente, algo como Escondidos. Além disso, existe outro filme com este mesmo nome, lançado pela Focus Filmes.

Crítica:

Imagine seus piores medos se tornando realidade.

Não há dúvidas que o 3D anda banalizado na indústria cinematográfica. No começo desta moda, apenas grandes produções (que realmente exibiam alguma) se aventuravam na terceira dimensão. Mas é claro que, com o sucesso, vários outros tipos de filmes aderiram a técnica. Agora chegamos a este, Hidden, que não é um filme de grande orçamento, com efeitos bons (porém não excelentes) e mais uma tentativa de 3D. Agora vocês acham que, se chegar no Brasil, ele irá ser exibido nos cinemas? Nem em sonho! Vai direto para as locadoras e olha lá.

A história segue um homem traumatizado, que depois de saber da morte de sua mãe, descobre que a mesma o deixou uma enorme propriedade. Uma igreja, na verdade, transformada em clínica de reabilitação. Ele e um grupo de amigos e profissionais decidem ir até o local para saber o que fazer com ele. Mas o que eles não sabem, é que a mãe do herdeiro, praticava testes desumanos com viciados e as consequências disso ainda espreitam no escuro do local...

Parecia ser um ótimo filme, mas peca em diversos momentos. Não me entendam mal, não é ruim, mas também não é bom. Às vezes o roteiro se mostra previsível demais e, em outras partes, sai atropelando o bom senso dos fatos. Mas se você já baixou, não comece a se bater nas paredes ainda. Hidden 3D não é de todo ruim. Na verdade, acho que pode até divertir os menos exigentes. Muitos vão até gostar.

Uma das coisas que não me agradaram foram as cenas de morte. Tinha tudo para ser ótimo, as criaturas pareciam ter saído de Resident Evil e prometiam um verdadeiro banho de sangue. Mas não fiquem muito felizes, nada disso acontece. Para todas as mortes, surge uma "criatura" do nada e leva um personagem. Depois disso não vemos sangue e nem o "massacre" acontecendo. Vemos, muito mal, os corpos (sem sangue ou deformações). Eu até engoli esses "sumiços" no começo, mas faltando 10 minutos para o final e não ver nada, é cansativo.

Outra decisão suspeita, do roteiro e direção, é insistir em mostrar uma nuvem de mosquitos psicóticos, que sempre estão em todos os lugares. O CGI pode não ser ruim, algumas vezes é ótimo, principalmente quando mostra apenas um inseto de perto, mas existem outros momentos que os efeitos visuais simplesmente pecam. Essa nuvem de mosquitos, por muitas vezes, parece muita falsa. Mais um exemplo de má utilização do CGI é o rosto das "criaturas", completamente feito no computador, num efeito simples, que pode ser pego em qualquer tutorial pela internet.

E não pensem que, apesar da maioria dos personagens não serem adolescentes, eles pensam diferente de um. Tanto que os primeiros a morrer são os únicos adolescentes do grupo. Mas também, parece que eles estavam pedindo, né? Se separar em uma passagem secreta subterrânea? E o que dizer de uma personagem que vê um homem morto e, ao invés de contar para os outros, prefere sair correndo e ficando sozinha? Isso é idiotice, coisa feia de se ver.

Me desculpem pelo tom negativo da crítica, pode ser que eu tenha pego pesado demais com este filme. Mas foi necessário citar todos os pontos negativos que eu encontrei. Acreditem, tem vários momentos legais, mas se tiver coisa melhor para assistir, recomendo que deixe este de lado. Eu achei bem mediano, mas se forem assistir, não irão querer arrancar os olhos depois. Nota 7,0.

Trailer:

Comentário(s)
2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. Eu sou vidrada em filme de terror e suspense, e o que mais gostei no Hiden foi o suspense em si. Normalmente, a gente assiste e se não tem um desenrolar bacana, você faz outras coisas ao mesmo tempo, este não, ele me prendeu do começo ao fim. Não é um filme espetacular, mas ele me deu as sensações que eu esperava. Prende a atenção para caramba. Ele tem o timming do suspense, te prende e te deixa respirar.

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  2. Até entendi o fato da personagem q viu o morto sair correndo. Ela teve uma crise de pânico, como andou tendo o filme todo. O que não entendi foi o final. Não entendi muito bem o que a "mãe das crianças" representava para o Brian (era uma ex namorada dele?), não entendi o que ela pretendia com a Vicky, e tbm não entendi muito bem o que aquele vagalume/mosca/bicho voador significou, no final, voando de perto do bebê...

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