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[Crítica] The O.C. - 3ª Temporada


Duração: 45 minutos
Nº de episódios: 25 episódios
Exibição: 2005/2006
Emissora: Fox 

O fim de uma era. Ou deveria dizer o fim de The O.C.?

Review:
(Spoilers abaixo)

Chegamos a terceira e tão criticada temporada de The O.C. Vale lembrar mais uma vez que essa review possui o maior spoiler de toda a série, então, se você ainda não terminou e não quer saber, só volte para ler o resto após finalizar a temporada! O motivo desse terceiro ano ser tão odiado pelos fãs - que gostavam da personagem, claro - é a morte de Marissa. Sim, a protagonista da série. O que se especula é que Mischa Barton resolveu sair da série após inúmeras brigas com a produção por seus atrasos nas gravações. Quando questionada sobre o real motivo, a atriz afirmou que a série estava se distanciando do que ela achava saudável e, por isso, ela optou por sair (a partir de 1:41 minutos do vídeo). Além disso, a audiência da série começou a apresentar uma queda a partir desse ano - nada comparado à da quarta temporada, mas isso é assunto para a próxima crítica. E apesar da morte de Marissa, ao lado da primeira, essa é minha temporada favorita. Vamos ver o que os momentos finais de Marissa Cooper nos reservam?

Dois meses se passam desde o fim da temporada passada e e descobrimos que Trey está em coma. Com isso, os promotores estão pressionando Ryan, Marissa, Seth e Summer para mais informações sobre o acidente, mas eles continuam defendendo uns aos outros. Tentando seguir com sua vida, Marissa tenta organizar o festival anual do colégio, porém consegue uma nova rival: Taylor. O diretor Hess também se vira contra a garota, tentando à todo custo expulsá-la da escola. Sério, o cara é muito insuportável e acaba conseguindo seu objetivo, quando Ryan o agride para defendê-la. Com isso, Marissa tem que enfrentar uma escola pública e começa a andar com Johnny e seus amigos, causando a preocupação de Summer e Ryan, gerando assim, mais uma crise no namoro.


Não satisfeito com a expulsão de Marissa, Hess começa a perseguir Ryan, Summer e Seth, com a mesma intenção, mas os três descobrem seu caso com uma aluna e decidem chantageá-lo para Marissa voltar à Harbor High School. O problema é que ao conseguirem isso, Johnny entra em depressão e Marissa resolve ajudá-lo, piorando seu namoro com Ryan, que chega ao fim. Como eu disse na crítica da 1ª temporada, a confiança que os dois possuíam um pelo outro nunca mais foi a mesma após as armações de Oliver. E o pior: Johhny realmente é uma boa pessoa, o garoto problema da escola é Kevin Volchok, com quem Marissa começa a se envolver, piorando ainda mais seu histórico com drogas. Ele foi, de longe, o pior cara que Marissa se envolveu no quesito de não valer nada. Ele sentia prazer em levá-la por esse caminho de auto-destruição com ele e chega até a fazer Marissa ficar realmente chata por vários episódios. Isso só teve um fim quando ela o flagrou com outra e pôs um fim na relação, sem imaginar que sua vida tornaria-se um inferno ainda maior. Cansada da vida que leva em Newport, ela decide ir morar com o pai quando este a convida para ir trabalhar com ele. Ao saber da decisão da ex, Ryan decide levá-la até o aeroporto, pois como ela foi a primeira pessoa que ele viu quando chegou na cidade, ele quer ser a última que ela veja ao sair.

Sério gente, como alguém consegue não shippar esses dois?! É cada cena maravilhosa entre eles que é até difícil para mim escolher a minha preferida, mas com certeza essa (e quando eles se conhecem, claro) está no meu Top 5. E é nessa ida até o aeroporto que temos a fatídica morte da personagem, quando os dois são perseguidos por Volchok que, ao tentar fazer com que Ryan pare o carro, provoca um acidente, deixando-a gravemente ferida e morrendo nos braços de Ryan minutos depois. Essa cena foi um marco em The O.C. e dos seriados teen, afinal a morte de um protagonista nunca havia acontecido nas séries destinadas à esse público na época. Eu fiquei extremamente triste pois ela era minha personagem favorita, mas é inegável como a cena é carregada de sentimentos, mesmo com poucos diálogos. A dor e desespero de Ryan é visível apenas por seu olhar, por não poder fazer nada. Mas a confusão, pelo que eu li, aconteceu mesmo foi quando a 4ª temporada começou e os fãs viram que, de fato, Marissa havia morrido. Até então, mesmo com Mischa e a própria sinopse da Premiere da próxima temporada confirmando, todos acreditavam que seria apenas marketing.


Julie, assim como na segunda temporada, continua sendo um alívio cômico boa parte dos episódios e se mete em várias enrascadas, desde a criar uma rede de prostituição com Charlotte, uma amiga de Kirsten que quer roubar a herança da loira; até tentar novamente dar o golpe do baú, desta vez em Niel Roberts, pai de Summer. Mas sua melhor cena é, definitivamente, quando ela faz as pazes com Marissa e Kaitlin e diz que tudo o que fez, seja bom ou mau, foi pensando nas filhas. É uma cena sensível e que selou a paz que os Cooper nunca tiveram. Outro grande destaque é a já citada Kaitlin, irmã mais nova de Marissa, que retorna para a cidade após uma temporada em um internato. Ela não tem nem um pouco do drama que a irmã carrega, sua vontade é apenas festejar como se não houvesse amanhã. Até fazer votos de ser a próxima Cooper a dominar o colégio ela faz. Não tem como não amar essa garota! O problema é que ao tentar conquistar Johhny, o que ela encontra é uma tragédia.

Ryan, antes de toda a tragédia com Marissa, também acaba se envolvendo com Sadie, uma prima de Seth e, apesar de não ser tão horrível quanto seu namoro com Lindsay, também não empolga. Felizmente, os roteiristas acordaram e viram que Ryan merece dramas decentes, e não esses namoros meia-bocas. Com isso, temos o retorno de sua mãe, Dawn, que mesmo sendo chatinho, tinha que vir à tona em algum momento. É nessa temporada que ele completa dezoito anos, aliás. Outro assunto que envolve Ryan e nunca foi resolvido é se o bebê de Theresa é mesmo seu filho. Temos o retorno dessa história quando Kirsten a reencontra com a criança, que eu acredito ser mesmo dele, mesmo - como eu disse - nunca termos uma confirmação sobre. Em paralelo à isso, Summer e Seth entram em uma disputa para ver qual dos dois irá entrar para Brown e com isso, temos o retorno de Anna (que saudades!), que tenta ajudá-lo a entrar na faculdade. E a última peça importante desse quebra-cabeça é Taylor, que após se mostrar uma vaca no começo, passa a ser um alívio cômico em suas constantes guerrinhas com Summer. Para provar de vez que deveríamos gostar dela, é a personagem que ajuda Seth e Summer a reatarem o namoro.

E assim chegamos ao fim da temporada que foi o divisor de águas para The O.C. Assim como na passada, Marissa e Julie recebem o título de personagens mais bem desenvolvidas da temporada, com a adição de Kaitlin, que mesmo com poucos episódios, já mostra que vai deixar Newport de pernas pro ar no quarto ano. A temporada, no geral, é boa, apenas algumas histórias parecem ser deslocadas da trama principal - fato que acontece em todas, exceto na primeira; mas em contra mão à isso, ganha pontos por continuar mostrando que Marissa pode afundar-se mais e mais, pois mesmo gostando da personagem, sei que esse era seu papel na série e foi cumprido perfeitamente. Na verdade, o grande problema da temporada foi o próprio canal, que pediu ao Josh Schwartz (criador da série) para exagerar no drama, em vista do sucesso da série nesse estilo na época. Isso, como o próprio disse em uma entrevista, causou um desconforto em toda a produção e resultou nos pontos negativos do terceiro ano. Preparados para a próxima parada? Será nossa última!
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2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. Melhor série, melhor temporada <333 amo. mas não gostei da morte da Marissa

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  2. A terceira temporada é horrível, assim como o seu resumo. Ryan não estava nem presente quando descobriram o caso do diretor com a Taylor, e Johnny entrou em depressão por causa do acidente que sofreu. Vc assistiu mesmo a série?

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