Crítica | Dynasty - 1x07: A Taste of Your Own Medicine
"Há uma linha tênue entre verdadeiro amor e verdadeira insanidade."
Estamos de volta para mais uma rodada de muito drama teen em um show que não tem a mínima vergonha de ser o que é e a mínima pretensão em ser maior do que poderia ser. Essa semana Dynasty entrega resoluções importantes sobre sua trama, facilmente no melhor episódio até aqui. O problema é que nem tudo soou muito crível e levanta o questionamento do que teremos daqui para frente, uma vez que a temporada terá vinte e dois episódios e nesse sétimo já entendemos, pelo menos, metade do mistério principal.
Temos que começar falando que Dynasty foi corajosa (e eu diria até um pouco
Claudia. Ah minha querida Claudia. Você é responsável por tudo (ou quase tudo). Você é responsável por toda a desgraça que te rodeia e rodeia os Carrington e você não tem a mínima vergonha de admitir isso. Claudia é a grande vilã deste início de temporada, a grande mestre na artimanha da mentira e manipulação, a grande engenheira geniosa que conseguiu ferir (e matar por acidente) seu marido de um modo que jamais fosse suspeita de nada. Compramos essa ideia motivada unicamente por ciúmes, inveja e vingança?? Ah como compramos. Foi saboroso demais assistir todas as cenas da sociopata, principalmente pela transformação que a atriz conseguiu depositar em seu texto (nada crível) e em sua personagem, que de louca jamais teve nada. Sua transformação não foi unicamente interior, já que durante toda a ação ela estava armada com, além de uma arma, um lindo vestido cor de rosa e um salto alto maravilhoso.
O.k. até ai tudo bem, mas por que você prenderia Sammy Jo na sala de armas e Anders num quarto logo a frente??? Pelo amor de deus, nunca em sã consciência um ser tão inteligente colocaria um inimigo em potencial num quarto repleto de utensílios para facilitar sua saída. Isso já foi bem difícil de comprar, vamos combinar. Outro ponto interessante: Fallon foi responsável pelas melhores frases deste A Taste of Your Own Medicine, mas é muito complicado ver a personagem se colocar em frente à arma pelo seu pai, durante tanto tempo, despejando tanto veneno pela boca. O.k ela querer defender o patriarca, ora ele é seu pai. Mas ficar provocando a pessoa armada sem ter nenhuma vantagem ou garantia de que aquilo daria certo pareceu bastante premeditado. Mas quem se importa? O gostosso foi ver Fallon tomando as rédeas da situação com um texto que parecia ter sido escrito por ela horas antes de tudo aquilo acontecer.
Claro, teríamos pontas soltas dentro da trama e aqui não foi diferente, já que temos mais quinze episódios para acompanhar as desventuras dessa família bastante disfuncional. Temos um pequeno gancho para o que vem a seguir, mas quem se importa com o empregado
Dynasty não tem vergonha de ser uma novela. Não tem vergonha de colocar todos seus protagonistas em uma sala de jantar frente à mira de uma arma portada por uma mulher branca, bem vestida, maquiada, em cima de um salto quinze, com sede de vingança com objetivos bastante sem sentido. Não podemos nos enganar, a Dinastia seguirá assim por toda a sua vida, com um drama teen que trabalhará ao máximo estes clichês, ás vezes os subvertendo, ás vezes os usando descaradamente. Quem veio até aqui pode ter certeza que muito mais disso irá acontecer, eu diria que no mínimo umas três vezes por temporada. Quem pretende desistir já sabe que o show não vai ser um novo Game Of Thrones da CW, e isso não é nenhum problema.
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