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[Crítica] Perseguição 2: O Resgate


Direção: Louis Morneau
Ano: 2008
País: EUA | Canadá
Duração: 91 minutos
Título original: Joy Ride 2: Dead Ahead

Crítica:

Desvios podem ser mortais.

Se já há um mito em torno das sequências serem inferiores ao primeiro, imagine se essa sequência sai direto em DVD? Acredito que ninguém realmente esperava que esta segunda parte fosse dar em algo bom. De fato, todas as notícias gritavam que uma bomba estava por vir. Não podemos culpar ninguém. Geralmente, quando franquias passam a ser produzidas para o mercado de vídeo, o orçamento é limitado e a qualidade cai monstruosamente. Particularmente, acredito que o problema geralmente não é o orçamento em si, mas sim os envolvidos - principalmente o diretor. Tenho certeza que muitos outros desconhecidos por aí fariam um excelente trabalho com um mínimo de investimento (como os criadores de Atividade Paranormal).

A história desta vez segue quatro amigos, que partem em uma viagem até Vegas na expectativa de encontrar diversão e um pouco de adrenalina. Porém, após o carro quebrar em uma região muito deserta, eles precisam encontrar um jeito de voltar à civilização, e acabam roubando um carro guardado em uma casa inóspita. Eles não imaginavam que essa pequena visita tornaria sua viagem em um pesadelo, já que a solução para o problema esbarra em Rusty Nail - um caminhoneiro vingativo e assassino, com um apetite insaciável por mutilação impiedosa e sádica. Nada o deterá até que ele faça o grupo pagar seu pedágio... um pedaço de corpo por vez!

Contrariando todos os nossos preconceitos, esta sequência é muito melhor do que qualquer um estava esperando. Consegue se manter em um nível parecido com o original, entregando boas doses de suspense e, ainda por cima, mortes violentas. Desta vez, há mais vítimas para jogarem com o nosso vilão, o que aumenta sua sede de sangue. Devo alertar, porém, que esta segunda parte não é perfeita. O roteiro ainda apela para soluções mais do que clichês para conduzir sua trama. Mas, no balanço geral, fica acima da média e merece ser conferido. Mas vamos entender melhor a seguir os pontos altos e baixos desta sequência.

Comecemos pelos pontos negativos de uma vez! Como já adiantei, o roteiro - apesar de alguns bons momentos - pisa na bola. O primeiro filme consegue se desenvolver muito bem sem fazer com que os seus personagens resolvessem usar um "atalho". Esse é o cúmulo dos clichês! E o roteiro sequer tenta mascará-lo. Os jovens apenas decidem pegar o desvio sem qualquer motivo aparente. Uma estrada de terra muito da sinistra, que eles sequer sabem onde vai dar. Fico me perguntando se eles realmente olharam para o mapa em algum momento da história para saber se realmente valia a pena. Outro ponto negativo colossal é a introdução do personagem mais irritante de toda a franquia: o emo-com-atitude-falsa-chorão. Ele é tão incoerente que todas as suas reações são contrárias as de um ser humano normal.

Pelo menos os outros três personagens não são tão irritantes, apesar de não escaparem dos rótulos clichê de filme de terror (mocinha, safadinha e o herói atleta). Destaque a protagonista porque ela é a única mulher que bate de frente com o Rusty Nail. Enquanto nos outros dois filmes são personagens masculinos que são responsáveis pelo embate final, aqui, a loirinha consegue lidar com a situação muito melhor do que o esperado. Queria mais cenas de perseguição, mas fiquei satisfeito com o resultado final do filme, até porque, minhas expectativas estavam muito baixas.

Superando os pontos negativos, acredito que o enredo apresenta momentos divertidos o suficiente para distrair os espectadores. Os joguinhos entre o Rusty Nail e os jovens continuam interessantes, principalmente toda aquela história envolvendo um certo dedo - que tem um desfecho digno. Com muita mais crueldade e sangue que o primeiro, esta sequência deve agradar aqueles que sentiram falta de gore no original. Recomendo esta segunda parte! Pode estar longe de ser perfeita, mas considerando tudo, conseguiu balancear um saldo positivo.


Trailer:

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