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[Crítica] Perseguição: A Estrada da Morte


Direção: John Dahl
Ano: 2001
País: EUA
Duração: 97 minutos
Título original: Joy Ride

Crítica:

Nunca mexa com pessoas que não conhece.

Quem gosta de filmes de terror/suspense sabe que uma estrada pode ser tão mortal quanto qualquer floresta. De fato, roteiros seguindo terror na estrada existe aos montes. Não é de se surpreender, porém. Estradas podem ser bastante traiçoeiras, principalmente aquelas longas e desertas. Particularmente, não trocaria um filme envolvendo uma cabana na floresta por um de beira de estrada, mas é uma questão de gosto mesmo. Apesar de ter várias produções divertidas neste subgênero, poucas estão na minha lista de favoritas. A franquia Perseguição, por exemplo, eu acompanho, mas não sou fã. E isso não necessariamente remete à qualidade do filme.

A história gira em torno de Lewis Thomas, que nas férias de verão só tem um objetivo: partir com a garota dos seus sonhos, Venna , em uma viagem de carro pelos Estados Unidos. Mas seus planos são alterados quando ele é obrigado a salvar Fuller, seu irmão mais velho, que é conhecido por sempre causar problemas. No meio do caminho, o que começou com uma brincadeira inocente, se transforma em um pesadelo depois que a dupla mexe com a pessoa errada. Logo, o caminhoneiro, conhecido como Rusty Nail, os perseguirá e os fará sentir na pele o poder de sua vingança.

Esse é um dos clássicos suspense de estrada. Ainda que não tenha o mesmo reconhecimento que outros filmes deste subgênero, como A Morte Pede Carona, conseguiu fazer barulho suficiente para ganhar sua própria franquia. Este é um suspense eficiente e bem construído, que não tenta vender um monte de banho de sangue para se tornar divertido. Rusty Nail é um psicopata, sem dúvidas, mas ele está mais focado em aterrorizar o grupo do que persegui-los com um machado para fazê-los em picadinho. Isso faz com que o vilão brinque bastante com sua vítimas ao invés de apenas abatê-las.

E o mais legal é que a intensidade das "brincadeiras" vai ficar mais tensa com o desenvolvimento do filme, que dividi-se em duas partes. A primeira metade gira em torno apenas dos irmãos se divertindo e recebendo o troco. Depois disso, há um "reinício", onde a personagem Venna é incorporada à trama. Apesar da personagem não ser ruim, não podemos negar que os irmãos seguraram muito bem o enredo sozinhos antes dela aparecer. Mas, a introdução de uma mulher só aumentou a criatividade do Rusty Nail, que ainda não havia esgotado o limite de suas brincadeiras doentias.

Perseguição (nome bastante tosco, mas pelo menos se justifica) limita-se basicamente a isso. Esperava um pouco mais da cena na plantação, porque é o primeiro momento que o vilão vai atrás de suas vítimas a pé. Com uma duração um pouco maior, o enredo poderia ter passado um pouco mais de suspense. Ainda assim, foi divertido ver os jovens correndo como se não houvesse amanhã, sendo perseguição por um onipotente caminhão preto. Aliás, o caminhão é a maior característica da franquia, que será melhor aproveitado nas sequências do que neste primeiro filme.

Como já era de se esperar, o final deixa um gancho para uma segunda parte. Mas, neste caso, o enredo apresenta um final inteligente, e não aquela ponta clichê que os filmes de terror adoram apresentar. Enfim, é recomendável para quem gosta de suspense. Não há terror neste filme, muito menos mortes violentas (quase nem tem mortes, para falar a verdade). O maior atrativo mesmo é o jogo de gato e rato entre os jovens e o caminhoneiro. É um conceito simples e bem executado, principalmente as consequências de se "brincar" com estranhos. Por fim, o elenco é composto por rostos conhecidos, como o finado Paul Walker (da franquia Velozes e Furiosos), Steve Zahn (A Trilha, Knights of Badassdom) e Leelee Sobieski (A Casa de Vidro, Viagem Sem Volta).


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Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário:

  1. Eu sempre quis ver esse filme, mas ele sempre pareceu um pouco entediante.

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