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[Crítica] In The Flesh - 1ª Temporada


Status: 2ª Temporada
Duração: 90 minutos
Nº de episódios: 3 episódios
Exibição: 2013
Emissora: BBC

Crítica:

Uma nova vida para os mortos.
 

Muito cuidado, porque os mortos estão voltando a caminhar nas ruas. Mas não é nada disso que vocês estão pensando! O apocalipse zumbi já aconteceu! Muitas produções falam sobre zumbis dominando a face da terra, mas poucas realmente abordam o que acontece quando os humanos voltam a assumir o controle. Esta produção não é diferente de muitas outras, mas tem sua história desenvolvida no pós-apocalipse, onde as pessoas já se sentem seguras novamente. Assim como Les Revenants, a trama foca em uma história original a respeito do retorno dos mortos.

A trama desta série começa depois que uma revolução zumbi foi debelada pela Força de Voluntários Humanos e a vida está começando a voltar ao normal. Todo zumbi sobrevivente foi capturado, medicado e internado num hospital publico da cidade inglesa de Norfolk. As criaturas, então, começam a ser reintegradas à sociedade, com ajuda de lentes de contato e maquiagem corretiva. É neste programa de reintegração que passamos a acompanhar Kieran Walker, um adolescente que se mostra ansioso para reencontrar sua família. Porém, ele logo irá perceber que não será aceito por todos, o que pode colocar em risco não só a sua vida, como também a dos que ama.

Antes da série estrear, vi muitos comentários preconceituosos e machistas em torno da proposta da história, principalmente por seguir um adolescente. Todos quebraram a cara! Essa é uma das tramas mais profundas e bem desenvolvidas do gênero. Apesar do tema do enredo, In the Flesh não é uma série de terror ou suspense, mas carrega um drama digno que fará qualquer um se arrepiar. A história tem um toque depressivo que se torna irresistível para mim, assim como sua trilha sonora - especialmente a música, Corpse Roads, do cantor Keaton Henson, que se encaixou perfeitamente com a última cena da série.

Essa é mais uma produção que fará vocês odiarem os seres humanos. Somos criaturas muito mais perigosas do que zumbis, porque nós temos consciência. E a série consegue estabelecer bem esse paralelo. Quem são os verdadeiros monstros? Não é muito difícil de saber a resposta, mas certamente não deve ser fácil dizê-la em voz alta. As pessoas tendem a rejeitar aquilo que têm medo ou que não conhecem. Isso remete diretamente às reações negativas das pessoas que nunca assistiram. A proposta da série ficou do convencional e eles já viraram a cara.

Pois eu digo para todos abrirem suas mentes e darem uma chance para a história. São apenas três episódios - de uma hora e meia cada. O lado bom é que a série foi renovada para sua segunda temporada. Muitos pensam como a trama irá seguir em frente, então acredito que o roteiro irá se aprofundar no site que o protagonista pesquisou neste primeiro ano. O importante é que estou muito feliz e, mesmo que não tivesse mais outra temporada, teria fechado a trama de uma forma perfeita. Não esperem algo positivo, porque o desfecho fará o seu mundo cair.

Luke Newberry se saiu muito bem na pele do Kieran. A maquiagem - por cima da maquiagem - está muito boa. A produção foi muito dedicada e cuidadosa. Temos alguns subplots valiosos e personagens muito carismáticos. Até mesmo pelo fato de só haver três episódios, a trama não enrola e vai sempre direto ao ponto, sem apresentar algo desnecessário. Recomendo que todos deem uma chance, porque vocês irão se surpreender.
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