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[Crítica] The Pack


Direção: Franck Richard
Ano: 2013
País: França | Bélgica
Duração: 84 minutos
Título Original: The Pack | La Meute

Crítica:

Eles estão esperando você para o jantar.

Muito se fala que as produções hollywoodianas estão carentes de criatividade. Isso é verdade, mas não podemos deixar de notar que sempre lançam algo no mínimo interessante. Acontece que há um enorme mercado e, quanto mais lançamentos, maior a probabilidade de termos filmes ruins. Algo que costuma acontecer é a comparação dos filmes de terror Americanos com os Europeus - em especial os Franceses. Eu sou um grande fã de produções francesas. Elas têm um estilo característico. Sempre muito bem feitas e totalmente violentas. Sempre podemos encontrar a ousadia que os grandes estúdios tendem a barrar por causa da classificação etária.

A história desse filme gira em torno de uma jovem chamada Charlotte, que está viajando sem rumo pelas estradas rurais da França. Ela logo dá carona para um desconhecido, Max, por quem desenvolve uma rápida amizade. Juntos, eles param para comer algo em uma lanchonete perto da estrada. As coisas se tornam complicadas quando Max entra no banheiro e desaparece. Charlotte, decidida a saber o que aconteceu, investiga o desaparecimento do desconhecido, mas não demora muito para ela saber exatamente o que aconteceu com ele. Agora, ela se vê presa em uma situação mortal que pode não haver uma explicação simples.

Esse filme é bastante difícil de encontrar. Lembro que assisti ao trailer alguns anos atrás e fiquei empolgado com a produção. Como já adiantei, amo produções francesas e, como já era esperado, essa segue exatamente a cartilha conhecida. Não é um filme com um grande orçamento, mas a produção é muito bem feita. Os efeitos visuais e práticos são excelentes. Os atores também estão bem em seus papéis. Enfim, tudo estava na mais devida ordem. Mas isso não garantiu um final feliz para a produção. Com o passar os créditos finais, senti como se tivesse acabado de assistir um produto genérico. Decepção define.

Assim como muitos outros filmes no mesmo estilo, esse também levanta a questão da sobrevivência. A protagonista se encontra em uma situação difícil e tem que lutar com todas as suas forças para escapar de criaturas que vivem debaixo da terra. Infelizmente, neste caso, a tal "luta" não se mostra muito empolgante. Os monstros do filme são praticamente invencíveis, o que deixa o confronto muito difícil. Na melhor das hipóteses, temos alguma correria. Apesar do desenvolvimento, o roteiro abre terreno para um terceiro ato realmente interessante, mas é tudo desperdiçado e o confronto final acontece de forma arrastada, sem grande inspiração. Onde está o banho de sangue e o desespero?

Aliás, é provável que a maioria dos personagens estivessem extremamente chapados. A partir da segunda metade, suas decisões simplesmente não têm sentido algum. Todos estão ligados à uma situação mortal, mas não se comportam de tal maneira. Há pessoas sendo rasgadas e comidas, mas alguns personagens estão rindo, como se tivesse fosse uma piada sem graça. Não posso deixar de comentar que, em um filme sobre monstros canibais que saem da terra, a vilã (totalmente humana, apesar de ter a força da Mulher-Maravilha) é muito mais interessante que os próprios bichos demoníacos. Então vocês podem notar que há algo extremamente errado por aqui.

Enfim, esse foi um filme extremamente básico, sem qualquer ousadia. Tivemos alguns braços e corações arrancados, mas nada que marque o espectador. Já vimos tudo aquilo feito de uma forma muito mais interessante anteriormente. O desfecho também não é dos melhores, afundando ainda mais o que já não estava bom. O filme tinha um grande potencial, isso é verdade. Fico muito triste quando me decepciono com algo que poderia ter sido muito bom. Se vocês estão procurando um filme no mesmo estilo, com uma execução muito melhor, vocês não podem perder (A) Fronteira - outro filme francês que irá explodir suas mentes.


Trailer:

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