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[Crítica] Hell Baby


Direção: Robert Ben Garant & Thomas Lennon
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 98 minutos
Título Original: Hell Baby

Crítica:

Depois de terem abraçado o seu demônio interior com o filme Bad Milo!, vocês devem saber que há algo mais desconhecido dentro de outra pessoa. Algo demoníaco! Bem, bebês demoníacos não são exatamente novidade. E eles já foram apresentados nos mais variados gêneros (Hellboy, O Bebê de Rosemary), mas agora encaramos uma produção de terror misturada com comédia. Está imaginando as inúmeras possibilidades e palhaçadas que um bebê do capeta pode aprontar? Eu também. Pelo menos antes de ver o filme. Tem tanto tempo que eu não assisto a um bom terrir que eu já até esqueci como é a sensação de ser surpreendido de forma positiva por essa mistura de gêneros.

A história gira em torno de um casal, Jack e Vanessa, que acabam de mudar para uma nova casa em Nova Orleans. Apesar de uma vizinhança perigosa, eles irão perceber que os seus maiores problemas são os internos. Não demora muito para eles descobrirem que a casa é mal-assombrada e tem uma espécie de poder por Vanessa. Ela está grávida de gêmeos, o que leva a crer que o demônio quer usá-la para nascer. Conforme a situação vai se tornando cada vez mais alarmante, o casal é abordado por uma dupla de padres mandados direto do Vaticano para exterminar o mal presente na casa. Agora todos terão que estar preparados, porque o diabo quer nascer e ele quer beber sangue.

Esse filme teve um orçamento muito baixo e vários dos atores sequer receberam para participar dele, sendo amigos dos diretores. Apesar disso, é de se surpreender que haja alguns rostos conhecidos, como Rob Corddry (Meu Namorado é um Zumbi) e Leslie Bibb (O Último Trem e Contos do Dia das Bruxas). Assim como Bad Milo!, Hell Baby não consegue estabelecer uma boa conexão entre os dois gêneros propostos. De fato, a comédia presente nesse filme é extremamente boba, digna das paródias atuais. Fiquei realmente triste, porque o filme tinha bastante potencial, além de bons atores que poderiam ter sido melhores explorados.

Apesar da besteira generalizada, os diretores abriram espaço para nudez (inclusive frontal) e bastante sangue. É de se surpreender que um filme bobo desses tenha a ousadia de colocar algum personagem aleatório com as tripas para fora. Neste quesito eu tenho que admitir que fiquei surpreso. Apesar de perder tempo com diversas coisas inúteis, o filme até que consegue se recuperar no terceiro ato. Mas nada que consiga salvá-lo, diga-se de passagem. Pelo menos ele termina com uma leve sensação de diversão, apesar de ter enrolado o espectador com piadas sem graça a maior parte do tempo. Vamos entender melhor sobre isso?

Bem, o filme não demora muito para se desenvolver. De fato, não passa nem cinco minutos e os protagonistas já estão dentro da casa nova e sendo atormentados por espíritos. Logo de cara dá para perceber que o enredo não preza por desenvolver os seus personagens ou qualquer outra coisa que faça sentido. Piscamos os olhos e a protagonista já apresenta sinais de possessão. E o que dizer dos personagens que simplesmente aparecem do nada? E não estou me referindo a idosa ninfomaníaca. Nunca vi uma casa com tanta movimentação. Enfim, não esperem por muitas explicações e sentidos, apenas testemunhem essa besteira e esperem sua conclusão.

Aliás, o humor desse filme está mais para uma paródia pastelão, até mesmo a última cena é chupada diretamente de Todo Mundo em Pânico. É uma pena o resultado, porque o filme tinha potencial para ser bem melhor. Com um roteiro com piadas um pouco mais inteligentes e uma trama mais séria, teria alcançado o humor daquelas produções trash antigas. Pelo menos há uma certa coragem por parte da produção que, inclusive, mostra um bebê demônio e um pequeno massacre (completamente insano) feito por ele. E aí? Vai arriscar nessa bobeira ou vai assistir algo mais interessante?


Trailer:

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