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[Crítica] Bad Milo!


Direção: Jacob Vaughan
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 85 minutos
Título Original: Bad Milo!

Crítica:

Abrace o seu demônio interior.

Hoje trago à vocês dois filmes que misturam terror e comédia (o famoso terrir), Bad Millo! e Hell Baby. Além do gênero parecido, há outros elementos que estão presentes nesses dois filmes. Ambos seguem uma história com demônios que vivem dentro de pessoas. Mas, apesar dessas semelhanças, a forma como a trama é trabalhada não tem nada a ver uma com a outra. E, se vocês gostam dessa mistura inesperada, esse é o seu dia de sorte... Ou não. Como sempre costumo dizer, misturas são legais, mas extremamente difíceis de acertar o tom. Se você escorregar uma vez, é capaz de entregar uma comédia pastelão. Mas será que esse é o caso de algum desses? Veremos.

A história desse filme gira em torno de Ken, um cara normal que trabalha em um escritório. Mas ele começa a ficar dores no estômago sempre que ele se sente estressado. As coisas pioram cada vez que ele tenta apenas esconder o seu stress, tentando reprimi-lo. Não demora muito para Ken descobrir que o "estresse" na verdade desperta uma criatura que vive dentro dele, um demônio. Denominado Milo, o demônio sai de sua bunda e vai atrás das pessoas responsáveis pelo mal estar de Ken. Com a ajuda do seu psiquiatra, Ken tenta entender o que deve fazer, na mesma medida em que ele é pressionado pela sua esposa para ter um bebê. Agora, Ken terá que descobrir como lidar com Milo antes que ele mate as pessoas com quem realmente se importa.

O QUÊ? É sério, pessoal. Esse é mesmo um filme sobre um demônio que vive dentro do ânus de um cara. Essa é a história mais "WTF" dos últimos tempos (e olha que já enfrentamos um tornado de tubarões em Sharknado). Obviamente que não tem como um filme desses se levar a sério, porém, o enredo não o transforma realmente em uma palhaçada, o que é um grande ponto positivo para a produção. Esse filme certamente não é para qualquer pessoa. Primeiro que se você não gosta dessas histórias extraordinárias, deve passar bem longe. Segundo que não é todo mundo que vai conseguir encarar a produção com bons olhos. E não é pelo motivo certo...

Parece que os roteiristas se preocuparam tanto em manter o tom certo do humor que simplesmente se esqueceram que esse também é um filme de terror. Em uma história sobre uma criatura demoníaca que sai da bunda de um cara (não consigo parar de repetir isso) para comer outras pessoas, era de se esperar algo sangrento e bastante trash, assim como as produções divertidas dos anos 80. Infelizmente, esse é um filme completamente leve e não consegue realmente impressionar. Para não dizer que não há sangue, admito que em pelo menos uma das mortes, há sangue voando para todos os lados. Mas apenas isso não conta como uma morte positiva e o filme em si ficou devendo muito nesse quesito.

Além do mais, eu esperava que, depois que o protagonista descobrisse o que estava acontecendo em seu ânus, que ele teria a integridade de não permitir que a criatura voltasse. Porém, por mais bizarro que possa parecer, Milo entra e sai todo o momento. E, como vocês podem ver pelo pôster acima, o demônio não é realmente uma criatura pequena, então sua entrada não é realmente fácil. A história poderia se apresentar mais ágil, afinal, perde muito tempo nesse entra e sai, sem evolui com a trama. Há diversos plots chatos também, incluindo com pai do protagonista. Não podemos esquecer de algumas reviravolta pra lá de óbvias do roteiro.

O maior ponto positivo fica por conta do vilão, Milo. Ele é mortal, porém, extremamente fofo. Tudo bem que não é desculpa para deixá-lo entrar em sua bunda e morar lá, mas ainda assim, não tem como não torcermos por ele. Enfim, esse filme poderia ter sido muito melhor se tivesse se jogada à sua veia trash. Já disse e repito: Esse filme não é para todos. E não é apenas por causa do nonsense, mas sim pelo fato do roteiro explorar piadas e cenas com cocô, o que certamente deve deixar muitas pessoas enojadas. Agora vocês respondem: Deixariam o Milo morar com vocês? OH HELL NO. Foi o que pensei.


Trailer:

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