[Crítica] Scandal - 1ª Temporada

Duração: 42 minutos
Nº de episódios: 7 episódios
Exibição: 2011/12
Emissora: ABC

Quando seu amante é o presidente, cada centímetro do seu corpo é um escândalo.

Crítica:
Spoilers Abaixo!

Escândalos envolvendo celebridades vêm à tona com uma frequência assustadora. Atualmente, podemos dizer que a tecnologia se tornou uma arma e não um escudo nos casos de exposição. Artistas brigam entre si no twitter o tempo inteiro e, vira e mexe, alguém sempre é rackeado e tem suas fotos particulares exibidas na rede. Porém, assustador mesmo é pensar nos escândalos que foram controlados e nunca viram a luz do dia. Provavelmente, as notícias e fofocas que são lançadas são apenas a ponta do iceberg, tendo muito mais coisas - que nem imaginamos - por baixo dos panos. E é disso que essa série se trata, a arte de abafar e esconder as notícias bombantes que não devem ser de conhecimento público.

A história segue uma ex-consultora de mídia do Presidente, Olivia Pope, que dedica sua vida a proteger e defender as imagens públicas da elite americana, resolvendo problemas antes que o mundo saiba que eles já existiram. Depois de deixar a Casa Branca, ela abre sua própria empresa, na esperança de iniciar um novo capítulo - tanto profissionalmente como pessoalmente - mas ela parece não conseguir cortar completamente os laços com seu passado. Sendo a chefe de um grupo disfuncional, ela tem a função de mediar as crises empresariais e políticas de seus clientes.

Essa série é da mesma criadora de Grey's Anatomy, a fatal Shonda Rhimes. Seu trabalho é sempre reconhecido e tem sido sinônimo de qualidade, tanto em roteiro quanto em números de audiência. Apesar de Scandal não ter nascido como um hit, a série acabou dando a volta por cima em seu segundo ano e viu sua audiência subir escandalosamente se tornando um dos maiores sucessos atuais da emissora ABC. A inspiração para história veio da vida de Judy Smith, uma consultora de gerenciamento de crises. Judy, por sua vez, é uma das co-produtoras executivas da série.

Não tem como se aprofundar na série sem mencionar a excelente interpretação de Kerry Washington, que dá vida à protagonista, Pope. Depois de assistir apenas o primeiro episódio, eu não conseguia imaginar ninguém que faria o seu papel tão bem quanto ela. Washington traz todos os elementos necessários para que sua personagem dê certo. Ela é extremamente forte e confiante, mas também consegue se mostrar frágil em diversas cenas, principalmente aquelas que envolvem sua complicada vida amorosa. Além disso, ela tem um jeito de andar poderoso depois de suas vitórias, que deixariam qualquer modelo com inveja. Kerry Washington é poder puro e passa confiança como protagonista dessa ótima história.

Esse primeiro ano é bem curto - menos de 10 episódios - então não há uma forte trama principal. De fato, esse primeiro ano apenas arranha a superfície do problema (que é apresentado no segundo ano). Há um foco maior nos casos da semana, onde a Olivia e sua equipe tentam resolver diversos casos intrigantes. Dentre os mais interessantes estão a queda de um avião e a luta dos protagonistas ao tentar provar a inocência de um homem em relação à tragédia, e a solução de um assassinato que poderia colocar um homem inocente na prisão, caso ele não conte seu mais profundo segredo.

Outra personagem que ganha destaque nessa primeira temporada é a Quinn Perkins (interpretada pela Katie Lowes). Além de sabermos bem pouco sobre ela, esse primeiro ano termina com o questionamento de sua verdadeira identidade. Não posso deixar de comentar também sobre o envolvimento da jovem com o repórter ambicioso, que acaba tendo o mesmo fim trágico que a amante do presidente. Todas essas tramas são ligadas em uma rede de mentiras, onde diversas reviravoltas são apresentadas, o que leva os espectadores a ficarem de boca aberta todas as semanas. Enfim, se vocês ainda não assistem a série, ainda dá tempo de começar uma maratona e acompanhar a quarta temporada na nesta Fall Season. Obviamente vale muito a pena!