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[Crítica] The New Normal - 1ª Temporada


Status: Cancelada
Duração: 22 minutos
Nº de episódios: 22 episódios
Exibição: 2012/13
Emissora: NBC

Ser diferente é o novo normal.

Crítica:
Spoilers Abaixo!


A homossexualidade é um tema que tem estado bastante em foco nos últimos anos. Personagens gays estão cada vez mais em alta e, consequentemente, protagonizando suas próprias séries. A Fall Season de 2012/13 trouxe duas produções com essa abordagem, The New Normal e Partners. Infelizmente, nenhuma das duas produções conseguiu emplacar e foram canceladas. The New Normal pelo menos conseguiu uma temporada completa antes de receber o sinal vermelho. Partners não teve a mesma sorte e foi cancelada antes de todos os seus episódios gravados serem exibidos.

A história dessa série gira em torno de um casal gay estável, David e Bryan, que sonha em construir uma família. Eles decidem contratar uma barriga de aluguel para poder gerar seu filho. É assim que eles conhecem Goldie, que já tem uma filha chamada Shania. Com o passar do tempo e convivência, David e Bryan irão aprender a importância dos valores familiares ao experimentar isso com Goldie e sua família. A medida que passam por desafios, o casal aprende a vencê-los e acabam trilhando um caminho de sucesso para a chegar do tão aguardado filho.

Apesar de ter começado muito bem em termos de audiência, a série viu seus números caírem com o passar das semanas. A audiência de seus episódios finais foi muito abaixo dos iniciais, o que acabou causando o cancelamento. Muitos ficaram tristes com o final absoluto da série, mas acredito os produtores tiveram a inteligência de encerrar a história. Não tivemos ganchos para um novo ano. Acredito que o final da série foi extremamente aceitável e não poderia ter esperado diferente.

As duas maiores questões que pendiam na reta final era o nascimento do filho dos protagonistas e o próprio casamento deles. E essas duas questões foram resolvidas no episódio final de forma satisfatória. A proposta inicial com qual a série foi criada foi concluída, então não há razões para nunca acompanhar a série só pelo fato dela ter sido cancelada. Eu também tenho preconceito com séries canceladas, porque é péssimo assistir a algo sem final, mas garanto que tudo que deveria acontecer... Acontece. Por isso, se tiverem vontade de assistir e perderam um pouco dela por causa do cancelamento, aconselho que comecem a ver nesse período sem séries.

Passando a analisar a série como um todo, confesso que os melhores momentos são o começo e o final. O enredo se perde um pouco na metade, apresentando alguns episódios desnecessários. Em diversos momentos, a trama entra em conflito ao tentar apresentar algo original, mas acaba preso na ideia de família. Há exageros em torno da homossexualidade e falta de veracidade quanto aos rumos de "liberdade criativa" que a personagem Shania. A série tenta passar que podemos fazer tudo sendo nós mesmos, mas acaba deixando de considerar os fatores externos, tornando a situação irreal.

Alguns podem dizer que estou exigindo muito de uma comédia, mas acredito que os roteiristas tiveram a oportunidade de passar mensagens importantes. O relacionamento dos protagonistas com seus pais e o preconceito são questões levemente mostradas, mas poderia ter sido melhor aprofundadas. Apesar desses pontos negativos, a parte da comédia é realmente muito boa, principalmente porque consegue resgatar elementos da cultura moderna, fazendo piadas com nomes de celebridades icônicas. As irmãs Kardashian e Nicki Minaj são algumas das personalidades que não saem da boca dos personagens dessa série. Enfim, eu recomendo. Os episódios são curtos e tenho certeza que uma temporada passa bem depressa. Apesar dos erros, há diversos momentos interessantes que merecem ser conferidos.

First I was afraid, I was petrified.
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