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[Crítica] Bates Motel - 1x03: What's Wrong with Norman

Negativo é bom.

Review:
(Spoilers Abaixo) 

Venho cobiçado Bates Motel desde a época em que começou a sair as primeiras notícias. Quanto mais os produtores se empenhavam na divulgação bizarra pra chamar atenção à produção, mais ansioso eu ficava. No entanto, nunca achei justo que Psicose fosse ressuscitado dessa maneira quando a obra de Hitchcock já era boa como um todo. Mas se eu me arrependi de ter me hospedado no hotel mais perigoso da América com todos vocês? Pela terceira semana consecutiva, a resposta é não. 

What’s Wrong With Norman fez exatamente o que o título sugeria. O que poderia haver de errado com Norman? Até então ele não parecia ser diferente de todos os outros garotos tímidos que são super protegidos pela mãe, mas já começamos a colocar sua sanidade em evidência. No começo do episódio, logo depois de quase explodir em frente a melhor amiga, Norman começa a ter visões de sua professora sendo dominada como as garotas do livro que encontrara e acaba sendo levado ao hospital após o desmaio. É claro que sabíamos que algo parecido iria acontecer, mas não deixa de ser interessante ver como esses pensamentos começaram a dominá-lo.

Depois de receber alta pela própria mãe e ser levado pra casa as pressas, Norman revela que havia guardado o cinto do homem que a mãe assassinou, e que após a varredura da polícia no loca, ele havia sumido. Não sei se vocês estão inteirados com o assunto, mas a maioria dos psicopatas guarda algum pertence de suas vítimas para fazer dele uma espécie de troféu, algo que o faça lembrar da incrível sensação de lidar com a morte. Mas é claro, Norman não faz ideia disso, e ainda é muito cedo pra sua mãe começar a ligar os pontos.
Por sorte – ou não – quem encontrou o cinto embaixo da cama do garoto foi o Delegado com quem Norma começou a ter um caso, exatamente para ter alguma vantagem caso algo desse errado. Não houve chantagem, ameaças ou algo parecido. Zack foi bastante condescendente com ela e sua família, mesmo que Norma ainda não estivesse preparada pra lhe dizer porque o cinto de um homem desaparecido estava embaixo da cama do seu filho. Sinceramente nunca acreditei que Norma só se envolveu com ele pela sua segurança, mas acho que não podemos nos dar ao luxo de confiar em algum morador daquela cidade.

Pra piorar a situação, Norman começou a ter ilusões e perda de memória. No segundo caso, nada de tão estranho, ele apenas não lembrou que havia atacado o irmão com um martelo de carne e Dylan também não fez questão de desenvolver o assunto. Já na invasão domiciliar, ele acabou encontrando algo bem melhor que o cinto do cara morto. No porão do Delegado tinha uma garota acorrentada, como as da história que Emma lhe contou. Ela pediu ajuda, ele entrou em pânico, e há muitas chances do Delegado pegá-lo no flagra.

A pergunta que fica pro final é: Será que a garota que Norman viu era real? Vai ser difícil acreditar que o Delegado realmente é um serial killer depois de tudo o que a mente do garoto fez com ele. Mas talvez seja exatamente isso que querem que a gente pense. Que foi apenas uma ilusão, como quando sua mãe o mandou invadir a casa do Delegado em busca do cinto, só pra no final revelarem que Norman não é o único personagem com um fetiche maluco pela tortura. Não quero dar uma de Zé Spoiler, então vou apenas generalizar como uma pessoa que já assistiu a promo do próximo episódio: Corra pras colinas, Família Bates, porque isso é uma cilada.

Quanto ao irmão pródigo, e não é que estou começando a gostar do personagem? Semana passada achei que ele era o verdadeiro culpado pela relação com sua mãe ser tão complicada, mas ele parece ser o mais normal dali, mesmo que não haja normalidade alguma em vigiar um campo cheio de maconha pra pessoas que são capazes de carbonizar seus inimigos. É, vida de bastardo não é fácil. Pelo menos seu irmão não está tentando lhe matar outra vez. E pelo que eu já percebi, ele nem vai lembrar de tentar.

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