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[Crítica] O Colecionador de Corpos

Direção: Marcus Dunstan
Ano: 2009
País: EUA
Duração: 90 minutos
Título Original: The Collector

Crítica:

Ele sempre leva um.

Quando pensamos em um exemplo de torture porn moderno, logo vem a cabeça da maioria das pessoas a franquia Jogos Mortais. De 2004 à 2010, a franquia do Jigsaw levou milhões de pessoas aos cinemas em busca de emoção e armadilhas dolorosas e mirabolantes. Com o sucesso monstruoso, este subgênero começou a ser copiado até chegar a exaustão. Um caso semelhante aconteceu com o subgênero Found Footage depois do sucesso de Atividade Paranormal. Apesar da falta de originalidade em um tema explorado repetidamente, algumas produções conseguiram se destacar, como o remake Doce Vingança e este, O Colecionador de Corpos.

A história gira em torno de Arkin, um homem que deve dinheiro para as pessoas erradas e está desesperado para salvar a sua família. Para quitar as suas dívidas, ele decide roubar uma casa em que trabalhou consertando portas e janelas. Porém, quando ele chega na casa - esperando encontrá-la vazia -, Arkin se depara com uma situação bizarra, já que um serial killer tortura os integrantes da família e espalhou armadilhas por todo o lugar. Agora, Arkin se encontra em conflito: Ajudar a família que desconhece de um terrível destino ou cumprir os seus objetivos e salvar a própria família daqueles que ele deve?

Neste caso, a comparação entre esta produção e Jogos Mortais não é gratuita. Muitos podem não saber, mas o roteiro desde filme foi escrito para se tornar uma sequência de Jogos Mortais, porém, a ideia foi rejeitada. Vendo o potencial da história, os roteiristas formaram uma trama original a partir da base do roteiro. Além disso, o projeto passou por problemas de financiamento. Originalmente, O Colecionador de Corpos deveria ter sido lançado pela Dimension Films, mas a produtora também o abandonou. Somente pela produtora Lidell Entertainment que o projeto saiu do papel, sendo um sucesso comercial e de críticas (em sua grande maioria).

O roteiro é bem simples, na verdade. A história se passa em uma casa grande no meio do nada. Gosto da forma como o roteiro nos entrega os acontecimentos. Não é jogado tudo em nosso rosto, os problemas vão aumentando gradualmente e também há a humanização do protagonista, que tem sua breve chance de fugir e salvar a sua família, mas decide ficar e ajudar os integrantes de uma família que ele nem ao menos conhece. Todos os outros personagens são descartáveis, com exceção da pequena Hannah, que apesar de ser apenas uma criança, consegue ser tão esperta quanto o protagonista. Os outros personagens não conseguem pensar e se deixam levar pelo pânico. Trágico!

A caracterização do vilão é extremamente eficiente. Apesar de uma máscara, no mínimo, comum, ele tem personalidade, assim como os seus olhos brilhantes que parecem sobrenaturais. Ele já pode ser considerado um dos serial killers mais bizarros dos últimos tempos. Temos longas sessões de tortura, onde a criatividade e faca correm soltas. Quem assistir esperando saber muitas informações a respeito dele irá se decepcionar. Poucas informações são liberadas, mas deu para perceber que o roteiro mantém uma mitologia que pode ser expandida, como o fato de que o assassino sempre leva uma de suas vítimas vivas. Porém, o destino delas ou suas intenções nunca são revelados.

Percebe-se que a produção não teve um alto orçamento. Apesar dos bons efeitos de maquiagem e outros quesitos importantes para fazer um filme de terror violento, a fotografia parece suja. Não que isso seja um pouco negativo, até porque, o diretor consegue contornar muito bem os seus problemas financeiros, tende inclusive investido em algumas cenas muito bem feitas, como a das armadilhas de urso. Esse é um dos melhores torture porn dos últimos anos e merece todo o destaque. O final deixa uma enorme ponta para uma sequência, que promete ser completamente diferente do original. Prontos para enfrentarem nossas armadilhas? Então vamos para O Colecionador de Corpos 2.


Trailer:

Comentário(s)
2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. vanessa vasconcelos reznor6 de janeiro de 2013 às 21:36

    esse filme eu achei mais ou menos,mas é legalzinho.

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  2. Adoro esse filme já assisti o 2 tb, tem gente que tá falando que te não tem Nd a ver o final q o cara se esforça pra salvar a a família e acaba sequestrado mais tem a ver ss c ele n tivesse sido sequestrado daí ss n ia ter nd a ver no 2 mais na minha opinião é um dos melhores filmes desse gênero tipo com armadilhas e tals
    Parabéns pelo filme diretor!!!♡

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