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[Crítica] O Canto da Sereia


Duração: 40 minutos
N° de episódios: 4
Exibição: 2013
Emissora: Globo Brasil

Porque quem sabe canta, quem não sabe...

Crítica:

Quem me conhece, sabe que eu não sou fã de filmes e seriados nacionais, geralmente todos que eu assisto não me animam. Mas de vez em quando vêm uma produção brasileira e samba na cara da sociedade, ano passado não assisti muita coisa nacional mesmo, mas já no fim do ano, comecei a acompanhar Como Aproveitar O Fim Do Mundo e adorei. Então, ao longo das semanas fiquei acompanhando as propagandas de O Canto da Sereia e fui ficando cada vez mais interessado, quando dei por mim estava vendo o piloto. E me deparei com uma das melhores produções que eu vi, e isso comparado com seriados americanos e até mesmo britânicos.

A minissérie (se o corretor não me corrigiu é porque agora se escreve assim mesmo) de só quatro capítulos contou a história da polêmica e controversa cantora de axé, Sereia, que foi assassinada enquanto se apresentava em pleno carnaval baiano. A história é baseada no livro de Nelson Motta, que por sua vez, é baseado na história da cantora mexicana Selena - e Wikipédia está aí minha gente é só pesquisar a história dela lá. O foco daqui é a nossa Ísis Valverde e sua Sereia que já marcou a tela da televisão brasileira e quiça do mundo.

Pela primeira vez, a Globo soube fazer tudo certo, roteiro, ousadia, elenco...Tudo em perfeita sincronia. Tudo muito bem orquestrado, criando cenas excelentes com atores dando sangue - alguns literalmente - pela criação do ambiente que as cenas pediam. A minissérie, teve apenas um erro, justamente no final, o roteiro peca ao escolher praticamente o mesmo final do livro, que é previsível, eu mesmo fiquei torcendo pra colocarem o governador como o mandante do crime. É realmente uma pena, porque daria mais ênfase a critica à política brasileira, que sabemos que é uma droga.

Ao contrário do que eu tenho lido da crítica, que se auto denomina "especializada", acho que a trama foi ousada sim, mesmo que nas cenas românticas entre Sereia e a empresária faltasse mais "sensualidade" e "safadeza", acho que isso fez parte de uma construção da trama, onde, mostraram dois lados da Sereia, seu lado hétero que era mais sexy e safado, e seu lado lésbico que era mais romântico. Afinal, trazer uma personagem com a bissexualidade tão evidente já é um grande passo pra televisão brasileira, não dá pra esperar que produzam um pornô lésbico.

Quem assistiu, vai ver uns nomes que estiveram num dos maiores sucessos  globais dos últimos tempos, Avenida Brasil, mas isso não comprometeu nem os atores, nem as pessoas envolvidas na produção e direção. Todo mundo pareceu bem descansado, devido a qualidade da trama. E Ísis Valverde conseguiu mostrar - mais uma vez - que tem tudo pra entrar na lista de atrizes de alto escalão. Já prevejo ela protagonizando uma novela mais pra frente.

Bom, só posso deixar a dica pra quem se interessar. Procurem assistir, esse tipo de produção chega a me fazer acreditar que a TV Aberta do Brasil ainda tem salvação. Podem ter certeza, que agora quando eu abrir a boca pra falar mal das produções nacionais, vou ter que acrescentar O Canto da Sereia na minha lista de exceções. 
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