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[Crítica] Sombras da Noite

Direção: Tim Burton
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 113 minutos
Título Original: Dark Shadows

Crítica:

Toda família tem os seus demônios.

Apesar de não ter muitas críticas dos filmes de Tim Burton aqui no blog, eu sou um dos maiores fãs dele. Seus últimos trabalhos foram perfeitos. E o mais legal deles, é que esse diretor excelente consegue trazer uma visão e roupagem totalmente nova para qualquer tipo de história. Desta vez, ele se aventura no mundo dos vampiros, tão comentado e exposto recentemente. Então é óbvio que eu estava ansioso, uma vez que os vampiros são uma das minhas criaturas preferidas.

A história gira em torno de Barnabas Collins, que quebrou o coração de uma mulher, se apaixonando perdidamente por outra. O problema é que esta mulher rejeitada era uma bruxa e, além de lhe lançar uma maldição – transformando-o em vampiro -, amaldiçoou sua família e entes queridos, para uma eternidade de sofrimento. Depois que seu grande amor morre sob o feitiço macabro da bruxa, Barnabas é enterrado vivo. Quase duzentos anos mais tarde, ele é liberto e vai ao encontro do que restou de sua família. Agora, ele tentará reerguer sua linhagem, enquanto a bruxa, que lhe amaldiçoou, está muito mais próximo do que ele imagina e tende a não perdoar... Nunca.

O mais interessante de testemunhar estas parcerias entre Burton e Johnny Depp, é ver qual será a aparência de seu próximo trabalho. Não importa quantos filmes eles façam juntos, Depp sempre aparece com uma nova roupagem, totalmente diferente das anteriores. É por este motivo que ele é conhecido como o ator das mil faces, porque só ele consegue ficar tão diferente em cada um de seus personagens. Com este filme não é diferente, ele aparece com um visual icônico e original, que retrata com praticidade como um vampiro deveria se parecer.

E por falar em sua aparência, devo dizer que o diretor fez algumas homenagens aos velhos filmes de vampiros. Os grandes clássicos. Os dedos alongados do vampiro protagonista, com suas unhas grandes e pontudas, são muito parecidos com os de Nosferatu. Além disso, as mãos cruzadas sobre o seu peito ao dormir e a forma como ele tende a se defender da luz solar retratam perfeitamente os movimentos tão comuns nos grandes clássicos vampirescos.

A trama é recheada de comédia, humor negro e sarcasmo. Apesar disso, não é um filme infantil. Temos alguns momentos interessantes, como o confronto do terceiro ato, que é carregado de tensão. Eu achei o desfecho um verdadeiro estouro (sem trocadilhos, por favor). O vampiro protagonista mostra imensa química com a bruxa rancorosa, chegando a ponto de ser possível torcer pelos dois. Achei que o desfecho foi necessário, apesar de triste. Uma verdadeira história de amor, que não encontrou o seu feliz para sempre.

Os efeitos visuais estão incríveis, como já era de se esperar. E tenho a obrigação moral de destacar a fotografia do filme, que tem aquele estilo sombrio e gótico que eu tanto adoro. O resto do elenco não fica a sombra de Depp, todos têm o seu devido espaço e representam muito bem os seus papéis. A melhor de todas, absolutamente, é a Eva Green, que deu a vida a bruxa. Não consigo imaginar outra mulher para o seu papel. Ela foi divertida, apaixonada, má e uma bitch nos momentos certos. Muito perfeita! PS. A última cena deixa o espaço para uma possível sequência, que parece óbvio não vir. Temos dois motivos: Primeiro, o filme não impressionou nas bilheterias. Segundo, seria difícil fazer outro a partir de como este terminou, prefiro acreditar que foi apenas uma cena especial, divertida.


Trailer Legendado:

Comentário(s)
3 Comentário(s)

3 comentários:

  1. vanessa vasconcelos reznor29 de novembro de 2012 às 22:17

    adorei esse filme ,muito divertido.nem sou muito fã do Tim Burton,mas tem vários filmes dele que eu gosto.

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  2. Sinceramente, achei o filme um desperdício de uma ideia. Seu roteiro falho chega a incomodar e atrapalhar o pouco divertimento que o filme poderia proporcionar. E não acho que Tim Burton seja um diretor tão bom assim quanto alguns querem acreditar, pois usa a ideia de "estilo" para se repetir incansavelmente na forma como faz seus filmes, sob vários aspectos. Pra mim está mais para "fórmula" do que para "estilo".

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  3. Vai ter continuação, sim, esse filme é baseado em 2 livros: sendo o Sombras da Noite e Sombras da Noite: A Vingança de Angelique. pesquisem!!!

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