[Crítica] Laid to Rest

Direção: Robert Hall
Ano: 2009
País: EUA
Duração: 90 minutos
Título original: Laid to Rest

Crítica:

Os slashers são um subgênero do terror que fez muito sucesso nos anos 80. Assassinos cruéis e mascarados massacraram centenas nesta época. Nos anos seguintes, vieram apenas outras modinhas, mas sempre desgastando um pouco o gênero, até porque, era muito raro aparecer alguma coisa realmente original. Em 2009, ficou lançado este filme, Laid to Rest, com o mesmo maçante assunto sobre um serial killer mascarado, mas podemos dizer que o filme, apesar de não ser brilhante, se supera em diversos quesitos.

A história segue uma garota (realmente sem nome) que acorda dentro de um caixão, numa casa funerária e logo é atacado por um homem mascarado. Não demora muito para ela escapar do lugar e receber a ajuda de um desconhecido. Logo, a noite se torna uma caçada violenta, onde todos que cruzam o destino da moça, encontram a morte. Enquanto os corpos vão sendo empilhados por toda a cidade, a garota vai lutando pela sobrevivência e se vê tendo que escolher se deve se entregar para não matar mais gente ou deve continuar lutando pela vida para honrar aqueles que morreram por ela.

Sinceramente, a sinopse não é nada original. E o roteiro não precisa de muito mais do que isso. Mas isso não quer dizer que temos alguns momentos originais no filme. Afinal, tem uma boa direção, quem precisa de um roteiro concreto e repleto de reviravoltas? Isso se aplica perfeitamente a este filme, até porque, o roteiro é bastante raso. Temos apenas a premissa de um serial killer correndo obsessivamente atrás de uma garota. Mas, pelo menos, o filme promete o que cumpre e a ação não demora a acontecer, fazendo o vilão dar as caras logo nos primeiros minutos.

E se o roteiro não está afim de investir em reviravoltas, ele usa toda a sua criatividade em perseguições. Não temos muita correria, até porque, na maioria das vezes, a protagonista está muito bem acompanhada de um carro potente. Mesmo assim, ela já começa a ser perseguida antes mesmo do título do filme aparecer na tela. A protagonista é ótima, por acaso. Ela é frágil, chora, corre e, nos momentos certos, sabe reagir da forma apropriada, protagonizando umas das melhores cenas no terceiro ato do filme. Eu só fiquei um pouco decepcionado pela falta de uma correria e briga final, mesmo assim, o terceiro ato foi cretino e sensacional.

Mas, apesar dessas qualidades que eu falei acima, ainda devo comentar sobre a melhor de todas, a violência. Pelo que eu pude ler, o diretor é um perfeccionista e queria que tudo ficasse o mais real possível. Para aqueles que odeiam efeitos digitais e sangue falso em CGI, pode respirar a vontade. Este filme é uma volta à velha escolha do terror, com efeitos de maquiagem excelentes. É sério, parece que as pessoas estão morrendo de verdade à sua frente. A brutalidade dos assassinatos também pode ser descrita acima da média. Destaco a facada na boca, que ocasiona uma das melhores mortes do filme.

Como pontos negativos, posso dizer que os personagens agem de uma forma estranha. Se separando, comentando sobre cadáveres de parentes e tomando atitudes que simplesmente não têm nexo. Mesmo assim, dá para passar por cima deste pequeno detalhe, sem a menor importância. Aliás, gosto do fato das mortes serem imprevisíveis. Você nunca sabe quem pode sobreviver ou morrer até o final do filme e isso é fantástico. Melhor ainda é o fato do roteiro manter quase todos vivos até o terceiro ato, numa loja de conveniência, que é onde o bicho realmente pega. Recomendo a todos! Nota 9,0.

Trailer: