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[Crítica] As Aventuras de Tintim


Direção: Steven Spielberg
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 107 minutos
Título original: The Adventures of Tintin

Crítica:

Neste verão, descubra quão longe a aventura pode te levar.

Já se foi o tempo em que as crianças gostavam daqueles clássicos bobinhos e extremamente felizes da Disney, não é verdade? Animações e séries muito infantis estão perdendo cada vez mais espaço na mídia (Teletubies mandou “oi”). Acho que isso se deve ao fato das crianças estarem crescendo cada vez mais rápido, libertando-se da bolha da inocência do final feliz. Hoje em dia, eu vou o cinema e encontro crianças se divertindo com filmes de ação frenéticos. De alguma forma, ver carros explodindo se tornou mais interessante que princesas cantando com animais (certo, não tiro a razão deles).

A história, desta animação de gente grande, acompanha o repórter investigador Tintin. Sua jornada começa quando ele compra um barco artesanalmente bem feito e começa a ser perseguido por pessoas que querem colocar as mãos na peça. Não demora muito para ele descobrir que, no barco, existe uma pista para a localização de um grande segredo. Agora, Tintin e o seu cachorro, irão embarcar em uma fantástica aventura, cheia de perigos e mistérios. Além disso, ele irá descobrir que sua pista é parte de um quebra-cabeça e só dá para desvendá-lo depois que ele juntar todas as peças.

Porque eu comecei a crítica falando sobre as velhas animações? Por que eu quero que vocês conheçam as novas. Chega de princesas buscando seu Final Feliz, chega de musicais. Está na hora de uma história um pouco mais... perigosa. Assim como 9 – A Salvação, este filme nos leva a um mundo realmente hostil, onde a morte espreita a qualquer momento. Mesmo assim, não conseguimos evitar aquelas velhas cenas fantásticas, onde os personagens parecem praticamente voar, evidenciando-nos que se trata apenas de um desenho. Mesmo assim, não considero um erro, até porque, tem muito filme de verdade que faz muito pior.

No começo, eu achei estranho o garoto parecer tão novo e ser tão aventureiro e ter feito tantas coisas, mas logo percebi que ele era mais velho do que aparentava. Os personagens são perfeitos! Desde o Tintin, que corre, dá tiro, pula e escapa; até o capitão bêbado. Eu morri de rir na cena em que ele coloca fogo no próprio barco porque “estava com frio”, como ele mesmo alega. Simplesmente para morrer de rir e as cenas mais cômicas vêm justamente dele.

Mas não pensem que é apenas de comédia que este filme vive. Temos muitas, muitas cenas frenéticas. Uma em especial, mereceu toda a minha atenção. Ela simplesmente fecha o segundo ato e não poderia ter sido mais perfeita. A busca de todos os personagens por três pedaços de papéis em uma cidade caindo aos pedaços é realmente de tirar o fôlego. Essa sequência deixa para trás muitos outros filmes que se auto-intitulam “ação”.

Mesmo assim, o meu grande preferido para este tipo de animação adulta, é o já citado 9 – A Salvação. Talvez porque os perigos deste outro filme sejam bem mais reais e convincentes. Mas não fiquem decepcionados, só estou dizendo que As Aventuras de Tintim não é melhor, mas não estou dizendo que é ruim, muito pelo contrário, porque eu adorei. Eu só devo dizer para vocês não gastarem seus preciosos centavos no 3D, porque ele não acrescenta em nada. Mas, de resto, o filme é perfeito. Corram para as colinas... mas se vocês não gostam deste tipo de filme, corram para as colinas mesmo. Nota 9,5.

Trailer Legendado:

Comentário(s)
4 Comentário(s)

4 comentários:

  1. O cinema da minha cidade é cú sabe, demora no minimo 2 semanas pra passar um filme, sem contar que só tem uma sala e uma seção e é pequeno, mas fazer o que, esperar chegar pra ir ver TimTim

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  2. Só um adendo cara. Não é uma animação adulta. A diferença é que o seu material original que era um desenho dos anos 90 e as histórias em quadrinhos foram feitos em uma época que não existia esta chatice de politicamente incorreto. Não é uma obra original dos tempos modernos. Se fosse seria muito pior.

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  3. Mas o filme é muito bom. A técnica está impecável e o 3d está muito bom.

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  4. Como o 3D não acrescenta nada?? A cena frenética de "de tirar o fôlego com todos os personagens em busca de três pedaços de papeis" é genial justamente pela profundidade causada pelo 3D. Duvido que sem o 3D cause a vertigem que eu senti (mas tem que se estar próximo a tela). Deixem de ser pão-duro.

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