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[Crítica] Rammbock: Berlin Undead


Direção: Marvin Kren
Ano: 2010
País: Alemanha
Duração: 59 minutos
Título original: Rammbock: Berlin Undead

Crítica:

A Alemanha está morta.

É melhor correr, pessoal. Os mortos-vivos estão atacando freneticamente esta semana. Depois do péssimo, Zombie Diaries, e do mediano-ruim, Zombie Diaries 2, parece que finalmente teremos um sinal de vida, mesmo que esteja rastejando para sobreviver. O filme da vez fica por conta de Rammbock - Berlin Undead, um média-metragem, de aproximadamente uma hora de projeção. Mas não deixe a duração te enganar, mesmo com minutos a menos, este filme consegue esculachar muitos outros filmecos “completos”.

A história segue o drama de um grupo de pessoas presas em um complexo de apartamentos em Berlin. Eles têm que ficar quietos, já que o barulho atrai as criaturas famintas por carne humana, dificultando assim, a comunicação. Juntos, eles terão que sobreviver a contaminação, mas para isso é preciso entendê-la. Em paralelo, o personagem principal procura desesperadamente a sua amada, mas existem revelações piores que a morre... E até mesmo zumbificação...

Apesar de ter começado bem a crítica, quero deixar claro que este filme nem se compara a Madrugada dos Mortos ou Terra dos Mortos, mas consegue superar as expectativas ao apresentar uma história decente, que consegue se diferenciar em uma “horda” de produções sem criatividade. Acho que é até injusto ficar comparando Rammbock - Berlin Undead com as produções acima, até porque, é notável que o orçamento deste é bem limitado.

Mas não se enganem, não temos nenhuma cena ridícula ou mal-feita. Os efeitos especiais estão bem legais, apesar deu para sentir falta de mais cenas sangrentas. Afinal, estamos falando de um filme de zumbis. A maquiagem dos mortos-vivos está excelente. Aquele efeito que colocaram nos olhos deles é assustador. Os mortos-vivos deste filme até me lembraram os demônios de The Evil Dead, principalmente na primeira vez que um deles entra em cena.

E não pensem que essa mudança na aparência deles é apenas um luxo do diretor para deixar os transformados com uma cara mais assustadora. É claro que isso conta também, mas o roteiro é inteligente ao abordar a epidemia de forma científica. De acordo com a mitologia do filme, o vírus é uma espécie de raiva, que pode ser controlada com o uso de calmantes. Outro fato que merece destaque, é a revelação final, onde os sobreviventes descobrem como afastar os transformados. É inteligente e consegue fazer uma ligação direta com um dos sintomas da zumbificação.

O filme só não consegue ser excelente porque tem várias cenas paradas e desnecessárias, deixando claro que se este filme fosse um longa-metragem, fracassaria terrivelmente. Alguns atos idiotas dos personagens também não ajudam. Além disso, a obsessão do protagonista pela amada é doentia, chegando ao cúmulo dele querer preservar os talheres dela, caso ela volte (!!). Isso é bem cansativo no começo, mas é ótimo ver uma inesperada quebra de clichê lá pela metade do filme.

O final é ótimo! Aconteceu realmente do jeito que eu queria. Ainda me surpreendi com uma cena esquisita, irônica e, de certa forma, poética. Não posso contar mais para não estragar a surpresa. Então é isso aí, os mortos se levantaram mais uma vez (e esses daqui correm), mas desta vez, vale a pena acompanhar sua ressurreição, até porque, mesmo que você não goste, não perderá mais do que uma hora de sua vida. E eu tenho certeza que você já perdeu muito mais do que isso assistindo filmes muito, muito piores. Nota 7,0.

Trailer:


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