[Crítica] The Woman
Direção: Lucky McKee
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 101 minutos
Título original: The Woman
Crítica:
O inferno não conhece a fúria.
Muitos podem nem suspeitar, mas este The Woman é a sequência de Offspring. Uma sequência pra lá de indireta, uma vez que praticamente nada faz lembrar o original, a não ser a canibal protagonista, interpretada pela mesma atriz no filme anterior. Bem, acho que temos ótimas lições a serem aprendidas com esta sequência. Com certeza, a primeira regra a cair, é o fato de toda sequência nunca conseguir superar o original.
A história segue uma mulher selvagem que vive na selva e está com um grave ferimento na barriga. Aproveitando-se desta situação frágil em que se encontra, um homem a captura e a prende no porão de sua casa. Agora, ele e sua família têm que cuidar dela e ensiná-la a se tornar civilizada. Mas o que acontece quando as pessoas civilizadas conseguem se mostrar ainda mais selvagens que a própria mulher? Cuidado em quem confia, nem todos os monstros vivem na floresta...
Nossa! Este filme é muito superior ao Offspring, sinceramente. Temos várias camadas críticas e personagens interessantes para explorar neste, no outro, eu nem lembro quem eram as vítimas. Várias questões interessantes são levantadas, como por exemplo, a velha busca pelo cruel instinto primitivo do ser humano. A mulher é selvagem porque viveu na selva a vida toda, mas é a desculpa do homem civilizado? Simplesmente não há.
O filme se desenrola em um processo lento. Vemos a captura da mulher selvagem, o modo como ela interage com os integrantes da família e até sua identificação com alguns deles. Como na cena em que ela está recebendo um banho. Seus olhos se enchem de lágrimas e, por um momento, consegue se conectar com o drama pessoal da matriarca. Tudo parece se ligar até que toda a conexão vai por água abaixo. Achei muito triste esta parte.
Ainda temos a questão do bebê. Não fica claro para que ela o quer. No primeiro, eu pensava que ela queria comer, mas agora parece que ela o idolatra, protegendo assim, a garota que está grávida. Gostei muito da vingança final. Foi emocionante, sangrenta e todos que tiveram que pagar, pagaram. Foi ótimo focar em apenas um canibal, afinal, o espectador ficava meio perdido no meio de tantos personagens que o filme original apresentava. Aqui, os personagens são limitados, mas cada um tem um drama interessante a ser revelado.
É claro que eu recomendo. Um filme tocando, sangrento e poderoso. Aqueles que gostam de perseguições e mutilações desenfreadas ficarão decepcionados. Diferente do primeiro, este tenta uma abordagem mais sutil, deixando o espectador morto de curioso sobre como o desfecho se dará. Fica claro em algumas cenas o orçamento limitado da produção, optando sempre por não mostrar as cenas de mais gore. Mas o diretor conseguiu contornar isso e envolver um suspense interessante. Afinal, neste caso, o que os olhos não vêem, o coração SENTE.
Trailer Legendado:
Olá, Nefferson. Gostei da sua crítica ao filme e compartilho as mesmas opiniões. Infelizmente não conheço o Offspring. Vou procurar vê-lo. Mas por tudo o que li, não dependia dele para ver The Woman.
ResponderExcluirFoi um filme que gostei muito mas fiquei com algumas coisas sem entender, como o bebê que aparece em flashs no início do filme e a garotinha que saboreia o sangue das mãos dela no final. Quem sabe eu entenda isso vendo Offspring... Mas procurei por vários reviews que comentassem a cena extra de depois dos créditos e não encontrei.
Você chegou a ver essa cena? A garotinha chegando de barco em um ilha, aquele clima sombrio, a criatura doce e horripilante que a recebe. Enfim... Se tiver algum comentário sobre, eu gostaria de saber. Aquilo me encucou até. hahaha
Abraço.
André
Sim sim, eu vi a cena final. Achei bizarro, mas não acho que tenha haver com o filme, é apenas uma curiosidade.
ResponderExcluirAgora, quanto ao bebê...
Eu não entendi muito bem também,
mas no OFFSPRING eles dão muuita importância para eles.
Dá a entender que a tribo quer o bebê para alguma coisa.
Quando assisti apenas o primeiro, achei que eles quisessem comê-lo e, assim, achavam que ficariam mais fortes.
Mas agora eu penso que eles meio que endeusam os bebês.
Eu só sei que não ficou claro, mas é uma ótima curiosidade.
a cena pos-creditos é uma alegoria ludica da nova vida da garotinha diante seus novos "pais", vista por ela..
ResponderExcluirNão entendi várias coisas: porque o pai dizia que a mãe sofria de anoftalmia (ausência de um ou ambos os olhos)? De quem a filha estava grávida? Do pai ou daquele cara que aparece no início? Que cena foi aquela de duas mulheres se agarrando na cama? Uma das mulheres era a selvagem? E quem era aquela garota selvagem presa junto com os cães? Vendo Offspring essas dúvidas seriam respondidas??
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Excluira garota do canil, foi a primeira filha delea que nasceu com anoftalmia e ele a jogou aos cães esperando que eles a comessem, mas ao invés disso, eles a criaram...
ExcluirPelo o que me pareceu aquela mulher que aparece no final e que possui anoftalmia seria a filha deles, e que por ter nascido com a anomalia o pai teria criado junto aos cachorros. Será que viajei muito?
ResponderExcluira garota do canil, foi a primeira filha delea que nasceu com anoftalmia e ele a jogou aos cães esperando que eles a comessem, mas ao invés disso, eles a criaram...
ExcluirTambem ñ entenfi a garota com os caes e a gravidez... quem era o pai?
ResponderExcluirTambem ñ entendi a gravides e a garota com os cães.
ResponderExcluirFilme mto bacana.. Mas o final me deixou curioso, pra saber o q acontece dps..
ResponderExcluirMas concordo com os comentários de vcs.. Com ctza a moça no canil eh a filha deles que tem Anoftalmia..
E sobre o bebê também acho q seja algo assim, por eles serem puros e ñ terem pecados. Talvez seja por isso que a Mulher pega a criança e a leva com ela.. E não faz nada com a menina grávida (q n ficou claro qiem eh o pai da criança)
Enfim.. Eh um filme mto interessante..
Podia ter um segundo!! Kkkk
Valeu galera
Uma coisa podemos aprender com o filme.. Todos nós temos problemas, não devemos nos meter com o que não é da nossa conta..
ResponderExcluirSe não fosse a professora, nada disso teria acontecido!!
Duas cenas me fazem crer que o pai da Peggy eh o pai do bebê dela tbm. A primeira eh a cena em que ele entra no quarto dela e faz a maior tortura psicológica, mas ae a mãe chega e ele vai embora. A segunda, eh a da cozinha em q a mãe fala q vai embora e que ele pode ficar com o menino, mas q nunca mais tocará nas filhas dela.... Ou seja... Ela sabia q ele abusava sa Peggy. Qto a garota do canil, foi a primeira filha delea que nasceu com anoftalmia e ele a jogou aos cães esperando que eles a comessem, mas ao invés disso, eles a criaram...
ResponderExcluirAssiste esse filme hj e não consigo parar de pensar nele. Nas personagens, no que elas representam na sociedade...enfim BIZARRO é a palavra para o enredo, porém muito bom, bem pensado e bem feito. Acho que quando ele se referia a anaftalmia, ele faz uma alusão à falta de reação ao que a mãe via porem não enxergava, como se ela não tivesse olhos para o que acontecia na família. Uma pessoa pode ser mutilada psicologicamente, e vejo por esse aspecto. Acho q a mulher selvagem so matou a matriarca por piedade. Acho q to viajando...rss
ResponderExcluirCorrigindo a mim mesma anoftalmia
ExcluirEu tinha entendido q era filha dos cachorros com ele kkkk a do canil
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