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[Crítica] Supernatural - 7x03: The Girl Next Door

Nem tentem, caçadores nunca compreendem.

Crítica:
(Spoilers Abaixo)

E por nunca compreender que são ótimos no que fazem. Eles são durões, muitos deles acham que não devem se envolver emocionalmente com ninguém, além de muitas outras coisas, e estão certíssimos. Mas e quando as doutrinas começam a se exageradas, o que acontece? Uma criatura por exemplo, que não tem culpa de ser o que é e faz um enorme esforço para não matar ninguém, merece uma chance ou no final criaturas são o que são e ninguém pode mudar isso?

Pra mim, este episódio foi o melhor da temporada até agora. Depois de mais de seis anos acompanhando a vida dos irmãos Winchester, ver cenas do seu passado é sempre muito bom, principalmente quando emociona. O episódio inteiro me lembrou daquele em que Sam se apaixona por uma lobisomem e tem que matá-la, porque as referências são óbvias. O passado de Sam foi o que mais chamou atenção o episódio inteiro, os flashbacks eram significativos apesar da história ter sido criada de repente.

Os roteiristas decidiram dar uma pausa na história dos Leviatãs para voltar às origens. Quem estava sentindo saudades do tempo em que Supernatural era uma série com histórias diferentes a cada semana e que fugia da história principal, deve ter se deliciado. Sam, após ler uma notícia do jornal, decidiu embarcar sozinho numa missão, pois ele seria o único que poderia lidar com aquela criatura comedora de cérebros, simplesmente porque foi ele quem a deixou viva no passado. Ela era Amy, uma doce garota que ele conheceu em 98 que caçava com sua mãe. Sam não sabia a criatura que ela era e por isso eles estabeleceram uma incrível conexão na época, tão forte que os dois decidiram ignorar que nasceram para lutar e que deveriam matar um ao outro.

O que Sam não sabia era que Amy realmente estava tentando não ser um monstro. Ela estava deixando um rastro de mortes, mas tudo era “por um bem maior”. Ela havia se tornado coveira para poder se alimentar sem ter que matar pessoas, mas tudo complicou depois que seu filho ficou doente. Ele precisava de carne fresca para melhorar e por isso ela foi obrigada a matar. Eu realmente pensei que Sam não iria engolir tudo isso, mas ele entendeu. Eu também compreendi, afinal, eu faria o mesmo pelo meu filho se estivesse no lugar dela.

E enquanto Sam resolvia seus problemas com a criatura, Dean estava ao seu encalço, tentando juntar as peças sobre o trabalho a que Sam estava se dedicando. Ele só sabia que eles tinham caçado a mesma espécie em 98, mas não sabia porque era tão importante para Sam fazer tudo sozinho. E quando descobriu, ele simplesmente deu uma de ‘Dean’. Todo mundo sabia que ele não engoliria a história sobre a criatura boa, mas eu achei que ainda poderia haver uma esperança. Acho que todos os fãs da série concordam que se fosse Sam quase morrendo por carne fresca, Dean não hesitaria em matar pessoas para salvar o irmão. Mas dessa vez, ele não se importou. Enganou o irmão e foi até a casa de Amy para enfiar uma faca em seu coração, na frente de seu filho. O garotinho jurou vingança, mas isso pelo menos Dean entendeu.

E depois de tudo isso, concluí que o episódio foi triste. Não sei se você também concordam com isso, mas eu acho a adolescência de Sam muito interessante. Pena que em sete temporadas isso não foi muito mostrado, eu realmente queria saber mais sobe o Sam depressivo. E quem não gosta quando a série deixa de mostrar a história principal para uma simples missão também deve ter ficado satisfeito com o episódio. Porque enquanto Sam lidava com Amy e Dean tentava procurá-lo, os Leviatãs estavam mais próximos de cruzar com eles. Creio que uma batalha entre eles acontecerá no próximo episódio e eu espero que descubram um jeito de matar essas criaturas antes que elas continuem jogando queijo quente nas pessoas para ficarem com um gosto melhor.
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