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[Crítica] Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet


Direção: Tim Burton
Ano: 2007
País: EUA
Duração: 116 minutos
Título original: Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

Crítica:

Nunca esquece. Nunca perdoa.

Eu realmente adoro musicais. E não, eu não estou falando de High School Musical. Por mim, este tipo de filme poderia ir queimar junto com o Freddy Krueger no mármore do inferno (talvez eu tenha sido um pouco exagerado). Estou falando de musicais sombrios e depressivos, como O Fantasma da Ópera (um clássico do gênero) e Repo - The Genetic Opera (com toques de rock gótico). Então esta semana eu me lembrei deste filme, que tinha passado despercebido por mim há alguns anos, e agora eu finalmente pude conferir.

A história gira em torno de um homem atormentado, que foi acusado injustamente por um homem que queria roubar sua esposa. Como resultado, ele é preso e, depois de vários anos, retorna ao lugar onde vivia para saber o que aconteceu com sua família. O ódio brota em seu peito quando ele descobre que sua mulher se matou e sua filha é prisioneira do homem que o condenou. Agora, ele armará uma vingança diabólica, onde todos os culpados, e alguns inocentes, sentirão a dor de sua navalha.

Eu sei, eu sei! Só porque eu disse navalha, vocês acham que o cara é um travesti loko da pussy, certo? Não é nada disso! Como o subtítulo diz, "o BARBEIRO demoníaco". E sim, o subtítulo não está exagerando. Antes de assistir, eu pensei que a palavra "demoníaco" era um pouco forte para o personagem, que não parecia ser tão cruel assim. Engano o meu, queridos leitores. Ele é um dos mais malvados anti-heróis que eu já vi nos últimos tempos. Até porque, ele deve matar mais de dez pessoas neste filme. Eu não ousei contar, mas temos uma sequência com várias mortes.

Além da sequência citada acima, ainda temos diversas mortes aleatórias. Incluindo figurantes, coadjuvantes e até personagens importantes na história. No final, eu só consegui ficar de boca aberta com o tamanho da ousadia do roteiro. Sem contar, é claro, a direção, que não poupa o espectador mais sensível, fazendo jorrar litros de sangue em cada garganta cortada. Tim Burton guia o filme de forma sombria e macabra.

Temos em todo o filme uma atmosfera sufocante e depressiva. Mas uma vez, o universo em que o filme se passa, não parece com o novo, e sim, um universo alternativo criado especialmente para o filme. A fotografia quase não deixa transparecer cores, exceto pelo vermelho chamativo do sangue das vítimas. Temos algumas tomadas bem coloridas, a maioria são flashbacks dos tempos felizes do protagonista. Isso ajuda na percepção de contraste do espectador.

A reviravolta final é muito inteligente, e quem estiver prestando bastante atenção, vai conseguir matá-la antes da hora. Depois da cena final, só o que resta é um sentimento de tristeza, porque todos os personagens eram infelizes. Alguns amando com todas as suas forças e não sendo correspondidos. Gosto da relação do protagonista com a mulher das tortas e a mulher das tortas com o menino. Essa segunda rende um ótimo momento, além, é claro, de uma emocionante canção. Eu só achei que o roteiro poderia trabalhar mais encima do casal jovem, até porque, o final deles fica meio aberto.

Espero que todos tenham a oportunidade de ver Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, porque ele é um filme que merece ser visto. Mas uma ótima dobradinha entre Johnny Depp e Tim Burton, os dois juntos é sinônimo de sucesso. Aliás, é notória a interpretação de Johnny Depp, que consegue mudar completamente de um personagem a outro. Sua aparência e estilo lembraram, um pouco, o Edward - Mãos de Tesoura. Gostaria de destacar a trilha sonora, que é tão depressiva quanto todo o resto, muito bem feita. Combina perfeitamente com a proposta do filme. Se você gosta de um musical sombrio, está esperando o que para ver? Nota 9,5.

Trailer Legendado:

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