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[Crítica] Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio


Direção: Justin Lin
Ano: 2006
País: EUA
Duração: 104 minutos
Título original: The Fast and the Furious: Tokyo Drift

Crítica:

A velocidade não precisa de tradução.


Não sei se vocês perceberam, mas existe um momento em toda grande franquia que os produtores decidem dar "um novo rumo" para a história. Eu não sei por que eles ainda tentam fazer uma coisa dessas. Novos recomeços, histórias e personagens nunca são bem recebidos pelo público e crítica. Com Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio não foi diferente...

A história desta vez segue Sean, um garoto problemático que é obrigado a viver com seu pai, em Tóquio, depois de uns problemas com corridas ilegais. Logo, ele descobre que Tóquio não é muito diferente de onde vivia, talvez até pior. Não demora muito para ele se meter com uma galera barra pesada. Mas o que ele não sabia, é que em Tóquio o estilo é diferente. Eles são viciados em Drift, um tipo de corrida que não requer velocidade e, sim, estratégia.

Pelo que vocês puderam ver, a história desta Parte 3 não tem nada haver com os filmes anteriores. Na verdade, se você fingisse que este filme nunca existiu e ver os outros na cronologia certa, você nunca irá dar falta desta sequência. Falei isso para vocês perceberem o quão inútil ela é.

Se o maior triunfo dos filmes anteriores era jogar a corrida no meio de um roteiro elaborado sobre roubo ou infiltração, aqui temos apenas um briga de crianças. É quase injusto compararmos este filme com os outros da franquia. O roteiro nunca irá poder chegar no nível dos outros. E não é porque o diretor errou. Na verdade, o roteiro que é péssimo. O que será que deu na cabeça dos produtores em fazer uma sequência dessas? Os espectadores queriam ver uma evolução. Corridas, tiros e lutas ainda melhores que as já apresentadas. Mas para a infelicidade de todos, tudo foi jogado no lixo.

Para começar, vamos falar do protagonista, interpretado por Lucas Black. Primeiro que ele faz papel de adolescente, mas já tem cara de quem está chegando aos 30 (se vocês repararem bem, vão ver que ele está ficando careca). Eu até agora não me conformo que ele finge ser mais novo que eu. Então como o roteiro pode mostrar alguma coisa empolgante quando somos obrigados a seguir a história de otário que se acha, mas, na verdade, não sabe de nada? Eu respondo: Não podemos!

Por isso mesmo que eu acho que o fracasso de bilheterias foi mais do que justo. Não acho este filme horroroso, mas para fazer parte da franquia Velozes e Furiosos, não chegou nem perto. Talvez se ele fosse uma produção original se saísse melhor. Mas tem duas coisas nesta terceira parte que eu apreciei. A primeira é o ambiente de Tóquio. Muito maneiro as festas e as organizações dos pegas. Legal ver a galera de olho puxada doidona e mostrando não estar nada atrás dos americanos. A segunda é o filme surpresa, com a participação de Vin Diesel. Acho que foi esta simples participação que salvou todo o filme de ser um fiasco total (ainda mais).

É isso aí, galera! Carro ruim tem que ser mandado para o ferro velho. Espero que todos nós possamos concordar com isto. Mas fiquem tranquilos, não deu nem tempo para chorar o fiasco e mais uma sequência foi anunciada. A premissa? Reunir todo o elenco original. Empolgados? Então preparem-se. 1...2...3!

Trailer:

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