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[Crítica] The Shrine



Direção: Jon Knautz
Ano: 2010
País: EUA
Duração: 85 minutos
Título original: The Shrine

Crítica:

Uma vez que encontrá-lo, eles não vão te deixar partir.

Ai, que emocionante! Voltamos ao bom e velho filme de terror independente. Entre todas as qualidades, que eu já cansei de falar, temos, como a principal delas, o elemento surpresa. Em muitos casos não podemos prever o que está para acontecer. The Shrine é um desses filmes. Parece que a trama vai caminhar de um jeito, mas quando você percebe, está preso em um desfecho completamente diferente.

A história gira em torno de uma jornalista que, com ajuda de dois amigos, vai até a Polônia investigar um caso. O problema é que seu chefe não concordou com a matéria e ela acabou tendo que viajar escondido. Sem ninguém saber o paradeiro do trio, eles se enfiam nas florestas e vilas polonesas e percebem que existe uma estranha névoa num canto da floresta. Para completar o mistério, eles descobrem que a névoa não se mexe e mantém em seu interior um segredo sombrio. Não demora muito para que os habitantes do local capturem o trio. O terror se espalha quando eles se vêem como parte de um sacrifício e uma maldição, tão antigos quanto o tempo.

Eu não tinha grandes expectativas quanto a este filme. Vi o pôster bizarro, o trailer e, além dos atores conhecidos, não achava que The Shrine poderia ser um filme acima de média. E o que eu penso depois de ter assistido? Que eu estava completamente errado. Não estou dizendo que o suspense é de matar e vocês vão apreciar cada minuto do filme. Temos um pequeno dilema por aqui. Porque, apesar de começar bem clichê, a história se aprofunda com o último ato.

Vocês sabem aqueles ficam de tribos isolados com cultos misteriosos? O Sacrifício, com Nicolas Cage, é um grande exemplo desse tipo de história. Achei que as vítimas chegariam lá, descobririam algumas verdades, iriam tentar sacrificá-los e, no final, teríamos toda aquela correria dos sobreviventes pelas suas vidas. The Shrine segue, basicamente, a mesma linha narrativa, pelo menos até a segunda parte. O terceiro ato é completamente surpreendente, uma viagem louca, cheia de adrenalina, mas vamos falar melhor desta parte mais para frente.

As duas primeiras partes são bem medianas (para não falar ruim). Demora a chegar no ponto, fica enrolando. Temos todas aquelas cenas clichês, com os moradores do local ameaçando e mandando os americanos embora. Mas é claro que eles não vão e é neste momento que o filme começa a dar sinais de vida, quando chega a parte da névoa. É claro que somos "brindados" com uma cena de pesadelo (numa tentativa de tensão antes do tempo, mas que ficou completamente fora de contexto) e uma péssima interpretação de uma garotinha.

Mas não desistam, meus caros. Lembrem-se, a terceira parte vai recompensá-los pela espera. Não quero dizer muito par não estragar a surpresa, mas é, de longe, o momento mais sangrento do filme, com direito a mortes horríveis. Super destaque para a atriz Cindy Sampson (a Lisa, namorada do Dean em Supernatural). Que mulher extraordinária! Suas expressões e falas são de tirar o fôlego. Eu fiquei arrepiado!

Eu recomendo! Acho que vale a pena encarar o filme por causa do final. É ele quem salva todo o filme de ser apenas mais um. Esqueci de dizer, mas temos Aaron Ashmore (Contaminação), outro ator conhecido, que está super bem no filme. Agora é com vocês! Eu espero que vocês gostem, pois eu gostei. Nota 8,5.

Trailer:

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