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[Crítica] Sem Prada Nem Nada


Direção: Angel Gracia
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 107 minutos
Título original: From Prada to Nada

Crítica:

Trabalhamos por sapatos.

Alguém por aí anda vestindo Prada? Não? Pois este é o assunto do dia. Acabei de assistir Sem Prada Nem Nada, um comédia romântica que conta aquela clássica história de garotas fúteis que acabam falidas e morando nos subúrbios. Você deve estar lembrando de outros filmes com a mesma temática, não é? Mas você não está errado...

O filme conta a história de duas irmãs que, após a morte do pai, descobrem que o mesmo está falido e tinha um filho fora do casamento. Na rua da amargura, as jovens patricinhas conseguem um lugar para morar com os empregados mexicanos que tinham. Acostumadas com o luxo, elas terão que aprender a realidade da vida, ou seja, cozinhar, passar (ninguém passa nesse filme) entre outras coisas...

Se você já viu ao menos uma comédia romântica sabe tudo o que acontecerá neste filme. Ele é mais um daquelas comédias com praticinhas e não mostra nenhuma sacada ou piada nova. Tudo já foi feito antes. Um exemplo disso é o filme Material Girls, que mostra a mesma história, mesmas situações... Enfim, mesmo tudo.

Talvez a única coisa que sirva para dar um toque de personalidade a Sem Prada Nem Nada seja influência mexicana. É evidente e está presente em quase todas as cenas (até mesmo antes do empobrecimento). A trilha sonora até que consegue conciliar os momentos, mas tem algumas vezes que fica meio ridículo e enjoativa. Como numa cena "triste" aparece uma música mexicana horrível (e você até pode reconhecer a melodia trocando por "Ai, ai, aiai. Tá chegando a hora").

Uma das únicas músicas que foge a regra latina é a California Girls da Katy Perry. Ela toca logo no início, quando a riqueza ainda está em alta. Outras músicas americanas sem muito destaque e uma canção da Shakira (que eu não conheço) também estão marcando presença. É uma pena mesmo que a música Loca não tenha sido lembrada. Combinaria com a trama e ainda deixaria a trilha um pouco mais apimentada.

As piadas, como disse acima, não são novas, mas o filme prefere exaltar mais o drama que passa as duas irmãs, deixando de aproveitar muitas situações de duas patricinhas encarando a pobreza. Se você quiser ver isso, alugue Material Girls, ali sim as garotas encaram de frente o que é ser pobre. Neste filme, as personagens nem acharam estranho andar de ônibus, enquanto no outro, a garota não sabia que tinha que dar dinheiro e achou que o motorista estava pedindo gorjeta (!!).

É engraçado que todos arranjam par do final. E se considerarmos que a irmã mais esnobe e bonita acaba ficando com o pobre-cara-de-bandido e a nerd consegue o cara mais bonito do elenco (sem contar que é rico), já podemos dar boas risadas. Por falar nas protagonistas, Alexa Vega (aquela garotinha de Pequenos Espiões) está irreconhecível. Meu Deus, quando aquela menina ficou daquele jeito? E quando a Camilla Belle, continua fofa como sempre.

Já sacaram, né? Comédia romântica clichê. Quem gosta, gosta. Mas se você é daquele tipo que está com vontade de assistir uma comédia de verdade, assista Esposa de Mentirinha, já que o considero a melhor comédia deste ano (e tem romance). Nota 7,0.

Trailer:

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