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[Crítica] A Escolhida


Direção: Marcus Graves
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 100 minutos
Título original: Choose

Crítica:

Ele faz as regras. Você faz a escolha.

Estava querendo ver este filme faz um bom tempo. Vi o pôster dele no site Bloody-Disgusting, tinha uma atriz que eu conhecia, Katheryn Winnick (Diversão Macabra), o próprio pôster em si era bem legal e a frase de efeito melhor ainda. Pensei que seria um daqueles bons suspenses de investigação com serial killer. Logo, parou de vir novidades do filme e encontrei ele sendo lançado sorrateiramente direto em DVD. E acabou chegando aqui não muito depois (pelas mãos da Playarte). Sabia que alguma coisa não estava certa...

A história apresenta um serial killer sádico que gosta de fazer suas vítimas decidirem o que acontecerá com elas. Sempre com duas opções, as vítimas são obrigadas a abrir mão de coisas cruciais por suas vidas. Em paralelo, a bela Fiona (Shrek, alguém?) decide investigar estes crimes, que aparentemente, tem uma estranha ligação com ela. Logo, o psicopata não deixa dúvidas de que ela é a escolhida para um plano obscuro e mortal...

Primeiro de tudo devo confessar, onde está a escolha, o livre-arbítrio, das vítimas durante o filme? Tudo bem que no começo uma das vítimas faz uma pequena escolha, mas nas próximas, isso não existe. O serial killer dá as opções e elas não calam a boca, não param de chorar. Então o que acontece? O maníaco tem que fazer as regras e a escolha. E acreditem, se acontecer algo do tipo com você, é melhor decidi você mesmo, porque o assassino escolhe sempre a mais dolorosa.

E achei mesmo uma pena que este filme tenha afundado junto com a proposta. Vocês sabem que eu odeio um filme com bom potencial que acaba tendo um péssimo resultado. Este tinha sido o caso de Chain Letter e é deste também. Não existe muita coisa a se destacar em A Escolhida. Na verdade, não consigo pensar em nada. Então, vamos falar dos erros...

O que falar da direção? Medíocre. Não passa tensão, não passa nada. Até a maravilhosa Katheryn Winnick fica murcha e sem brilho durante a projeção. Vários quadros clichês e posições de câmeras que não favorecem o espectador. O roteiro segue a mesma linha de "criatividade", além de não apresentar nenhum momento ou perseguição que se preze, consegue ser o cúmulo do clichê com a revelação dos motivos do serial killer. É sério, digno de pena. Você já deve ter vista essa mesma revelação em outros dez filmes.

Mortes. Sim, elas existem. Mas não se empolguem, o diretor faz questão de não mostrar nada para o espectador. Não temos nenhuma cena de perseguição (basicamente o assassino chega e a vítima chora). E só podemos ver o resultado das "torturas" por meio de uns fleches de fotos, tudo muito rápido. Quando o filme estava indo para o terceiro ato, pensei que o nível subiria, até porque tínhamos a mocinha indo sozinha para um local abandonado. Assustador. O que acontece? Ela é presa, sem nenhuma perseguição, e acorda em um quarto de hotel. Eles desperdiçaram uma luta final num local abandonado e transferiram para um simples quarto de hotel. Todos chora!

É claro que os minutos finais são mais sofridos ainda que o desenvolvimento do filme. Temos sangue em CGI espirrando falsamente (põe falso nisso), assassino deformado porque o roteiro quis uma pegada mais cool, monster-killer. E nenhuma emoção. Tudo acaba muito rápido e a mocinha que come o pão que o diabo amassou não chega nem a dar uma mordida neste. Temos depois disso uma cena que puxa uma sequência, até que interessante, se eu não tivesse tão entorpecido pela ruindade do filme.

Sabe como é, né? Esta é mais uma daquelas bombas direto para vídeo que eu tanto falo. Ele é ligeiramente melhor que as últimas levas que tenho assistido, mas não fique esperançoso, é sofrível. Agora eu quero que vocês tomem uma decisão: Irão assistir a este filme e desperdiçar mais de uma hora de suas vidas ou irão partir para o próximo da lista? Vocês têm um minuto para se decidirem. Agora...Escolha. Nota 5,0.

Trailer Legendado:

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