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[Crítica] Skinwalker Ranch


Direção: Devin McGinn
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 86 minutos
Título original: Skinwalker Ranch / Skinwalkers

Crítica:

Esse é o lugar que o inexplicável chama de lar.

Mais um found footage chegando no nosso mundo! Sinto que tem algum tempo desde que eu assisti um filme desse estilo pela última vez. Talvez seja pelo fato de que as produções envolvendo câmeras em primeira pessoa tenham se tornado manjadas e clichês. Esse subgênero foi explorado a exaustão e, atualmente, pouquíssimas produções conseguem se destacar. Tirando, é claro, as franquias consagradas - como Atividade Paranormal. Mas, filmes independentes como este têm que lutar para conseguir o seu lugar ao sol. Felizmente, fiquei bastante animado depois de assisti ao trailer...

A história se passa um ano depois de uma estranha tragédia e gira em torno de uma equipe de pesquisa científica que é responsável por investigar e documentar os fenômenos sobrenaturais que cercam o desaparecimento do filho de 10 anos de um pecuarista. Não demora muito para a equipe perceber que há algo sobrenatural na propriedade, e sua chegada foi uma espécie de gatilho, aumentando a intensidade de atividade paranormal. Conforme os incidentes se tornam mais violentos, a equipe percebe que tem prioridades diferentes, causando conflito entre aqueles que querem descobrir os mistérios do local e aqueles que querem salvar sua própria vida. Até onde você iria para descobrir a verdade?

Esse filme foi inspirado em uma história real e bizarra que aconteceu em uma fazenda em Utah, nos EUA. Há um enorme artigo sobre os acontecimentos (você pode lê-lo AQUI), então é interessante comparar as duas histórias. Apesar de não ser fiel aos relatos originais, o enredo do filme carrega alguns elementos supostamente verdadeiros, como o lobo gigante à prova de balas. Pelo que pude ler, porém, esse é o maior destaque do artigo - assim como outros animais desconhecidos que aterrorizaram as pessoas na fazenda. Como sempre, a adaptação nunca consegue superar a história real, mas pelo menos os envolvidos fizeram um trabalho digno.

Provavelmente o maior problema foi não ousar na hora do desenvolvimento. No começo somos apresentados aos personagens de uma forma robótica, o que poderia ter sido melhor orquestrado, mas é aceitável por se tratar de um found footage. Além disso, há todo um lento desenvolvimento até o final frenético onde tudo acontece rápido demais, fazendo o filme terminar de uma forma inesperadamente rápida. Quem está acostumado com esse tipo de filme sabe exatamente o que esperar, mas eu não consigo abafar minha decepção pelo terceiro ato.

Na verdade, o que mais surpreende são os ótimos efeitos visuais. Não só das luzes misteriosas na plantação, mas principal do enorme lobo que aterroriza os personagens. Ele aparece pouco e sua imagem, por diversas vezes, fica distorcida por causa da câmera em primeira pessoa. Porém, os efeitos digitais foram muito bem feitos. Dá para notar quando o lobo fica perto, o que é impressionante. Para um filme independente, era esperado efeitos mais pobres. Infelizmente, o lobo que representa a melhor coisa do enredo, é desperdiçado com o desfecho surreal e apático.

Não estou falando mal do roteiro ter escolhido seguir com uma trama envolvendo alienígenas. De fato, essa era mesmo a melhor alternativa que eles poderiam apresentar. Mas quando o desespero toma conta da tela, tudo acontece de uma forma exageradamente rápida, fazendo todos terem basicamente o mesmo fim. Apesar disso, há diversos momentos ótimos no decorrer da história. Além do lobo, há outras evidências interessantes encontradas pelos personagens, como o VHS com pistas sobre o que aconteceu no passado. Enfim, não foi o melhor filme do estilo que eu já assisti - e ficou abaixo das minhas expectativas -, mas consegue superar os trabalhos atuais desse subgênero.


Trailer:

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