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[Crítica] 13 Eerie


Direção: Lowell Dean
Ano: 2013
País: Canadá
Duração: 87 minutos
Título original: 13 Eerie

Crítica:

Nós somos sua presa.

Muito cuidado você que gosta de se afastar da cidade para relaxar em um lugar isolado sem sinal de celular (se for da Tim, nem vai precisar ir muito longe). Você nunca sabe quem ou o que está por trás do próximo arbusto, ou onde o governo tem feito suas experiências secretas. Em filmes de terror, apesar de não estarmos seguros em lugar nenhum, ilhas é um dos lugares favoritos dos roteiristas para começar a empilhar corpos de jovens imprudentes. Portanto, se você ainda quiser seguir em frente, pelo menos não fume, não beba e, não importa o que você faça, não transe. Infelizmente, a sobrevivência não é garantida, então se sentir que algo está errado, corra por sua vida. Se as pessoas fizessem isso nos filmes, metade delas estaria viva agora.

A história desse filme gira em torno de um grupo de jovens graduandos de forense que vai até uma ilha para uma experiência prática - com corpos reais. Eles são divididos em equipes e têm o objetivo de determinar a causa da morte dos cadáveres em seus perímetros. Não demora muito para eles perceberem que tem algo de errado com a experiência quando começam a ouvir barulhos estranhos na floresta. Quando o terror se espalha, eles irão perceber que estão lidando com resultados de experiências proibidas do governo em presidiários condenados ao corredor da morte. Agora, eles terão que se unir e usar de suas habilidades forenses para derrotar um inimigo que já está morto.

Particularmente, não há nada inovador na história em geral. Experiências secretas do governo é um enorme clichê - ainda mais quando são feitas em presidiários. O único diferencial é o fato de estarmos acompanhamos uma equipe de técnicos forenses ao invés dos convencionais jovens burros e sem talento. A grande questão é que filmes levantam temas ligeiramente diferentes não sabem desenvolvê-lo. Apesar do roteiro usar o conhecimento dos seus personagens, na maior parte do tempo, eles se comportam como jovens comuns e desesperados por suas vidas.

Há apenas alguns momentos onde a carreira dos personagens serviu para alguma coisa. No mais interessante deles, a protagonista consegue fazer uma espécie de bomba ao misturar alguns elementos químicos. Apesar de ser admirável ver uma vítima fazendo algo diferente - para variar -, fica claro que para resolver a situação não era necessária grandes atitudes, já que o convencional estaria de bom tamanho. Esse é um dos defeitos do filme em si, porque os personagens insistem em cometerem as mesmas burrices irritantes em tantos outros filmes. Como exemplo, poderia citar a insistência dos personagens em atirar no corpo dos "transformados", mesmo sabendo que apenas um ferimento na cabeça é capaz de matá-los.

Felizmente, o roteiro apresenta algumas ótimas sequências. Os jovens são resistentes e conseguem lutar por suas vidas de uma forma digna (na maioria dos casos). Destaque para a protagonista, interpretada pela sempre linda Katharine Isabelle (American Mary). Sua personagem, Megan, é de longe a mais ativa do grupo. Enquanto outros personagens morrem, ela é única que consegue lidar com os transformados, enfrentando-os sozinha. Apesar de ser uma produção de baixo orçamento, a direção de arte não fez feio com os efeitos práticos. Há diversas cenas com os transformados comendo suas vítimas, o que deve agradar aos fãs de filmes do gênero.

Apesar dos pontos negativos, o desfecho do filme é simplesmente péssimo. É como se o filme tivesse sido cortado e os cinco minutos finais foram perdidos. Tenho certeza que muitos irão odiar esse final e eu não irei culpá-los, até porque, foi extremamente sem graça. Enfim, apesar de ter um desenvolvimento acima das minhas expectativas, o desfecho consegue enterrar todo o filme no meu conceito. No final das contas, a história - que soa um tanto quanto diferente - não é nada além do que uns jovens fugindo de zumbis na floresta. Não vai matar quem quiser conferir, mas certamente poderia ter sido muito melhor.



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