The Vampire Diaries - Love Is Eternal: Do Começo Ao Fim
Não faz muito tempo que os
romances sobrenaturais se tornaram uma grande aposta para os produtores de
cinema e TV, com produções voltadas a jovens e adultos de 13 a 29 anos. Os
vampiros foram industrializados, as lendas recontadas, e claro, o velho hábito
de temer a escuridão, deixado para trás. Não era pelo sangue ou a morbidade do
sobrenatural; quem não gostaria de assistir uma linda história de amor que
ultrapassa a barreira dos séculos até chegar ao nosso mundo?
Nina Dobrev, Paul Wesley e Ian Somerhalder formavam o trio de protagonistas. Da primeira à última temporada, todos os dramas e conflitos entre humanos, vampiros e outras criaturas sobrenaturais giravam em torno deste triângulo amoroso.
Estamos falando de vampiros que
fizeram seu caminho entre guerras, pragas, massacres e momentos históricos da
humanidade até chegarem a era onde podem carregar um smartphone no bolso como
nós. Isso quer dizer que, enquanto estamos em casa, usando a internet, eles podem
estar por aí? Não neste mundo, pelo menos. Mas é essa a sensação.
A ideia de existir uma criatura
tão extraordinária, com poderes além da nossa imaginação, mas que ainda vive mesmas
as paixões que vivemos, os mesmos perigos que enfrentamos e no mesmo mundo em
que estamos, provou ser um ótimo ponto de partida para que os que ainda não
haviam descoberto o poder da fantasia. Se você se considera uma pessoa romântica,
provavelmente não terá problemas em acompanhar uma história de amor entre um
vampiro e uma humana, onde mundos distintos se chocam e a vida humana parece
inevitavelmente frágil. Se você não for desses que se comove com histórias de
amor, pode tirar sua satisfação de cenas de ação, gore e sangue escorrendo dos
lábios dos vilões.
De qualquer forma, existem
vampiros para todos os gostos, e a maioria de nós já se entregou a pelo menos
uma narrativa que faz parte deste mundo. Ou a muito mais, no caso das pessoas
que cultivam uma paixão pessoal por essas criaturas.
Temos exemplos ilimitados que
representam bem a romantização dos vampiros modernos. True Blood, série de grande sucesso da HBO. Buffy, A Caça-Vampiros, que estrou em meados dos anos 90. E A Saga Crepúsculo, que rendeu quase 4
bilhões de dólares a seus realizadores. A maioria das produções que compõe esta
lista – que não remete apenas aos nomes citados – já chegou ao fim, por bem ou
por mal. E agora temos que dizer adeus igualmente a The Vampire Diaries.
The Beginning
O ano era 2009; True Blood, a nova hit series da HBO, já estava
em sua segunda temporada, e A Saga
Crepúsculo, iniciada em 2008, prestes a lançar seu segundo e mais rentável
longa-metragem. Sendo assim, é certo dizer que TVD chegou no momento mais
apropriado para o sucesso. A febre de vampiros estava se espalhando pelo mundo e
tudo o que a audiência jovem precisava era da combinação adequada de drama
sobrenatural e bons atores. Nem preciso dizer que acertaram na primeira
tentativa.
The Vampire Diaries simplesmente marcou a maior audiência de estreia
da história do canal americano CW, com
4,9 milhões de telespectadores simultâneos. Tudo bem, True Blood chegava a fazer 10 milhões por episódios em seus anos
finais, mas todos reconhecemos o poder da HBO.
Para um canal como a CW, que deixa
suas séries sobreviverem com 500 mil telespectadores semanais, foi uma
verdadeira revolução.
Mas e aí, é bom mesmo ou é só
mais uma história sobre vampiros para somar à todas as outras?
Isso só você pode decidir. O fato
é que toda essa obsessão por vampiros também fez com que crescesse sua má
reputação perante a mídia. Crepúsculo poderia
fazer mais de 300 milhões em bilheteria, mas a crítica sempre foi extremamente
rigorosa em relação aos atores, produtores, diretores, e sim, também a autora
dos 4 livros originais. E embora fosse um sucesso absoluto, True Blood retratava a relação entre
vampiros e humanos em um formato voltado apenas à adultos. Isso fez com que The Vampire Diaries fosse a única hit series do momento disposta a fazer a
nova geração se apaixonar pelos vampiros.
Essa história você conhece: Elena
Gilbert é uma jovem de 17 anos que acaba de perder os pais em um acidente de
carro e agora precisa tomar conta de seu irmão mais novo, Jeremy. No primeiro
dia de aula após o verão, ela conhece Stefan Salvatore, o novo aluno misterioso,
que demonstra ter um interesse em especial na nova garota mais infeliz de
Mystic Falls. Ele tem um segredo, ela está em perigo, e o irmão de Stefan,
Damon, está pronto para fazer de suas vidas um inferno. Qual vampiro ficará com
o coração de Elena? Elena aceitará fazer parte do mundo dos vampiros, mesmo
colocando a si mesma e as pessoas que ama em perigo? E por que Elena é tão
parecida com Katherine Pierce, o antigo amor de Stefan e Damon de quase 200
anos atrás?
Preciso dizer, é muito
impressionante para uma história sobre vampiros adolescentes, mas não é apenas
isso. Sempre houve algo muito, muito encantador na maneira sombria como a série
narrava a história de seus personagens. Não eram vazios ou inerentes a
estereótipos sociais; havia algo real na bondade de Elena, na revolta de Jeremy
e na vontade do Stefan de ser uma pessoa melhor, mesmo que ele nem mais fosse
uma pessoa. Desde o começo tudo parecia estar em seu devido lugar, como se os
próximos 8 anos de rendimento da série tivessem sido decididos ali, no primeiro
sorriso que Elena e Stefan trocaram.
Para mim, talvez tudo isso tenha
durado um pouco mais. Sempre fui do tipo que rejeita de modinhas momentâneas para
não fazer parte de nenhuma histeria social. Eu não gostava de vampiros, não
gostava da ideia de romantizar criaturas mitológicas criadas para matar –
talvez alguns de vocês até me deem razão nisso. Mas dizem que todos nós pagamos
pela boca, não é? Comigo não foi diferente.
Por ter detestado os três
primeiros episódios, fiquei até o hiatus da segunda temporada sem assistir. Então
meu melhor amigo, alucinado por séries de TV, começou a me chantagear para
voltar a ver, afirmando que a série tomava um rumo muito diferente do esperado
após o quarto episódio. Conclusão? Eu me viciei irrevogavelmente e assisti
todos os episódios já lançados em 36 horas. Se isso não é uma definição
descarada de vício, eu até duvido.
Mas e aí, é bom mesmo ou é só
mais uma história sobre vampiros para somar à todas as outras?
Foram 8 anos de The Vampire Diaries, então acho que
cada um pode responder por si mesmo.
The Mystic Fallen
The Vampire Diaries trouxe uma série de rostos novos para dar vida
aos residentes de Mystic Falls. Nos apaixonamos por todos eles, e agora ninguém os conhece melhor que a gente.
Nina Dobrev, Paul Wesley e Ian Somerhalder formavam o trio de protagonistas. Da primeira à última temporada, todos os dramas e conflitos entre humanos, vampiros e outras criaturas sobrenaturais giravam em torno deste triângulo amoroso.
Nada tão original, se considerarmos a
infinidade de produções com o mesmo tema. Mas vocês já viram o vilão levar a
melhor em um triângulo como este? Bella escolheu Edward, Sookie escolheu Bill, e
Elena, ah, Elena, é claro que você gostaria do perigo proporcional em ser a
namorada de Damon Salvatore.
A história é basicamente esta:
Elena se apaixona por Stefan, o que a dá um passe só de ida para a
Vampirolândia; mas no meio deste processo de descoberta do novo mundo
sobrenatural, ela se apaixona por Damon, inevitavelmente, até ele se tornar o
grande amor da sua vida. Brigas por shipp? É claro que tivemos. Não seria um
fandom de internet ou uma série da CW sem
que os fãs tentassem matar uns aos outros ligando o caps lock.
Na vida real, Nina e Ian realmente tiveram um
relacionamento, mas isso terminou antes mesmo que seus personagens fossem
separados na trama da série. Muitos incidentes foram noticiados nessa época,
como uma possível traição do Ian – que inclusive casou com uma atriz de Crepúsculo algum tempo depois do
término – e muitas farpas trocadas entre os dois nas redes sociais. Tudo isso
terminou com a saída de Nina e num hate
totalmente voluntário sobre Ian devido a declarações desrespeitosas com os fãs e
algumas atitudes imaturas. Bem, acho que é tudo o que as pessoas precisam saber
sobre isso.
O segundo núcleo de personagens
trazia Kat Graham como Bonnie Bennett, uma bruxa negra e empoderada que enfrentava
qualquer vampiro; Steven R. McQueen como Jeremy Gilbert, o irmãozinho revoltado
da protagonista; Candice Accola como Caroline Forbes, a patricinha mis popular
do colégio; Michael Trevino como Tyler, o futuro lobisomem da série e também o
valentão do colégio; Zach Roerig como Matt, o ex namorado de Elena que ainda
estava apaixonado por ela; e Vicki, a irmã de Matt, que tinha uma certa fama
de garota fácil e um sério problema com drogas.
Muita, muita gente mesmo. E
acreditem, todos tiveram uma oportunidade para desenvolver suas respectivas histórias.
Gosto de dizer que, em alguns casos, foi até surpreendente a maneira como os
arcos se desenrolaram. Tínhamos todos esses personagens trabalhando seus
estereótipos em conjunto – que geralmente possuem a mesma finalidade em
produções desse estilo -, mas a série evoluiu de uma maneira extraordinária e levou
a maioria deles a opostos extremos de maneira coerente e em um curto espaço de
tempo.
Caroline, a menina malvada da 1ª
Temporada, se tornou vampira no início da 2ª, depois a vampira mais promissora
que seus amigos já viram, depois melhor amiga de Stefan Salvatore, e por fim, a
grande protagonista da série, no curto período de tempo que Nina Dobrev ficou
de fora. Quem iria imaginar que uma personagem – aparentemente – tão previsível
evoluiria tanto até se tornar uma parte essencial para a finalização da série?
Sim, Caroline é uma das personagens mais queridas pelos fãs, e todos nós
choramos junto a ela quando sua mãe faleceu na 6ª Temporada – Do mesmo jeito
que todos nós torcemos para ela quando desligou sua humanidade.
Já Bonnie Bennett, a melhor amiga
de Elena, desde o começo havia tomado o lugar de mártir de todas as pessoas que
amava. Perdi as contas de quantas vezes ela foi prejudicada, colocou os outros
na frente ou perdeu um ente querido tentando salvar outras pessoas. Isso causou
uma revolta muito grande no fandom, pois além de seu altruísmo incomparável,
Bonnie era uma das poucas representantes de cor na história; o que acabou
levando a uma série de acusações racistas na internet que ainda podem ser
encontradas com poucos cliques. Felizmente toda essa história teve um final
feliz e acompanhamos o bastante da série para ver Bonnie salvando o mundo pela
última vez, com um sorriso no rosto. Viajar ao mundo e aproveitar a vida? You
go, girl Bennett!
Matt, Tyler e Vicki fizeram parte
do clube dos rejeitados por muito, muito tempo. Vicki morre na primeira metade
da 1ª Temporada, e quando retorna como um fantasma, já na 3ª, continuou tentando
prejudicar seus amigos em benefício próprio. Sério Vicki? Não que esperássemos
mais de você, só ficamos muito surpresos por sua audácia em desafiar até os
Originais em sua busca pela paz eterna. E o Tyler, coitado, teve um contrato
regular até a 6ª temporada, mas seu personagem não ganhou a simpatia de quase
ninguém. Ele virou um meme na internet que as pessoas relacionavam a coisas sem
importância, uma referência direta ao impacto nulo que que Tyler causava na
série em suas idas e vindas sem sentido.
O mais promissor dos três era
Matt, o único que permaneceu humano enquanto o mundo a sua volta se rendia a
cultura dos vampiros. Ele não chamava muita atenção na 1ª Temporada com aquele
amor platônico pela Elena, e depois com o namoro meia base com a Caroline, mas
foi só quando declarou repúdio total aos vampiros que seu personagem teve seus
piores momentos. Matt passou a ser odiado por muitos – senão todos – do fandom,
o que também o transformou num meme parecido com o do Tyler. O motivo para que
ele tenha saído vivo do último episódio? Bem, o ator Zach Roerig teve um
relacionamento com Julie Plec, a criadora da série. Isso basta para que alguns
fãs entendam porque forçaram tanto o Matt frágil e humano até a série terminar.
Não podemos julgar ninguém, mas eu sei que julgamos mesmo assim.
Jeremy, o irmão de Elena, teve
uma participação bastante significativa no começo da série. Ele tinha uma trama
própria de descoberta ao mundo sobrenatural, mas a partir deste momento, quase
todas as tramas passaram a envolve-lo. É óbvio que Elena faria de tudo para
proteger seu irmão mais novo, a única família que havia lhe restado. E é óbvio
que seu irmãozinho não gostava de ser hipnotizado e tratado como se fosse novo
demais para saber que vampiros existem. Na 4ª Temporada ele se transformou em
uma espécie de caçador sobrenatural de vampiros, o que comprometia a relação
dele e da irmã recém-criada. Já na 6ª o ator foi afastado da série para se
dedicar a outros projetos, voltando apenas para pequenas participações até o
final.
O fandom sempre se mostrou
dividido em relação a Jeremy, pois ele não era muito maduro para entender o que
estava fazendo ou o que exigia das pessoas ao seu redor. Bem, ele saiu da série
como um símbolo sexual depois de tomar umas bombinhas, então podemos dizer que
Mystic Falls foi muito sortuda em tê-lo por perto durante a maior parte do tempo.
The Villains
Temos um bom número de romances sobrenaturais que nos mantêm excitados e relativamente neuróticos enquanto acompanhamos. E o
que todas eles têm em comum, sem sombra de dúvida, são os vilões. Todos nos
apaixonamos por rostos bonitos que sorriem de forma sombria e trazem um
pouquinho de dor de cabeça a cada um dos nossos personagens preferidos. Para
bem ou mal, não chegaríamos tão longe sem seus planos diabólicos.
Katherine Pierce (Katerina Petrova)
O que faz de Elena tão especial?
Essa é a pergunta que nos assombrou durante toda a série, de fato; mas
especificamente na primeira temporada, havia um motivo em especial. Elena era a
cópia exata de Katherine Pierce, a vampira sedutora por quem os irmãos
Salvatore se apaixonaram quando eram humanos em 1864. Stefan resolveu sair das
sombras para conhece-la e entender a semelhança enquanto Damon voltava à Mystic
Falls para quebrar um feitiço que ele achava poder libertar Katherine de uma
tumba.
Acontece que Katherine não estava
soterrada em uma tumba junto de todos os vampiros azarados de sua época; ela
estava no mundo real, esperando a oportunidade perfeita para também sair das
sombras, dependendo do que precisava fazer para seus planos darem certo.
Sua primeira aparição aconteceu
no final da primeira temporada, na cena épica mais conhecida como “Hello John,
Goodbye John”. Só aí já dava para saber que ela não estava fazendo uma visita social.
Arrancou os dedos do (não tão pobre assim) papai John e continuou por vários
episódios seguidos a atormentar tanto os irmãos Salvatore quanto sua cópia,
Elena. Eu diria que é a vilã mais bem-sucedida da série pelas inúmeras
sabotagens e seus retornos triunfais a cada temporada. Além disso, foi a última
vilã, trazida diretamente do inferno para o acerto de contas com os moradores
de Mystic Falls.
Klaus Mikaelson
A partir da segunda metade da 2ª
Temporada, fomos apresentados aos primeiros membros da Família Original: Elijah
e Klaus Mikaelson. Eles foram os primeiros vampiros a andar nesta terra e
sempre tiveram um interesse em especial nas gerações de cópias da linhagem
Petrova. Tatia, Katherine, Elena, todas elas poderiam dar a Klaus a graça de
ser a primeira criatura metade vampiro e metade lobisomem no mundo.
Nesta etapa da série é muito
difícil dizer se amávamos ou odiávamos esses irmãos. Klaus sempre teve um poder
absoluto de destruição por ser o vampiro mais forte e engenhoso de todos os
tempos. E sim, ele sempre usou todo esse poder para torturar e criar situações
de extrema agonia para os personagens. Matou a Tia Jenna numa cena inesquecível
– e para alguns até imperdoável – enquanto criava esquemas para manipular e
trair o próprio irmão. Não havia honra, apenas crueldade. E mesmo assim é o vilão
preferido da maioria dos fãs.
The Original Family
O terceiro ano de The Vampire Diaries nos trouxe restante
da família original de vampiros. Rebekah, a irmã mais nova de Klaus – e até aí
a única integrante feminina da família; Kol, o irmão que não tinha controle
algum de seus desejos por sangue e carnificina; e Finn, o irmão bondoso, que
passou a maior parte da vida em um caixão para que não atrapalhasse os planos
de Klaus. Se um original já era capaz de fazer tanto estrago anteriormente, o
que todos seriam capazes se estivessem em cinco? Pois é.
Este núcleo da série se
desenvolveu relativamente rápido, pois já tínhamos os originais como os
personagens mais interessantes da mitologia dos vampiros – e os únicos capazes
de fazer algo para melhorar a dinâmica da série. Mas ao mesmo tempo em que eram
necessários, nunca houve espaço para que fossem desenvolvidos corretamente. Em
um episódio tentavam humaniza-los e mostra-los como vítimas das ações de seus
pais, mas dois episódios depois eles se transformavam em vampiros extremamente
cruéis, que foram responsáveis pela morte de 90% dos personagens queridos na
trama.
Há quem os ame e há quem os
odeie. Eu provavelmente devo estar no meio termo.
Os próximos vilões, ainda neste
arco, eram os próprios pais da família original. Esther, a mamãe original, que
criou os vampiros através de magia e se arrependeu amargamente disso quando viu
a trilha de corpos formada pela sede de sangue dos filhos. E Mikael, o papai
original que passou vários séculos caçando os filhos na tentativa de eliminar
toda a raça vampira do planeta. Acontece que, matando um original, estarão
matando também todos os vampiros gerados por esta linhagem. Caso todos os
originais morram, os vampiros simplesmente deixarão de existir.
Bem, essa briga não termina aqui,
e sim na série dedicada a eles, que parece não estar muito longe de terminar,
mas ainda pode nos render muitos frutos.
Silas
A quarta temporada marcou a
aparição da primeira criatura imortal do nosso mundo – ou até onde iam nossos
conhecimentos sobre a mitologia da série naquela época. Seu nome era Silas, e
sua história girava em torno de uma traição malsucedida, que o obrigou a passar
2 mil anos dormindo numa tumba até que alguém poderoso o bastante pudesse
acorda-lo.
Devo dizer que a 4ª Temporada que
iniciou o declínio da série devido a inúmeras repetições no roteiro e dos fanservices de cada dia. A série se
resumiu a um original sequestrar Elena para conseguir o que quer enquanto tem
outro original se juntando a outro personagem para destruir os planos do irmão.
Pra completar, essa história de Silas de 2 mil anos atrás fez parecer que os
fãs estavam assistindo a um conto de fadas, e que a bruxa má poderia ganhar a
qualquer momento.
Pois bem, este arco só foi
finalizado na temporada seguinte, quando descobrimos que Silas era, na verdade,
o original de uma série de doppelgangers do Stefan, e que a criação das
doppelgangers Petrova estava relacionada a ele e seu passado de 2 mil anos
atrás, na época em que tentou enganar a bruxa Qetsiyah.
Kai Parker
Tudo o que precisamos saber sobre
a origem de Kai é: Bonnie e Damon o encontraram num mundo prisão de Mystic
Falls pagando penitência por ter sido um psicopata bem-sucedido em vida. E não
importava o que fizessem, não podiam deixa-lo voltar para o mundo real.
Mas quem disse que conseguiram? Well,
well, well. Kai é o grande vilão da temporada, e continua sendo até o
finalzinho, quando Damon arranca sua cabeça com as próprias mãos. Me arrisco
até em dizer que ele foi a única coisa que manteve a maioria dos fãs
acompanhando a série por todo esse tempo. Era engraçado, poderoso, por sinal, e
também muito, muito, inteligente. As reviravoltas que ele nos proporcionou
foram todas inesquecíveis, principalmente a última, quando ligou a vida de
Bonnie e Elena e decretou que Elena só acordaria de seu coma profundo quando a
melhor amiga morresse.
Há, realmente, alguém que não
gosta do Kai? Sim, ele matou quase toda a sua família para provar seu ponto de
vista, e sim, matou a esposa de Alaric e quase mata os bebês que estavam em sua
barriga, mas ele é o tipo de vilão que todos nós amamos odiar. A cada frase de
efeito e a cada sorriso maldosos nós sabíamos que ele era capaz de tudo. Deve
ser por isso que deu seu ar da graça na temporada final, como o último comparsa
de Kaherine.
The Heretics
Na temporada anterior, vimos Kai
se transformar em um vampiro/bruxo híbrido, chamado herege, a medida que
planejavam o retorno de uma família inteiramente formada por essas criaturas.
Como é aquele ditado mesmo? Nada está tão ruim que não pode piorar? Não tenho
boa memória, mas dessa vez pode ser até uma boa ideia.
A história é nossa velha
conhecida: A série estava afundando, não tinham mais conteúdo a oferecer e
nossa melhor aposta seguiu o caminho contrário quando os originais ganharam uma
série só para eles. Então, na cabeça dos roteiristas, tudo o que precisávamos
para continuar era outra família poderosa que fizesse estragos suficientes para
perdurar uma temporada.
Neste caso, a série seguiu os
passos dos originais para implementar os hereges. Eram uma família que se amava
acima de tudo, formada por bruxos/vampiros renegados e exageradamente poderosos
para que nenhum mocinho pudesse combater. Ou seja, revivemos as mesmas cenas
que Rebekah, Klaus, Elijah e Kol costumavam protagonizar em relação a torturas,
sequestros e diferenças de poder envolvendo os protagonistas. Algo extremamente
frívolo e sem qualquer atrativo, embora alguns desses personagens tenham
roubado a cena vez ou outra.
Cade and The Sirens
A história da 8ª e última
temporada de The Vampire Diaries foi
mantida em segredo até sua estreia. Afinal, que tipo de criatura o Arsenal
mantinha trancafiado naquele cofre e para onde ela havia levado Damon e Enzo?
Embora os roteiristas parecessem um tanto despreparados para o grande final, a
trama fluiu muito bem nesta descoberta.
Sereias que estão vivas há 3 mil
anos e podem controlar a mente de qualquer pessoa? É, não é tão ruim. Sereias
que trabalham para o governante do inferno, Cade, e têm a missão de coletar
almas perversas? Genial. Ver o inferno literal ameaçar consumir tudo e todos do
mundo real com seu fogo ardente? Perfeito! Mas agora finalizem essa série antes
que a coisa desande de novo, né? Pelo menos nisso eles acertaram.
As vilãs sereias foram realmente
extraordinárias, não há como negar. Cade também foi uma ótima adição aos 45
minutos do segundo tempo, e pela primeira vez em muitos anos, estávamos diante
de um personagem que era verdadeiramente 100 vezes pior que o Klaus. 100 não,
200, 300, afinal, quantas vezes alguém precisa ser pior que o Klaus para se
tornar o Diabo? Era exatamente o que queríamos ver e exatamente o que nos foi
dado. Somem isso a última aparição de Katherine Pierce, como a última vilã da
série, e temos o final épico que merecíamos.
Where did we go wrong?
O que iniciou como um fenômeno em
2009 precisou terminar às pressas em 2017, com 6 episódios a menos na grade completa
da CW. Muitos diriam que está de bom
tamanho, mas sabemos que tanto a emissora quanto os produtores pretendiam ir
muito além antes das coisas darem errado.
Pergunte a qualquer fã o que
aconteceu com esta série e ele dirá que tudo começou a desandar ainda na 4ª
Temporada. Deveria ter sido a mais importantes de todas, sabendo que a
transformação de Elena ocorreria no episódio de estreia. Porém, desde o início
da exibição, os fãs se mostravam insatisfeitos. A transformação de Elena não
ocorreu da forma esperada, a trama não conseguiu manter o nível de acordo com
as mudanças e tudo pareceu fácil demais para uma série que costumava fazer arte
visual com o complicado. Tudo estava perdido? Com certeza não. Mas também
estávamos impossibilitados de voltar ao que éramos antes.
A verdade é que a série usou
todos os seus trunfos cedo demais para sobreviver pelo tempo que os produtores
gostariam. Já na 2ª Temporada estávamos conhecendo o vampiro mais poderoso do
mundo, que em apenas algumas semanas conseguiu se tornar a primeira criatura
híbrida existente. Esse tipo de personagem é muito valioso para a mitologia dos
vampiros e não deveria ser implementado tão cedo. Já na 3ª Temporada estávamos
lidando com o restante de sua família super poderosa, então o que sobrou para a
4ª? Vilões previsíveis, mais do mesmo, cura para o vampirismo. É mole? A série
que transformou Katherine Pierce em uma lenda estava usando contos de fadas
para incrementar seus arcos.
A partir daí não havia mais volta,
de verdade. A audiência caiu, a série parou de ser levada a sério e os atores
começaram a dispersar. Quando Nina entrou para o elenco, haviam prometido
apenas 6 temporadas para ela, uma vez que a série tinha uma dinâmica
surpreendente e corria o risco de perder o fôlego se sua história fosse
prolongada. Será que eles não aprenderam nada com as outras séries do canal? Não
se prolonga um programa de TV que não tem mais história para contar apenas
porque vocês se acostumaram a vê-lo como uma fonte de renda. A prioridade
deveria ser com os fãs, que passaram por momentos de extrema frustração até chegar
a hora do adeus forçado.
Como fã, não posso dizer que
odiei este final, mas posso dizer que estava bem longe de ser o que eu
gostaria. Eu tento ser positivo quanto a isso, porque os roteiristas fizeram o
melhor que podiam com o pouco que tinham. Era realmente inviável que a série
terminasse ao estilo das temporadas anteriores e não ao das mais recentes, por
isso fica difícil saber o que cada fã gostaria de ver. Destruiram o inferno?
Okay, nós vencemos. A felicidade da Bonnie? Sim, vamos celebrar, ela merece.
Elena e Damon na pós vida encontrando sua família? As cenas chegaram até a
arrepiar nossos pelos. Mas o resto... bem, o resto fica pra próxima.
Infelizmente não vimos Katherine
Pierce em seu momento mais glorioso. Em vez disso, vimos uma Katherine fraca
que não conseguia lutar contra os irmãos Salvatore e foi assassinada o episódio
inteiro, deixando ainda mais fácil o trabalho dos mocinhos de salvar o mundo. Os
personagens antigos voltaram como cameo e
só tiveram uma importância sentimental durante alguns segundos. E Stefan, que
sofreu a série inteira, se sacrificou numa das cenas mais emocionantes de toda
a série, mas ao mesmo tempo muito injusta. Alguém realmente precisava morrer se
estava assim tão fácil parar a Katherine?
A única coisa que conforta nossos
corações é saber que todo mundo viveu feliz para sempre na pós vida. Os anos se
passaram, e Elena se reencontrou com os pais no paraíso perfeito. Damon morreu
logo depois e encontrou com o irmão, que ficou décadas esperando ao lado de
Lexi. Se não fosse isso, talvez nem tivesse valido a pena continuar
acompanhando. Foi sim amarrado e prematuro, mas foi melhor do que muitos fãs
achavam que seria.
E agora todos nós podemos nos
orgulhar desta série maravilhosa que acompanhamos há tantos anos. É muito
gratificante você ver algo começar e acabar dessa maneira, porque você, como
pessoa, muda junto com seus personagens preferidos. A maioria de nós era
adolescente quando conhecemos Elena, Stefan e Damon, e agora somos adultos
dizendo adeus a algo que fez parte de nossas vidas por 8 anos. São 8 anos,
cara, não 8 meses! Durou mais que todos os relacionamentos das nossas vidas,
mais que o ensino médio; alguns de nós estão até terminando a faculdade e
começaram a ver quando nem tinham idade para fazer o ENEM. Olha só o impacto
gerado na vida dos telespectadores quando você insere personagens e histórias
fantásticas para viver com a gente a medida em que também vivemos.
É como Ted Mosby diz em um dos
últimos episódios de How I Met Your
Mother. “Crianças, tenham vocês gostado ou não desse final, quero que
tenham uma coisa em mente: O que realmente importa na vida não é o destino, e
sim a jornada. E não podemos negar que a jornada deles foi lend... Vocês sabem
o resto”.
Curiosidades
• Antes de ir para a tv, a
história dos irmãos Salvatore e suas donzelas era contada numa saga de livros
do mesmo nome. É claro, muitas mudanças foram feitas para a adaptação – Até
porque a saga foi lançada no começo dos anos 90 nos Estados Unidos, e de lá
para cá o mundo só tem mudado, como diz nossas avós. Elena e Katherine eram
loiras, e Caroline era morena. Katherine, na verdade, era a boa moça, e Elena
apenas uma jovem superficial e manipuladora. No lugar de Jeremy, Elena tinha
uma irmã de quatro anos chamada Margaret, que inclusive, foi a responsável por
convidar Damon a entrar na casa pela primeira vez. Essas informações fariam
toda a diferença na série se já não estivéssemos acostumados com o universo de
TVD do jeito que ele é.
• Os livros também possuem mais seres
sobrenaturais que não entraram para a série, como anjos, súcubos e kitsunes. Na
segunda temporada, a mãe do Matt, interpretada por Melinda Clarke, era
originalmente uma súcubos, e chegou até a filmar uma cena em que mata um
desconhecido com seus poderes. A cena foi descartada posteriormente porque os
produtores não queriam introduzir novas criaturas sobrenaturais tão cedo.
• Kevin Williamson, um dos criadores
da série, também é a mente por trás de séries Dawson’s Creek e The
Following, e de filmes como Pânico,
Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão
Passado e Halloween: 20 Anos Depois.
• A atriz Candice Accola casou e
engravidou entre as filmagens da série, trocando o sobrenome para King. Para
que não precisassem utilizar dublês de corpo, Caroline foi escolhida para
gestar os gêmeos de Jo e Aleric, que foram dados como mortos por Kai no final
da 6ª Temporada. Caroline teve as meninas e elas se tornaram suas filhas
legítimas no decorrer da série.
• Candice King e Kat Graham também
iniciaram carreira na indústria musical, mas pouco se fala a respeito. Clique aqui para conferir um dos videos da Kat e aqui para ouvir uma musica da Candice.
• O sangue falso utilizado na série é
comestível.
• Nina Dobrev fez um filme de baixo
orçamento chamado Never Cry Werewolf (Acredite em Lobisomens) em 2008, antes de
ser escalada para o papel de Elena.
• Na série, Elena é dois anos mais
velha que Jeremy, seu irmão, mas na vida real, a atriz Nina Dobrev é 6 meses
mais nova que o ator Steven R. McQueen.
• Nina Dobrev é búlgara e seu nome
verdadeiro é Nikolina Constantinova Dobreva. A atriz também fala francês e
búlgaro, além do inglês.
• O episódio 1x04: “Family Ties”
estava repleto de referências à Taylor Swift como uma espécie de homenagem à
cantora, pois o diretor gostaria que ela fizesse uma participação especial.
• Em 2012 ocorreu um incêndio na
cidade de Covington, na Georgia, onde as gravações da série eram realizadas, e
o prédio que servia de cenário para o Mystic Grill foi destruído.
• Durante as gravações, Nina
sofreu pequenos acidentes registrados em câmeras e até quebrou uma das estátuas do
cenário que retratavam o ano de 1864. Tudo pode ser visto na compilação de erros
de gravação da 1ª Temporada. Clique aqui
para assistir.
• Paul Wesley foi o último nome a ser
confirmado no elenco da série, tendo sido escalado apenas duas semanas antes de
iniciarem as gravações. Logo então foi a uma livraria e comprou todos os
exemplares da saga de livros.
• Ian Somerhalder também é um
embaixador da ONU e já realizou vários casamentos.
• O sobrenome Salvatore quase foi
trocado para Whitmore no começo da produção, pois a TV americana achava
Salvatore italiano demais.
• O amor estava mesmo no ar. Nina e
Ian tiveram um relacionamento por trás das câmeras; Paul era casado com Torrey
Devitto e depois namorou Phoebe Tonkin; Zach Roerig teve um affair com Julie Plec,
uma das criadoras da série; Joseph Morgan já era casado com Persia White, a
atriz que interpretou a mãe da Bonnie; e Steven R. McQueen também deu seus
pulos com Candice Accola (Agora casada, Candice King).
• The Vampire Diaries é a série sobre
vampiros mais longa da história, finalizando sua trama no dia 10 de Março de
2017 com 171 episódios.
Foi um prazer, Vampiranhas.
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