Especial

Foto:

[Crítica] Varsity Blood


Direção: Jake Helgren
Ano: 2014
País: EUA
Duração: 87 minutos
Título original: Varsity Blood

Crítica:

Sem escola. Para sempre.

Não se deixem enganar pelo pôster chamativo, ou até mesmo o trailer abaixo. Você pode pensar que, apesar desse filme ter chances de ser uma bomba, ele pode te surpreender de alguma maneira. Confiem em mim, Varsity Blood merece cair do esquecimento. Eu já sabia que seria uma experiência arriscada, mas nunca poderia esperar um resultado tão ridículo quanto o apresentado neste filme. Como vocês devem ter percebido, esse filme é tão ruim que já comecei falando mal dele logo no primeiro parágrafo - ao invés de manter um certo suspense. É justamente para fixar uma única ideia: ninguém merece ter que assistir a este filme inteiro - nem mesmo por castigo. A crítica poderia se resumir neste único parágrafo, mas me aprofundarei na ruindade da produção para que vocês tenham certeza que existe coisa melhor por aí.

Na história, um grupo de atletas e líderes de torcida vão até uma fazenda abandonada e isolada para comemorar o Halloween. A comemoração do grupo vai de encontro com a saída de um paciente desequilibrado - relacionado diretamente com o passado do grupo. Em meio a segredos e erros que os adolescentes tentaram enterrar, eles vão perceber que o que ficou para trás não pode morrer... mas pode matar. Agora, os jovens precisam se unir e lutar à medida que são abatidos por alguém vestido como o mascote de sua escola, um guerreiro indígena, empunhando um machado de combate letal e um arco e flecha.

Não desejo esse pesadelo a ninguém, mas quem também assistiu ao péssimo Bloody Homecoming deve ter tido uma sensação de déjà vu ao conferir este filme. Acontece que ambos têm o mesmo roteirista, Jake Helgren, que nesta produção também assume a cadeira de diretor (seu primeiro filme). Além da história - que, apesar de trocar alguns elementos óbvios, se assemelha muito -, o que chama a atenção é que as duas produções gritam amadorismo. Tudo o que podemos avaliar em um filme de terror deixa a desejar, desde o péssimo elenco até os confrontos entre as vítimas e o assassino, que são muito mal coordenados. Juntando todos os pontos negativos, temos uma verdadeira piada sem graça - uma vez que o diretor faz questão de levar tudo muito a sério.

Eu nunca vi personagens tão chatos quanto os apresentados neste filme. Se você pensa que os jovens banais que você viu em uma produção qualquer são odiosos e banais, espere até você ver os apresentados por este enredo. Eles não são apenas detestáveis, mas também se recusam a agir como seres humanos normais. Quem agiria daquela forma durante um massacre? E se isso é culpa do roteiro, não podemos culpá-lo pelo péssimo desempenho dos atores. Parece que escolheram a dedo os piores que eles puderam encontrar. E, para piorar a situação, escalaram a atriz Lexi Giovagnoli - que já havia estrelado o já citado Bloody Homecoming - para protagonizar a história. Tudo bem que ela é o menor dos males quando se trata de atuação, mas isso se deve exclusivamente ao horror que é o restante do elenco - já que ela também não é boa, apenas menos ruim.

Neste filme há bastante mortes sangrentas e perseguições, mas nada disso consegue empolgar. Verdade seja dita, o "terror" só começa mesmo depois de quase uma hora de filme. Vocês sabem o que são cinquenta minutos acompanhando os dramas dos piores personagens adolescentes já criados? Pensei em desistir, mas eu queria muito ver todos eles morrendo. Infelizmente, nem mesmo com um machado cravado em cada um deles eu consegui ficar feliz. Apesar de usar efeitos práticos, a péssima direção não convence. Tudo parece extremamente falso e mal feito. Até mesmo as perseguições, que começam do nada e terminam em lugar algum. Se você reparar, não há clímax nem nada. Os personagens apenas correm por um tempinho e são mortos logo depois. A grande maioria das mortes são ridículas, como a da menina que foi imprensada em um árvore por um carro. Querida, por que você simplesmente não deu um passo para o lado?

Além desses adolescentes (vamos fingir que são menores de idade, uma vez que a maioria dos caras parecem ter passado dos trinta) irritantes, ainda temos que aguentar as suas burrices. E eu não estou falando dos tombos aleatórios que todos eles dão enquanto estão correndo. Estou falando do fato de todos saírem da cada aos poucos só para serem assassinados separadamente. O assassino não faz nada a não ser esperar que suas vítimas venham espontaneamente a ele. E o pior é que ele nem tem que esperar muito, porque sai um idiota de cinco em cinco minutos. Enfim, minha gente, este não é um filme que vocês gostariam de ver. Apesar de sempre me esforçar para enxergar algo positivo, eu não consigo trazer nada que tenha me agradado nesta produção. E isso deve servir de grande aviso para todos.


Trailer:

Comentário(s)
0 Comentário(s)

Nenhum comentário