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[Crítica] Once Upon A Time - 3x18-20: Bleeding Through / A Curious Thing / Kansas


Você escolhe o seu próprio destino.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Gente, que sequência de episódios foi essa? Pensei até em fazer uma review dupla na semana passada, mas esperei para entregar os três episódios, considerando que a Season Finale teria uma exibição dupla. A grande questão é que o episódio Kansas parecia mesmo ser o último da temporada. Tinha toda aquela vibe de confronto final. Isso obviamente me deixa muito curioso para saber o que está por vir, já que ainda temos mais dois episódios. É claro que não vimos tudo sobre a Bruxa Má, até porque, o gancho final foi justamente sobre ela.

A grande dúvida é se ela está mesmo viva (?), ou aquilo foi apenas uma consequência dos poderes dela livres na terra. Bem, antes de falar sobre o último episódio, temos que fazer aquele passeio sobre o que aconteceu nas semanas anteriores, então é preferível que eu vá na ordem certa. A começar por Bleeding Through, que trouxe de volta uma das minhas personagens favoritas, Cora. Sempre quis que a personagem retornasse, seja jovem ou velha, porque ambas as atrizes são excelentes. Seja como for, gostando ou não, todos têm que reconhecer que o passado da Cora é um dos mais ricos do enredo da série. É por isso que eu gostava tanto da personagem, porque mesmo depois de morta, ela ainda consegue se tornar onipresente na trama.

E o episódio dezoito foi extremamente importante para a construção da estrutura temporal da trama. Ao ver um pouco mais sobre o passado da Cora, vimos também que a rixa entre a Regina e a Snow começou muito antes delas terem nascido. Destino é uma coisa engraçada, porque é difícil consertar os erros do passado e mudá-lo radicalmente. Essa segunda metade da temporada gira em torno exatamente disso. Acompanhamos a história da Zelena, e de como ela teve diversas chances para ser feliz, mas escolheu o caminho da maldade. Essa reta final estabeleceu uma conexão direta entre as escolhas da Zelena e da Regina, tendo esta última optado por um caminho diferente.

Adorei toda e qualquer interação entre a Regina e a Snow nesses três episódios. Elas são fofas juntas, especialmente quando a Snow dá seus valiosos conselhos para sua ex arqui-inimiga. E, ainda falando sobre o episódio dezoito, foi muito legal de ver que a Regina tentou proteger a Snow com todas as suas forças de sua mãe, mesmo que o espírito da mesma ficasse contra ela. Regina ama sua mãe, independente dos seus atos no passado, então foi realmente um sacrifício - uma virada de destino -, ficar do lado da mulher que foi responsável pela sua morte. Muito poético, se você parar para pensar. Acontece que a Cora não estava a fim de vingança, apenas mais uma rodada de esclarecimentos.

No episódio dezenove, o foco finalmente ficou no fato de que o Henry deveria recuperar as suas memórias. Depois de sua performance aquém do esperado na primeira metade da temporada, o personagem ficou para escanteio nessa segunda. Quem acompanhava minhas críticas desde o começo da série sabe que eu o adorava, mas o ator foi perdendo o carisma conforme foi crescendo - assim como sua atuação foi ficando mais fraca. Tanto que ele desapareceu da história, e ninguém sequer se importou. Agora que o enredo volta a integrá-lo à trama - até porque teria que acontecer uma hora ou outra -, o personagem foi usado rapidamente e jogado de lado.

Então o foco volta a permanecer em torno da Regina, que está trilhando um caminho de redenção incrível. Em uma reviravolta muito satisfatória, é ela quem quebra a nova maldição (muito irônico, considerando que ela lançou a anterior). Fico me perguntando qual a função da Salvadora agora que quebrar maldições não é exclusividade dela. Sem contar que os seus poderes de luz foram retirados dela, mas irei desenvolver isso melhor no próximo parágrafo. Neste episódio, A Curious Thing, ainda fomos presenteados com a revelação sobre quem lançou a nova maldição. O roteiro sambou na nossa cara! Snow sacrificou aquilo que ela mais amava, e conseguiu um jeito de trazê-lo de volta. Foi uma cena muito fofa e válida.

Por último, temos o episódio Kansas, que apesar de parecer uma Season Finale, traz algumas problemas em seu enredo que tira o brilhantismo que a história tem nos apresentado. Por que diabos o Charming obrigaria sua filha a sair com o Hook em busca da Zelena, se ela poderia facilmente usá-lo para roubar a magia da Emma? Foi algo tão sem sentido que eu fiquei perplexo. Seria mais crível se a Zelena tivesse sequestrado o Hook, obrigando a Emma a resgatá-lo. E não entregá-lo em uma bandeja para os seus poderes serem retirados.

No episódio nós ainda tivemos a oportunidade de ver um pouco mais do universo OZ, com as outras bruxas boas e como a raiva tomou conta do corpo da Zelena novamente. Tudo bem que a chegada da Dorothy foi bem rápida e mal desenvolvida, mas o foco não é nela mesmo, então está tudo bem. Sem contar que a atriz que contrataram para interpretá-la é muito sem sal. E eles realmente acharam que a Zelena teria morrido com um balde de água? Ela é o quê? Um boneco de neve? Enfim, o importante disso tudo é que a atriz Rebecca Mader (interprete da Zelena) deu um show desde sua primeira aparição. Ela é afiadíssima, e atua tão bem que eu não quero que ela deixe a série de forma permanente. Afinal, se a Regina aprendeu a seguir um caminho melhor, outros também têm que ter a chance.

Agora, um personagem que parece não ter aprendido nada durante todas essas três temporadas é o Rumpels. Se na primeira metade ele aprendeu a abrir mão dos seus caprichos por outra pessoa, nesta ele simplesmente regrediu. E o pior é que o roteiro ainda enganou a gente, com uma pseudo-cena fofa com a Belle. Espero que ele se dê muito mal pela frente, porque sua crueldade foi enorme - e trará consequências. Assim como a Regina, Rumples foi o vilão que mais teve chance de mudar, mas diferente dela, optou por continuar no caminho da vingança. Tudo tem um preço!

ERA UMA VEZ:

- A Emma foi super babaca com o Hook nestes episódios. Ele fez de tudo para salvar o filho dela, e a maluca paga os esforços dele sambando na cara do pobre coitado? Um pouco de gratidão seria bom.

- Gostei do fato da Emma ter perdido os seus poderes e da Regina ter desenvolvido poderes de luz. Gosto da ideia de que apenas a Regina é habilidosa com a magia. Toda essa história só me faz pensar que a fada azul deveria ser uma fonte de magia chocantemente poderosa, mas pseudo-morreu por causa de uma sombra. Não tem muita lógica, mas pelo menos pode ser explicado pelo fato dela usar pó mágico, e não sair de si mesma.
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