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[Crítica] Hannibal - 2x09: Shiizakana


Diria que isso nos deixa quites.

Review:
(Spoilers abaixo)

Primeiramente, gostaria de me desculpar pela demora na entrega desta review. Acabei tendo alguns problemas pessoais e me enrolei todo para assistir, o que culminou em uma semana de atraso, quase acumulando dois episódios. Mas enfim, antes tarde do que nunca, não é mesmo?

Não sei se o episódio estava realmente confuso, ou se eu é que estava/estou distraído demais, mas em determinados momentos, tive dificuldade em assimilar a história e saber o que realmente estava acontecendo. Desculpe-me, mas sinceridade é tudo; e se eu disser alguma atrocidade, ou até mesmo algo que não estava no episódio, podem me xingar ou sei lá, continuar no silêncio mesmo.

Soa quase cômico a tranquilidade com que Will conversa com Dr. Lecter, sendo que ele sabe de tudo (ou quase tudo) a respeito do canibal. É genial como o Will consegue se manter equilibrado, e como ambos os atores conseguem interpretar seus papeis, deixando perpassar a emoção exata para aquele momento, nos convencendo, fato, do “jogo” que ambos parecem estar jogando. O sonho no começo do episódio, nos mostra claramente o interior desse “controle” na mente de Will, que quer um acerto de contas a todo custo, mas que por fora, precisa manter as aparências e continuar a terapia.

Coincidentemente, o assassino do “caso da semana”, é um conhecido de Dr. Lecter. Um ex-paciente do mesmo, para ser mais exato. Dr. Lecter o encorajou a ser um “animal” para atacar as pessoas, em vez de ajudá-lo a se curar e levar uma vida normal. O jovem usava ossos e dentes de um urso pré-histórico para estraçalhar as suas vítimas, como se realmente fosse um animal selvagem. Com esse caso, surgiram-se várias pontas filosóficas, onde é falado que os animais são mais humanos que os homens, que por ventura, são mais animais... mas o caso da semana serviu especialmente como uma ponte para Margot e Will, que tiveram uma conversa sobre os métodos de Dr. Lecter e sobre como ele influencia os seus pacientes.

Por falar em Margot, quero ver muito mais desses encontros com Will, já que este acabou sendo uma das partes mais interessantes do episódio. Não menos interessante, foi a conversa entre Will e Dr. Lecter, onde o primeiro faz menção à Dra. Bedelia Du Maurier, e questiona se o canibal matou a sua psiquiatra. Seria um bom momento para a personagem voltar, mas acho difícil, já que a atriz foi pra outra série.

No clímax do episódio, na melhor parte, pra ser sincero, Will quase é dilacerado pelo “animal”. Isso teria acontecido se Will não fosse esperto e matasse o seu atacante. Essa situação o deixa quite com Dr. Lecter, já que este mandou a fera para matá-lo, como gratidão pelo favor que Will o fizera episódios antes... Agora, fica a dúvida se Will se tornará um assassino frio assim como seu inimigo, ou se apenas está traçando o seu perfeito plano de vingança.

O episódio não foi ruim, mas aparentemente, não tinha um rumo e as coisas aconteceram meio que de forma gratuita. Metaforicamente falando, foi como uma ejaculação precoce, ou seja, acabou logo no momento em que estava ficando bom. Outra coisa que precisa ser mencionada, é o fato de que a série está passando a impressão de estar no começo da temporada, o que é exatamente o contrário, já que os primeiros episódios passavam a impressão de serem os últimos... mas tenho a teoria de que isso é proposital, já que a primeira cena da temporada foi uma cena prevista para ser a última. Sim, isso é legal, mas quando você já sabe o que acontece, e percebe que as coisas estão desacelerando, começa a ficar estranho... Mas nem de longe chega a ser ruim! É só um aspecto a se observar.
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