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[Crítica] The Originals - 1x16: Farewell to Storyville


O maior dos sacrifícios.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Estou com o meu coração na mão depois desse episódio. No decorrer dessa semana, saiu a notícia de que a atriz Claire Holt sairia do elenco regular da série a partir desse episódio, o que certamente deixou todos os fãs da sua personagem, Rebekah, chocados em cristo. Particularmente, eu sou apaixonado pela garota que amou muito fácil. Em todo o decorrer de sua história - inclusive em The Vampire Diaries -, ela provou que, apesar de todas suas fraquezas, era uma personagem incrível. Julie Plec certamente conseguiu explorar muito bem seu desenvolvimento, chegando até esse momento com tom de despedida. Não importa como a série seguirá daqui para frente, The Originals nunca mais será igual.

Esse definitivamente foi o episódio com a maior carga emocional que a série apresentou até agora. Já começou com um flashbacks dos nossos originais quando crianças, mostrando seus laços e fazendo um paralelo com a situação que eles mesmos criaram entre si - até chegar a cena fatídica no cemitério. Não direi que cheguei a temer pela vida da Rebekah - apesar da notícia assustadora -, mas é impossível não sentir a tensão e a dor em cada diálogo. Todo o resto ficou em segundo plano. Só o que importava essa semana era o que estava acontecendo dentro daquele cemitério. O fato dos três irmãos presos em um espaço limitado, tendo que enfrentar seus próprios demônios tem um apelo importantíssimo para o desenvolvimento dos personagens em si.

Durante séculos, os irmãos permaneceram unidos, mas tendo sua relação testada e enfraquecida com o passar do tempo. Como eles mesmos analisaram, estão todos quebrados - buscando por algo que está faltando dentro deles. Desde sua primeira aparição, Klaus se mostrara incapaz de perdão. Ainda que às vezes demonstrasse capaz de redenção, sempre estragava todas as suas chances. Se a Rebekah é a garota que não consegue controlar seus sentimentos, Klaus é o garoto que não consegue parar de se auto sabotar. Até mesmo se olharmos sua passagem por The Vampire Diaries, veremos traços desse paradigma. A única pessoa que conseguiu enxergar algo bom no personagem foi a Caroline, mas sempre que eles se aproximavam, Klaus agia impulsivamente e tomava a atitude errada.

Se analisarmos os Originais mais a fundo, teremos apenas tristeza, porque eles simplesmente não sabem como ser felizes. E é justamente esse reparo que eu estava esperando nesse spin-off. Os irmãos finalmente teriam a chance de protagonizarem seu próprio espetáculo, dando a chance de ter sua história melhor desenvolvida. Ainda que o companheirismo entre o Elijah e o Klaus seja bonito, a relação que sempre mexeu comigo sempre foi justamente entre o Klaus e a Rebekah. Eles têm tanta história juntos! E nesse episódio nós vemos um Klaus lutando contra o seu próprio sistema interno de auto destruição. Pela primeira vez, o híbrido escolheu o caminho mais difícil: o perdão.

Nada poderia ser mais profundo do que isso, ainda mais para o personagem. Em nenhum momento dessa série ele evoluiu mais do que no episódio dessa semana. Foi tudo muito triste e pesado. O clima de despedida certamente estava no ar, e tenho certeza que nenhum de nós estava preparado para dar tchau à Rebekah. Não sei como a série irá seguir daqui para frente, mas acredito que fará falta. Apesar de toda a revolta dos fãs, essa não foi uma despedida gratuita, servindo para dar conclusão a um grande arco do personagem principal. Espero poder ver um pouco mais sobre a sua mudança e, claro, o provável retorno da Rebekah até a Season Finale.

Poderia comentar sobre os outros núcleos, como o esforço do Marcel ao se comunicar com as bruxas, mas seria relevante a este ponto. Só gostaria de deixar claro que não consigo gostar do personagem. Sua história de amor épica com a Rebekah não me convence nem por um segundo, ainda mais quando ele insiste em continuar na série quando não há mais nada que o prenda na cidade. Mas, como diz o ditado, antes só do que mal acompanhada. Agora que a Rebekah está viva para, de fato, viver, espero que ela seja muito feliz. E claro, retorne em breve - sempre sambando. Para fechar essa crítica com chave de ouro, quero voltar ao Klaus - mais especificamente ao Joseph Morgan. Mais uma vez o ator se mostrou afiadíssimo em sua interpretação. Suas falas arrepiam, nós conseguimos sentir sua dor. Seus diálogos finais com a Rebekah foram simplesmente sensacionais, deixando qualquer com lágrimas nos olhos. Apenas aplaudindo de pé!
Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário:

  1. O episódio foi muito bom, excelente eu diria. Amo a Rebekah e, claro, não queria que ela tivesse saído, mas a justificativa dada pela série para sua saída foi algo muito coerente com todos os personagens. Rebekah não iria conseguir ser feliz ao lado de Klaus, principalmente pelo fato de Klaus ter sensos distorcidos do q é familia, lealdade ou felicidade. O fato de ela não implorar para ninguém segui-la (nem Elijah, nem Marcel) marca um crescimento da personagem que parecia sempre implorar por atenção, o que é muito bom. O episódio marcou uma mudança em Klaus tbm, e digamos que podemos ver um lampejo de uma futura (e distante, é claro) redenção do personagem. A série se torna totalmente imprevisível a partir de agora, e a dinâmica entre os personagens vai mudar consideravelmente. Vou sentir saudades da Rebekah, é claro, mas espero que ela consiga ser feliz agora.

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