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[Crítica] American Horror Story - Coven | 3x12: Go To Hell


Afinal, todo mundo paga. Todo mundo sofre.

Review:
(Spoilers abaixo)

Sinceramente, eu não sei como começar essa review. Esse episódio me deixou inquieto do começo ao fim e chegou até a me surpreender. E me arrisco a dizer que foi um dos melhores da temporada até agora.

Vários fatores me incomodaram neste episódio, fatores esses que irei mencionar ao longo da review, mas vou começar falando o motivo da minha “surpresa”. Quem leu a minha última review, deve ter notado o meu desagrado para com essa temporada. Tal desagrado não me permite criar grandes expectativas quanto ao próximo episódio, diferentemente de Murder House e Asylum, que me deixavam praticamente louco para ver a continuação. Sendo assim, fui obrigado a assistir Go To Hell mais por costume, e com isso, veio a surpresa. Me surpreendi com o que foi apresentado, justamente por não esperar nada. E não penso duas vezes antes de dizer que se eu esperasse alguma coisa, iria me decepcionar, e muito.

Tento procurar justificativas para o meu descontentamento com Coven, e fico entre a banalização da série e o roteiro mal desenvolvido. A primeira é mais uma cisma pessoal, meio que chatice da minha parte, por odiar ver a série sendo popularizada nas redes sociais como se fosse uma novela das nove. Mas como eu disse, é caretice minha e nem de longe chega a ser um argumento válido. A segunda é bem óbvia e já cheguei a comentar, coisa que seriamente não me agrada e que torna a temporada aquém às outras.

Em um clã entregue ao erro, todo e qualquer acontecimento acaba se tornando previsível. A sensação obtida é a de estar assistindo tudo em “osmose”, em que até um golpe pelas costas, soa como premeditado. Como uma personagem tão incrível, que transitou magnificamente entre heroína e vilã, pode ter um fim tão – na falta de um adjetivo melhor – podre? Não consigo entender o porquê de sua morte nas mãos de um personagem tão avulso... E sim, estou falando de Fiona, obviamente. Não sei ao certo o que esperar disso... Um retorno? Ela realmente morreu? Ela acabou assim... sem mais, nem menos? Não sei.

A cena em que Cordelia tem a visão dos corpos jogados pela Academia foi simplesmente perturbadora e inquietante. Me fez voltar várias vezes para visualizar melhor cada corpo e falar: “Uau!”. Vindo de mim, são só elogios para Cordelia nesse episódio. O que foi a atuação da Sarah Paulson? O que foi aquela maquiagem perfeita a ponto de nos causar repugnância só de olhar? Uma personagem que permaneceu ofuscada e perdida por boa parte da temporada, e que agora mostra uma considerável importância e o merecimento de se tornar a nova Suprema.

Desta vez, vou me poupar a falar de Zoe, ou melhor, vou me limitar a um singelo “...”.

Tivemos o retorno de Misty (e que retorno!), que aplicou uma merecida surra em Madison, numa sequência de tirar o fôlego, com o ataque do Axeman, seguida pela morte (?) do mesmo, que saiu um tanto quanto previsível, mas que fez bastante sentido no contexto. Kyle quase mostrou importância, se prontificando para destruí-lo, mas foi impedido pelas mulheres da casa, que não precisam de um homem para protegê-las! Aplausos.

Quão genial foi o desfecho de Delphine e Marie? Nada mais justo para as duas, do que passarem a eternidade no inferno, pagando por todos os seus crimes. Sendo para sempre Marie contra Delphine, e não o contrário, como chegou a ser sugerido no último episódio. Inteligente e mais uma vez, inquietante.

Em suma, mesmo sendo repleto dos costumeiros altos e baixos, não deixa de ser um bom episódio. Terminamos com a lição de que as bruxas são traiçoeiras, e que são capazes de matar umas as outras para manter o poder; não importando se são amigas, inimigas, parentes ou apenas conhecidas. Juntas, não há homem que consiga derrotá-las.

E agora, que venha a season finale e nos mostre qual é a nossa próxima Suprema, pois depois desse festival de novos poderes, – que poderiam ter sido melhores aproveitados em outras oportunidades na trama – deu pra fazer uma confusão legal sobre a sua identidade. Mas se tratando de Ryan Murphy, pode se esperar grandes surpresas por aí. Até mesmo porque o próprio já havia comentado que ninguém havia adivinhado quem era a próxima Suprema. Quem será?
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