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[Crítica] American Horror Story - Coven | 3x10: The Magical Delights of Stevie Nicks


O trabalho do diabo não vem de graça.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Estamos em reta final de American Horror Story e confesso que essa temporada está conseguindo me surpreender na forma em que está levando a sua trama. Essa declaração não remete a algo necessariamente positivo. O fato é que restam apenas alguns episódios para esta terceira temporada terminar, e o roteiro está indo totalmente na contramão do que aparentava ir. O desfecho do último episódio exibido em 2013 deixou aquela pegada de união, onde as bruxas irão se juntar para acabar com os caçadores em uma guerra épica. Nada disso por enquanto, meus queridos.

De fato, as bruxas nunca estiveram tão desunidas. Ao invés de se organizarem, elas estão brincando de mata-mata umas com as outras. Essa semana, as safadas que pontuaram foram Nan, Laveau, Fiona e Madison. Toda bruxa aparenta estar mais esperta e poderosa. E quanto maior o poder, maior é o desejo pela morte de suas semelhantes. Não me estranha a Fiona estar quase caindo aos pedaços. Basicamente todas as novatas já desenvolveram poderes incríveis, inclusive aquelas que voltaram dos mortos - estou falando com você, Madison.

Aliás, vou começar a falar sobre ela mesma. Madison era uma das minhas personagens favoritas até morrer antes da metade da temporada. Fiquei contente quando ela ressuscitou, mas começo a questionar se ela não deveria ficar mesmo debaixo da terra. Algo que está me chateando é que estamos perto do final e o enredo ainda não estabeleceu uma mitologia concreta. Alguns episódios atrás, o roteiro passou uma ideia de que os que voltaram dos mortos não estavam exatamente "vivos". Sendo assim, como as próprias personagens cansaram de dizer, Madison não poderia voltar ao jogo da Suprema. O episódio dessa semana já passa a mostrar uma nova perspectiva, com a Madison ainda mais poderosa do que antes e de volta ao páreo. Só espero que suas cenas justifiquem o seu retorno, porque até agora só vimos uma bruxa ex-defunta recalcada.

Outra mudança brusca no roteiro é que o comportamento da Fiona. Ela sempre foi uma cadela sem coração, mas os episódios anteriores tentaram humanizá-la. Sua relação com sua filha passou por altos e baixos, mas ela realmente parecia amar a Cordelia - tanto que ficou transtornada quando ela perdeu a visão. Então é muito estranho que, de uma hora para outra, seu comportamento tenha mudado. Desde o começo do episódio eu estranhei sua reação, mas depois entendi o que estava acontecendo. Fiona não tem alma. É uma grande revelação, e certamente foi interessante de ouvir. Mas essa mudança de última hora no comportamento da personagem para justificar essa reviravolta do roteiro soou forçada, como se tivesse sido introduzida de última hora.

Pelo menos o Papa do inferno é simplesmente horripilante. Eu tremi na base com a caracterização do personagem. Li muitos comentários a respeito do personagem e devo alertar que ele continuará aparecendo até o final dessa temporada. Será que ele irá colher mais almas nas próximas semanas? Pelo menos a Nan teve uma despedida digna. Aliás, esse episódio foi dela. Além de revelar grande poder, Nan finalmente deu um jeito na vizinha, matando-a de uma forma poética. Ela que tanto adorava purificar o filho, morreu limpinha. Não contava com o fato da Nan morrer. Logo quando a personagem estava desenvolvimento o seu melhor ângulo.

Não há muito mais a se dizer desse episódio. Apesar do ponto alto ter sido o acordo com o Papa, o título remete à participação especial de Stevie Nicks. Eu sei que o titio Ryan adora um número musical, mas a introdução gratuita da cantora soou mais aleatório que a própria cena do Name Game, da segunda temporada. American Horror Story sempre esteve intimamente ligada com a música, mas os roteiristas não poderiam ter escolhido um momento pior para uma participação especial. Stevie Nicks chegou, cantou duas vezes, e conseguiu aparecer mais do que a Zoe, que também foi jogada de lado pelo roteiro, assim como o Kyle e a Lalaurie. Está na hora de colocar essa trama de volta nos eixos.

PS. Amando a amizade super BFF (ênfase no FOREVER) entre a Fiona e a Laveau. Simplesmente desbancado todas as outras. Também adorei saber um pouco mais sobre Laveau. Seu passado e o pagamento que ela deve fazer todos os anos. Quer jogar com o diabo? Tem que pagar.
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