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[Crítica] Pânico no Lago 3


Direção: Griff Furst
Ano: 2010
País: EUA
Duração: 93 minutos
Título original: Lake Placid 3

Crítica:

É hora de fazer uma boquinha!

Dizem que a terceira vez é um charme, não é verdade? Talvez. Depois de me divertir bastante com o primeiro filme e sofrer todos os meus pecados com o segundo, eu certamente não estava esperando nada do terceiro. Vocês sabem que a qualidade só tem a abaixar, principalmente porque os filmes continuam sendo feitos direto para a TV. Mas não importa como for, sabemos que terá diversos crocodilos feitos pobremente com CGI comendo um bando de jovens estúpidos e caçadores que não conseguem acertar um tiro sequer. Estão prontos para entrar no lago mais uma vez, ou já morreram afogados?

A história dessa terceira parte gira em torno de Nathan Bickerman, parente da velhinha que alimentava os crocodilos em sua casa perto do lago. Depois que ela morre violentamente, Nathan e sua família herdam a casa e, sem outro lugar para ficar, decidem se mudar para ela. A ameaça de crocodilos aparentemente não é mais um problema, então eles esperam ter uma estadia tranquila. Porém, nem tudo é perfeito e os crocodilos ainda existem, e estão com fome. Quem sabe muito bem disso é a caçadora Reba, que está doida para pendurar a cabeça de uma dessas criaturas em sua parede. Ela é contratada por um jovem para achar a sua namorada, que está acampando no lago junto de seus amigos. Agora, todos terão de se unir para salvar as suas vidas, ou serem devorados.

Não esperem nada com o nível do primeiro filme. Vamos ser realistas, continua sendo um filme limitado. Porém, isso não quer dizer que será tão ruim quanto o segundo. Na verdade, esse é bem mais divertido. Parece que, como os produtores não irão se esforçar para melhorar a qualidade, eles perceberam que é muito mais produtivo quando não se levam a sério. É claro que continua sendo um filme do canal SyFy, então vocês já sabem exatamente o nível que devem esperar. Em geral, essa terceira parte não é de todo ruim, apesar de não conseguir chegar nem perto de ser um filme mediano.

Desde a cena de abertura vocês perceberam que o tom do filme é diferente. Confesso que já comecei o filme de saco cheio, sabendo exatamente o que iria acontecer. Então eu me surpreendi positivamente com os primeiros minutos. Há uma cena muito engraçada e constrangedora envolvendo um casal sendo atacado em um momento inconveniente. O outro ponto positivo é a introdução de personagens mais interessantes, como a Reba - interpretada da forma mais canastra possível pela Yancy Butler. Ela é a alma do filme, sempre com suas frases sarcásticas. É uma pena que não tenha tido mais destaque e tenha sido desperdiçada no terceiro ato.

De resto, a sensação que temos é que já vimos tudo aquilo antes. Jovens acampando sem qualquer motivo na beira do lago? Não já vimos isso antes? Até as mortes soam parecidas. Mais uma vez, temos aquele casal de adolescentes irritantes em um romance forçado. Pelo menos eu fiquei feliz - e positivamente surpreso - em ver como isso terminou nessa sequência. O resto do elenco também é péssimo, em especial a criança. Prefiro ver jovens safados do que criança, porque pelo menos sei que os jovens irão virar comida de crocodilo em algum momento. Sabia que o enredo não teria a coragem suficiente para arrancar a cabeça daquela criança chata, o que foi lamentável.

Os efeitos visuais conseguem ser ainda piores que os do filme anterior, apesar da fotografia ser tão ruim quanto. O terceiro ato pelo menos tenta inovar, levando o crocodilo gigante para o centro da cidade. É a primeira vez que ele sai dos arredores do lago, só para encontrar uma cidade sem qualquer ser humano além dos que ele já estava perseguindo anteriormente. Além disso, é impressionante como ele consegue achar suas vítimas, mesmo no meio de um monte de prédios. E não podemos esquecer que os personagens tentam se esconder no único prédio que tem vidro ao invés de uma parede firme. Muito inteligente! Enfim, viva à Reba, o resto pode ser mastigado.


Trailer Legendado:

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