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[Crítica] Scandal - 3x03/04: Mrs. Smith Goes To Washington / Say Hello To My Little Friend


É tudo uma questão de controle.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Uma das séries mais frenéticas da TV aberta finalmente apresentou um episódio mais calmo e aleatório, o quarto. Depois de três semanas só com tiro, porrada e bomba (literalmente, no terceiro episódio), o enredo finalmente relaxa e entrega um episódio inferior aos outros. Mas fiquem tranquilos, porque, de acordo com a qualidade geral da série, isso não quer dizer que o episódio foi ruim. De fato, ele apenas não teve muitas reviravoltas e não teve sua trama centrada no foco da temporada, que seria missão secreta do Jake e do Presidente. Porém, antes de começarmos a falar disso, voltemos para a terceira semana, onde as coisas realmente ficaram explosivas.

Podemos dizer que o terceiro episódio, Mrs. Smith Goes To Washington, foi mais um dos casos da semana, apesar de ter segurado o ritmo frenético da série de uma maneira surpreendente. Uma mãe desesperada para limpar o nome de seu filho, acusado de terrorismo. Seria mesmo uma surpresa saber que o cara era mesmo uma pessoa ruim, mas o roteiro conseguiu surpreender com o óbvio. Ele era inocente? Claro. Mas a verdade nem sempre é preto no branco, principalmente quando estamos falando de algo que pode mudar o futuro de uma nação e colocar vidas em risco. Esse terceiro episódio costurou de forma interna a maneira como o governo sacrifica alguns para salvar outros.

Essa foi uma lição dura que a nossa querida Olivia Pope teve que aprender. Ela é sempre tão obstinada pela verdade, mas basicamente quebrou quando não conseguiu lidar com ela. O filho da mulher era mesmo inocente, mas não havia como mudar o status dele sem comprometer muitas outras vidas. Foi um mal necessário, então o final do episódio foi muito interessante, porque vemos a Liv tomando uma decisão lógica que vai contra tudo o que ela acredita. E o melhor nisso tudo é que a apoiamos. Nós, espectadores, entendemos sua posição e vimos o conflito interno pelo qual ela passou. O desfecho dessa história foi muito triste. Não só por causa da morte da mulher, como pelo fato dela ter morrido pensando que o seu filho era um traidor da nação.

Uma linha narrativa que começou no terceiro episódio e foi desenvolvido na outra semana foi o controle absoluto que o pai da Liv tem sobre todos ao seu redor. Eu mal consigo esperar para saber mais sobre o seu passado e mergulhar em sua psique. Vocês pensam que a Olivia Pope é dura? É porque vocês não conhecem o seu pai. O homem simplesmente não se abala nem com uma arma apontada para sua cabeça. De fato, quem aponta a arma é que treme diante de sua presença. É por isso que Huck e Jake começaram a trabalhar juntos para derrubar o Comandante, mas acredito que essa não será uma jogada fácil, principalmente porque ele está sempre cinco passos na frente de seus inimigos.

Sinto saudades da estabilidade da Liv. Ela começou a série super confiante, mas agora ela quebra facilmente. Nunca a vi fugir de um assunto, mas no quarto episódio ela implorou para ser deixada em paz em relação ao controle do seu pai. Ela tem medo dele. Gostaria de ver a Olivia dando a volta por cima. Ao contrário desse episódio, que girou em torno de um caso da semana isolado, o próximo focará em um embate direto entre a Olivia Pope e o Presidente. É até engraçado ver como as alianças mudam nessa série. Em uma semana eles são amantes e na outra eles estão lutando ferozmente um com o outro. Muito cuidado com quem vocês vão para cama, meus queridos.

Esse conselho deveria ter sido dado para o cara que simplesmente não conseguia manter o seu pinto longe de uma câmera. No começo eu pensei que ele realmente seria o assassino, mas depois de perceber que ele era apenas um pervertido, não foi difícil desconfiar da mulher. Por este motivo, não foi uma grande surpresa quando a Liv a procurou para tirar a história a limpo. Ainda assim, foi um momento muito digno no episódio. Tudo isso nos leva ao desfecho do quarto episódio, em uma cena fofa com o Jake. Podem chorar, mas eu não torço para a Olivia e o Fitz ficarem juntos. De fato, sinto que o tempo deles já passou e o roteiro deve investir da relação da protagonista com o Jake, que ainda tem muitas dificuldades para enfrentar.

PS. Mellie não teve muito espaço na narrativa, mas conseguiu mostrar suas garras ao povo americano. Gosto das conversas dela com o Fitz e, estranhamente, torço para que eles voltem a se gostar. Seu momento de embriaguez foi revelador.

PS². Tivemos a introdução da rival política do Fitz, interpretada por Lisa Kudrow (a eterna Phoebe, de Friends). Estou ansioso para vê-la tendo mais destaque na trama, principalmente na próxima semana, em que ela será representada pela Pope.
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