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[Crítica] Static


Direção: Todd Levin
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 83 minutos
Título original: Static

Crítica:

Se eles já estão aqui, então é tarde demais.

Se há um subgênero de terror/suspense que eu não me dou bem é aquele que envolve invasões domiciliares. Eu não sei se isso acontece por gosto pessoal ou as produções que eu já assisti abordando o tema eram ruins mesmo, mas ainda tenho esperanças de ser surpreendido eventualmente. Desde já, deposito toda a minha confiança no slasher Você é o Próximo, que parece ser exatamente aquilo que eu venho procurando todos esses anos. Hoje eu decidi arriscar mais uma vez com Static, porque a esperança é a última que morre.

A história gira em torno de um casal, Jonathan e Addie, que está passando um tempo em uma casa de campo. Jonathan usa o tempo para escrever seu próximo livro e tem esperanças que um tempo afastados da civilização poderá ajudar sua mulher a superar a morte de seu filho. Porém, as coisas mudam radicalmente quando uma desconhecida, Rachel, bate à sua bota pedindo ajuda. Segundo ela, um grupo de pessoas mascaradas está do lado de fora da casa. Quando isso se prova verdade, o jovem casal terá que se proteger de um inimigo desconhecido ao mesmo tempo em que tentam acertar as coisas com o passado.

Sabendo que esse não é o meu tipo de história, o que me levou a assistir? Elementar, meus caros. Eu dei uma chance por causa do elenco. Há todo aquele clichê de não julgar “um livro pela capa” e não devemos medir qualidade por causa de rostos conhecidos. Porém, assistir um filme com atores que gostamos se torna mais fácil para nos identificarmos com os personagens. Milo Ventimiglia (Kiss of the Damned) e Sara Paxton (Terror na Água) são rostos conhecidos para os fãs de terror, principalmente a atriz, que tem diversos filmes do gênero no currículo – de qualidade variada, diga-se de passagem.

Desde o começo dá para perceber que o enredo não é sobre uma invasão domiciliar comum. Apesar do trailer conseguir esconder muito bem alguns detalhes, a edição do filme em si falha em manter o suspense até o final. O roteiro basicamente enrola o espectador até o desfecho, onde uma reviravolta aguarda os desavisados. Não estou dizendo que é fácil de descobrir o que está acontecendo. De fato, vários elementos são apresentados, deixando não só os personagens, como também os espectadores, no escuro. Mas algumas pistas deixadas no desenvolver da história são óbvias demais e apontam mais ou menos na direção certa.

Eu realmente não fiquei realmente chocado porque já esperava por algo parecido. E o mais triste é que o filme estava bem melhor antes do “pânico” tomar conta da tela. As coisas passam a ficar interessantes quando a personagem de Sara Paxton aparece. Há diversas intrigas e mistérios levantados pela chegada da personagem. Porém, essa parte mais interessante é lavada com um punhado de cenas genéricas quando o casal se vê sozinho e no escuro sendo perseguidos por um grupo mascarado.

As cenas que deveriam ser tensas não conseguem empolgar. Achei toda a correria entediante e sem inspiração. Pelo menos a caracterização dos vilões, além de ser simples, até que é eficiente. Reparem também na mudança do tom da fotografia, que apresentada cores fracas durante todo o filme e nos surpreende com um cenário mais alegre e colorido. Enfim, um roteiro com boa intenção, tentando apresentar algo diferente. Mas certamente de boas intenções o inferno está cheio e, por causa do desenvolvimento arrastado, o filme fica muito abaixo do esperado. Não foi dessa vez que eu me empolguei com pessoas tendo suas casas invadidas.


Trailer:

Comentário(s)
2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. Você é o proximo e muiiiiiiito bom pode ver sem medo.

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  2. Eu gosto muito do sub-gênero, home invasion. eu estou escrevendo até um roteiro. rs.

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