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[Crítica] É o Fim


Direção: Evan Goldberg & Seth Rogen
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 107 minutos
Título original: This Is the End

Crítica:

Nada arruína uma festa como o fim do mundo.

Em filmes envolvendo apocalipse, sempre há aquele momento onde algum personagem se pergunta se alguma celebridade conseguiu sobreviver ao caos. De fato, tenho certeza que muitas pessoas já pararam para pensar sobre isso. Se zumbis – ou qualquer outra situação onde quase toda a humanidade morresse – andassem pela face da terra, qual famoso iria conseguir sobreviver a isso? É pensando nisso que o roteirista se baseou para escrever esse terrir onde o fim dos tempos é agora. E apenas a celebridade mais ousada conseguirá sobreviver.

A história gira em torno de um grupo de celebridades que vão até uma festa na casa do James Franco. Eles estão festejando e comemorando a vida, mas nem imaginam que o apocalipse está tomando conta das ruas. Logo, quando eles percebem o que está acontecendo, vários deles morrem e, os sobreviventes, se refugiam na casa de Franco para lidar com essa situação. Quando percebem que estão lidando com o fim dos tempos, eles terão que se unir para resolver as situações à sua volta conforme elas vão piorando...

A morte é apenas o começo para os condenados e apenas os puros de coração poderão subir para o reino do céu. Vocês estão familiarizados com a situação? Se o apocalipse chegasse hoje, vocês acham que seriam levados ou ficariam por aqui mesmo tentando sobreviver em meio a demônios e fogo? Bem, isso aqui não é um grupo em apoio aos condenados, então vamos nos concentrar no filme em si. Como já disse, esse não é um apocalipse de zumbis. De fato, é aquele narrado pela bíblia – com pessoas indo para o inferno e tudo. Depois de assistir a esse filme, eu fiquei impressionado por não haver mais filmes de terror com essa temática, porque ela poderia render ótimos roteiros.

E não pensem que, só porque esse é um filme de terror misturado com comédia, teremos algo bobo e sem coragem. Isso aqui não é Todo Mundo em Pânico 5. Há ousadia em toda a parte, devo confessar. Além de se tratar de um tema original, o filme também impressiona pela quantidade de mortes – inclusive algumas bem gráficas. Temos famosos sendo empalados por postes e caindo em um buraco direto para o inferno. Quando o filme alcança seus 20 minutos, o que vemos é um verdadeiro massacre. Eu queria mais mortes e violência para complementar a cena. Muitos famosos tiveram a mesma morte, caindo direto para o inferno, então eles poderiam ter variado um pouco.

Os personagens são basicamente os atores interpretando a si mesmos. O enredo se aproveita disso para mostrá-los da forma como a mídia tende a querer que os outros os enxerguem. Um grande exemplo disso é a Rihanna (Sim! Ela também está enfrentando o apocalipse), que se comporta como é taxada pelos tabloides, uma garota má. Porém, ninguém realmente presta aqui. Esse é o grande ponto do filme. Se eles fossem pessoas certinhas, teriam sido sugadas por uma luz azul direto para o céu. Essa não é uma comédia para a família. É o Fim tem um humor negro e sujo, do jeitinho que eu gosto.

E o mais legal são os problemas que o apocalipse traz. Depois do grande buraco para o inferno, diversos outros problemas surgem dele, um mais assustador que o outro. Gostei justamente porque o roteiro soube aproveitar todos os elementos que um apocalipse poderia trazer. Enfim, estava mesmo com saudade de um terrir que valesse a pena. Desde já, um dos filmes mais divertidos do ano. E, claro, os efeitos visuais estão muito bons. E olha que o filme usa e abusa deles, com direito a demônios voadores e todo um cenário de destruição. Enfim, esse é o apocalipse em seu pacote completo. Se quiser se salvar, comece a orar. Recomendado!


Trailer Legendado:

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