[Crítica] Dexter - 8x12: Remember the Monsters? (Series Finale)
Adeus, Miami.
Review:
(Spoilers Abaixo)
(Spoilers Abaixo)
Sei que meus atrasos com as Reviews de Dexter continuam imperdoáveis, mas dessa vez, nada aconteceu. Só
estava esperando que a ficha caísse e meu cérebro pudesse lidar com o final de
uma das séries que, isolando a hipérbole, já faz parte de mim. Apesar de ter
começado a acompanhar a trajetória dos Morgan há apenas três anos, sinto que o
final de Dexter simboliza, acima de tudo, o final de uma era. Não do jeito que
os fãs esperavam, mas ainda assim, não tem como não olhar para trás e se sentir
orgulhoso com o bom trabalho que foi feito. Como muito ainda precisa ser dito,
vamos a nossa despedida.
O episódio começa mostrando Dexter e Hannah no aeroporto tentando
colocar Elway em uma emboscada para despistá-lo. Infelizmente, com essa
emboscada, eles também fizeram todos os voos serem cancelados, dando tempo de
Dexter ir ao hospital para onde Deb havia sido levada. Ela implorou pra ninguém
chamar o irmão, para deixa-lo viver numa plantação de tomates na Argentina ao
lado da sua Femme Fatale, mas é claro que os moradores não psicopatas de Miami não
iriam lhe dar ouvidos.
Naquele momento, Dexter precisou encarar dois dilemas. O primeiro girava em torno da saúde da irmã. Ele não sabia a gravidade do seu ferimento, não sabia se ela precisava de cirurgia ou se tinha chances de sobreviver. O segundo, e mais importante, era como poderia proteger todos aqueles que amava de um psicopata foragido que tinha todos os motivos do mundo para destruir sua vida. Saxon, o vilão quase fodinha que apareceu no final da série, e me desculpem, não conseguiu causar impacto. Quem é ele ao lado do Trinity ou do Ice Truck Killer? Ninguém, eu sei, e metade de Miami também.
PS²: Dexter, vamos lembrar de você para sempre.
Naquele momento, Dexter precisou encarar dois dilemas. O primeiro girava em torno da saúde da irmã. Ele não sabia a gravidade do seu ferimento, não sabia se ela precisava de cirurgia ou se tinha chances de sobreviver. O segundo, e mais importante, era como poderia proteger todos aqueles que amava de um psicopata foragido que tinha todos os motivos do mundo para destruir sua vida. Saxon, o vilão quase fodinha que apareceu no final da série, e me desculpem, não conseguiu causar impacto. Quem é ele ao lado do Trinity ou do Ice Truck Killer? Ninguém, eu sei, e metade de Miami também.
Além de ter cometido vários erros de amador, Saxon também não
ganhou um desfecho satisfatório. Ele apenas fez um veterinário de refém, chegou
no hospital onde a Deb estava e foi preso. Sem luta final, sem acerto de
contas, sem a credibilidade que o vilão da ultima temporada deveria ter. Eu nem
reconheci a série quando o embate entre ele e Dexter foi interrompido pela voz
do Batista. Então, este fica como o primeiro ponto negativo dos muitos que
precisamos colocar em evidência sobre este final.
E já que o embate foi jogado na baia de Miami junto da
dignidade de Dexter Morgan, partimos diretamente para o drama final, que mudaria
tudo para sempre. Deb, após a cirurgia, conseguiu se recuperar o suficiente
para despedir-se do irmão. Mas o pior aconteceu. Um coágulo se formou enquanto
ela fazia a cirurgia e seu cérebro ficou sem oxigênio por alguns segundos, levando-a
a uma morte cerebral. Ela não poderia raciocinar, pensar, comer sem o auxílio
de tubos ou sequer notar a presença de alguém ao seu redor.
Quando Dexter recebeu a notícia, seu mundo desmoronou. E acho
que isso também aconteceu com o mundo de todos os fãs. É a Deb, gente. A mesma
Deb que esteve ao nosso lado desde o começo, que aprendemos a amar, que serviu
de inspiração para muitos e tanto nos comoveu com suas histórias. E saber que é
apenas um personagem fictício me deixa muito irritado, porque eu senti sua
perda como se ela fosse a minha irmã. Eu fiquei inconsolável durante dias,
tentando dizer pra mim o quanto era patético deixar uma série de TV me atingir
dessa maneira. Mas atingiu. E eu acho que uma parte de mim vai sempre sentir
saudades de Debra Morgan, mesmo que não seja possível assistir a trajetória de
Dexter sem ela.
Por isso eu ainda não sei o que eu achei verdadeiramente do
episódio. Não gostei da prisão do Saxon, não gostei da morte improvisada que Dexter
deu a ele, não gostei de ver Miami inteira acreditar que Dexter não passava de
um inocente, mas a morte da Deb me emocionou bastante. E eu gostei de ficar
emocionado, assim como gostei de saber que a série consegue mexer comigo dessa
maneira. Se pararmos pra pensar, foi bastante poético assistir Dexter jogando
seu corpo no oceano como ele fez com tantas pessoas. Eu consegui entender a beleza
e a poesia na tragédia em que Dexter se transformou. Só não sei se é o
suficiente para apreciá-la.
O que eu definitivamente não aprovei foi o final do
personagem. Após a morte da irmã, Dexter desapareceu no meio da tempestade
dando a entender que iria cometer suicídio, mas não foi bem isso que aconteceu.
Ele apenas forjou a própria morte para viver como um super lenhador da floresta
não encantada, pois assim estaria protegendo Hannah e Harrison de terminarem
como Deb. Ou seja, Deb morreu, Dexter não foi descoberto por ninguém, virou um
psicopata solitário barbudo e deixou Hannah e Harrison para aproveitar o
felizes para sempre que negou a si mesmo.
Se eu provo? É claro que não. Mas sinceramente, quem aprovou?
Eu sempre imaginei que Dexter seria descoberto na ultima temporada e que
veríamos ele sendo perseguido no país inteiro. Mas o que tivemos? Uma temporada
que priorizou o sentimentalismo porque esqueceu – ou simplesmente ignorou – que
esta era uma série sobre um serial killer. Então, só o que posso fazer é
lamentar. E homenagear os bons tempos fazendo aquela reprise. Afinal, Dexter é
Dexter. E Dexter sempre será Dexter, com um final apelativo ou não.
PS: Hannah trollando o Elway? Como não se apaixonar por ela, não é?
PS²: Dexter, vamos lembrar de você para sempre.
finale brega
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