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[Crítica] Under The Dome - 1x05: Blue On Blue


"O que a lagarta chama de fim do mundo, o homem chama de borboleta." - Richard Bach.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Antes de vir fazer minha crítica atrasada, fui dar uma lida nas críticas por aí e nunca vi tanto mimimi por causa de uma série. Era povo reclamando da enrolação (oi? Esse povo sabe que a gente ainda está no quinto episódio?), era gente reclamando do ritmo do episódio (estavam esperando o quê? Um filme do Steven Seagal?), era gente querendo a solução do mistério da redoma (lógico, porque é super normal resolver o fator chave da série no quinto episódio). Quer dizer, um bando de crítico extremista que só quer saber de reclamar. É isso que dar, fazer críticas de série se tornou tão mainstream de uns tempos pra cá, quem tem gente que fica reclamando pra chamar atenção. Desnecessário, ainda mais quando o episódio foi tão bom que torna suas reclamações infundadas. Mas bom, isso aqui não é uma crítica sobre críticas. E sim, sobre uma excelente série sobre pessoas. Então, vamos falar dessa série que já estamos atrasados, né?

De longe, Blue On Blue é um dos melhores episódios da temporada até agora, só perdendo para o Pilot que é realmente muito bom. Acho que só a redoma desaparecendo pode superar o aparecimento dela no 1x01. Gosto bastante desse clima de suspense e perigo eminente que a série passa, obviamente, já deu pra notar que a série adotou mesmo a dinâmica procedural. Um evento por semana. Mas claro, isso é mascarado pela qualidade dos episódios. Mesmo com uma quantidade grande de personagens, o trabalho que é feito nos personagens é realmente muito bom. Tanto que até Linda e Junior (esse, principalmente por causa do livro) estão ganhando minha simpatia. 

Toda essa coisa de vamos tentar explodir essa bagaça e matar quem está do lado de dentro, pra mim, foi meio equivocado na trama. Acho que principalmente porque não tivemos a oportunidade de ver como o pessoal do lado de fora reagiu a isso e aí ficou meio aleatório pra mim. Mas isso é o de menos, até porque, desde o começo sabemos que a série é sobre as pessoas que estão presas do lado de dentro. Tanto que, no livro, a redoma não funciona como barreira de som - ou seja, o pessoal de dentro e fora, pode se falar normalmente se estiverem próximo - e na série sim. Os roteiristas da série quiseram cortar essa ligação entre o lado interno e externo. 

Gente, quão filha da puta mãe foi o governo, não? Não esperava que eles fossem tentar quebrar a redoma daquele jeito. Se o míssil tivesse funcionado, eles iam estar todos dizimados. É só ver pelo estrago que o míssil fez do lado de fora. Ficou parecendo aqueles cenários de filme pós-apocalíptico. Aliás, palmas para os responsáveis pelos efeitos especias. Ficaram todos muito bons.

Big Jim foi o destaque negativo do episódio, tenho vontade de estapear esse personagem até a morte. Ele é incrivelmente mal caráter e não faz esforço e não se tornar um personagem detestável para nós. E na boa, eu gosto de vilão assim, sabe? Esses vilões que a gente aprende a odiar, vilões que são maus por serem maus. Sem o mimimi de humanização - não que eu não goste de vilões humanizados - que tem assolado a telinha recentemente, como Regina (Once Upon A Time) e Victoria (Revenge), que mesmo más, simplesmente não tem como não amá-las. Big Jim abusou da maldade, só libertou a Angie, porque acreditou que todos fossem ser dizimados. E ainda matou o Reverendo em uma excelente e chocante cena. A frieza com que ele mata o Reverendo foi perfeita pra construção da péssima índole que ele tem.

Tudo porque o Reverendo fica ameaçando o vereador o tempo todo, será que esse povo não aprende que não se ameaça vilão? No livro, o Reverendo é um tanto mais interesse, ele realmente ouve uma voz e pensa que é de Deus. No livro, ainda não sei o desfecho disso, espero que não seja o mesmo da série.

Uma explosão de hormônios (TIVE que fazer esse trocadilho, sorry).

Bom, esse episódio mexeu bem com os relacionamentos dos protagonistas, Angie e Junior, Norrie e Joe, Julia e Barbie, Dodee e Phil, Norrie e suas mães, Linda e Rusty (que no livro é um excelente personagem, btw). Enfim, vamos dar enfase aos mais importantes e o resto é resto. 

Comecemos pelo casal teen da série, Norrie e Joe. Pra começar, Joe finalmente se preocupa com o sumiço da irmã - que mesmo no dia da/do visita/adeus - não aparece. Então eles começam uma busca pela irmã do rapaz, obviamente que rola toda um desencontro. E como não dá mais tempo de voltar pro abrigo, os dois preferem morrer juntos enquanto se beijam? Lindo e romântico, né? Ah, vale lembrar que Norrie estava puta com as mães, porque ela descobriu que tem um pai mal caráter que só aparece, porque queria ficar famoso às custas da filha presa na redoma e as mães tinham dito que não sabiam quem era o pai dela, quando na verdade sabiam. Todo esse drama de adolescente que é adotado, sabem?

Já Angie, depois ser solta por Big Jim, acabou caindo em uma armadilha de Junior novamente e foi forçada a passar seus últimos minutos com Junior. Que agora anda armado ainda por cima. Ótima ideia armar um psicopata, mas enfim. Tadinha da Angie, talvez fosse melhor que ela tivesse tido o mesmo destino que teve no livro logo de cara. Ah, e o Alexander encontrou um excelente tom pro seu Junior. A cara de perturbado dele no final é incrível.

Julia e Barbie - que no livro é alguém completamente diferente - estão voltando a se acertar. Shippo muito esses dois. Ele quase confessou ter assassinado o marido dela, mas por sorte foi interrompido antes. Já que o míssil lançado pelos militares não afetou a redoma. Nem fez cócegas. Bom, agora é ver como relacionamento deles vai se desenvolver, com base em uma enorme mentira.

Bom, estou bem no comecinho do livro ainda, mas é realmente tão bom quanto a série até agora. Então, recomendo. Agora, é correr atrás do sexto episódio. Porque estamos no meio da temporada e a tendência é as coisas ficarem mais frenéticas a partir de agora.
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