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[Crítica] Sharknado


Direção: Anthony C. Ferrante
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 86 minutos
Título Original: Sharknado

Crítica:

Enough said!

O que é aquilo no céu? Será um pássaro? Um avião? O Superman? Não, é um tornado de tubarões. Espera... como é que é? É isso mesmo, meus queridos! Ficar em terra firme não significa que vocês estão seguros. Vocês já tinham aprendido isso com Sand Sharks - outra pérola envolvendo tubarões -, mas agora a situação está mais séria, afinal, os tubarões estão dando um rolé no céu (porque ficar na água é muito mainstream). Então é melhor olhar bastante para cima, porque nunca se sabe quando um tubarão pode cair em cima da sua cabeça. Pode ser que aconteça antes que você terminar de ler essa crítica.

A história (existe alguma?) desse filme gira em torno de um grupo de sobreviventes que cruzam a cidade para escapar da inundação e dos tornados que tiraram milhares de tubarões do mar e os sugou com a força do vento, fazendo-os cair pelo meio das ruas. Agora, os sobreviventes terão que lidar com um verdadeiro apocalipse de tubarões a medida que três tornados assolam a cidade. O único jeito de deter esse mal é jogando uma bomba no olho de cada tornado, mas é impossível chegar perto, porque até mesmo o vento tem dentes. Alguém pediu peixe?

A ideia desse filme é ridícula! Eu sei disso. Vocês sabem disso. E até os produtores sabem. O filme foi feito para chamar atenção pela sua temática sem noção, e é por este motivo que ele se tornou um enorme sucesso. Feito para ser exibido direto na TV, o filme marcou números grandes de audiência. Afinal, se alguém faz um filme com tubarões caindo do céu e comendo as pessoas na rua, o espectador acaba ficando curioso e quer saber como essa loucura toda irá funcionar. O enredo é tão absurdo que trazia uma grande chance de apresentar um ótimo filme ruim (aqueles que são tão ruins que se tornam divertidos).

Infelizmente a diversão ficou apenas na ideia absurda mesmo. O diretor tentou manter um filme sério (Oi?), com direito a dramas desnecessários e tudo mais. Eu não sei o que é mais ridículo: Os tubarões caindo do céu, ou os protagonistas fazendo longos discursos envolvendo os seus dramas pessoais. A audiência não assiste esse tipo de filme para isso. Nós queremos pessoas sendo comidas por tubarões voadores e cenas mirabolantes que nos faça dizer "não acredito que eles tiveram a coragem de fazer isso". Mas falta muita ousadia nesse filme, definitivamente.

É claro que as melhores partes de todo o filme são os erros grotescos que há nele. Dentre os melhores/piores momentos, temos tubarões desaparecendo completamente numa água que não consegue chegar a profundidade de trinta centímetros, ruas cheias de água que esvaziam em uma mudança de câmera e, como sempre, pessoas gritando por suas vidas - mas sendo incapazes de se salvar, mesmo que a água bata apenas em seus calcanhares. Destaque para o começo dos ataques, onde os tubarões que não foram levados pelo tornado ficaram com inveja e foram buscar suas vítimas na praia. Parecia mais O Ataque dos Caranguejos Malditos, porque pareceu meio impossível um tubarão estar puxando alguém ali. Mas, gente, o que estou dizendo? Nesse filme eles voam! Que se dane a lógica.

Por último, temos Tara Reid provando que está realmente em seu fim de carreira. Sua personagem é uma das piores e deveria ter sido devorada antes mesmo da metade do filme - assim como sua filha dramática. A melhor personagem é a Nova, que além de fazer bem aos olhos, sabe fazer outra coisa além de gritar. Bem, quem gostou de apontar os defeitos da produção deve ficar feliz, porque a emissora SyFy não esperou muito para lançar uma sequência - e uma terceira parte já recebeu sinal verde. Mas eu garanto que esse filme é uma perda total de tempo e, no final, vocês ficarão iguais aos idosos: Chateados pela piscina deles ter sido incendiada (what?). Não aguento com essas casas de repouso que usam álcool para encher uma piscina ao invés de água (só assistindo para saber do que estou falando). Depois desse filme, irei para o mar me afogar... Pelo menos deve estar livre de tubarões.


Trailer:

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