[Crítica] Velozes & Furiosos 6

Direção: Justin Lin
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 130 minutos
Título Original: Furious 6

Crítica:

Todas as estradas levarão a isso.

Essa é uma das minhas franquias de ação favorita e esse já é o sexto filme que nos levará em mais uma perseguição alucinante pelas estradas da vida. Não é qualquer franquia que consegue se manter um sucesso - sem perder a qualidade - como esta. Apesar dos seus altos e baixos (principalmente o terceiro filme), os produtores perceberam o grande potencial dos personagens originais e reformulou a franquia. Enquanto os três primeiros filmes focavam nas corridas ilegais e a busca por velocidade, do quarto em diante, isso ficou como plano de fundo, dando lugar a elaboradas tramas envolvendo grandes roubos.

A história começa não muito depois do último filme, com Dom e sua equipe curtindo a "aposentadoria" depois de terem conseguido roubar 100 milhões, por dizimarem o império de um chefão no Rio de Janeiro. A vida tranquila termina quando o agente Hobbs aparece precisando de ajuda em um intrigante caso. Ele tem perseguido por 12 países uma organização de mercenários pilotos letalmente habilidosos, cujo mentor é ajudado por uma impiedosa aliada, Letty, amor que Dom julgava morta. A única maneira de impedi-los é vencer esse bando nas ruas, então Hobbs pede que Dom leve sua equipe para Londres. Em troca, promete o perdão que permitiria que todos retornassem para casa.

Uma das coisas que mais me empolgou no enredo desse sexto filme foi o retorno da personagem da Michelle Rodriguez. Ela havia sido assassinada no quarto filme e deixou um grande espaço vazio entre os personagens principais. Como sua morte nunca foi mostrada exatamente, o roteiro deu um jeito convincente de explicar como ela conseguiu viver depois dos eventos mostrados em Velozes e Furiosos 4 - com direito a flashback e tudo. Rodriguez é uma das minhas atrizes favoritas. Não existe ninguém mais durona do que ela e, conseguindo esse raciocínio, o roteiro força bastante essa característica dela, tornando-a mais badass do que nunca.

Essa sequência também volta a trazer diversas cenas envolvendo perseguições de carros. E o roteiro consegue introduzi-las sem torná-las repetitivas. Sempre há algo novo para ser mostrado e, no terceiro ato, há diversas cenas de tirar o fôlego envolvendo um tanque de guerra. E se vocês pensam que essa é a última sequência emocionante do filme, vocês estão muito enganados. Não irei detalhar algumas das cenas que eu mais gostei para não estragar a surpresa, mas tenho certeza que os filmes dos filmes anteriores irão adorar esse novo capítulo da saga. O enredo consegue equilibrar todos os elementos que foram sucesso na franquia, sem perder o foco do desenvolvimento geral.

Para aqueles que ficaram impressionados com o quebra pau entre o Dom e o Hobbs no filme anterior, não irão se decepcionar com as cenas de luta nessa nova sequência. É claro que o destaque fica por conta da cena de luta entre da personagem da Michelle Rodriguez com uma nova personagem, que consegue ser tão boa e violenta quanto a mostrada no quarto filme. E não há nada melhor do que assistir duas meninas caindo na porrada para valer, certo (sem machismos aqui)? Como bônus, há outras cenas de luta que causam impacto, como o japonês do mal, que conseguiu quebrar dos dois mocinhos de uma só vez.

Enquanto alguns poucos personagens não retornam para esse quinto filme, o enredo continua trazendo outros rostos conhecidos dos filmes anteriores. Gosto dessa conexão que o roteiro faz com os outros filmes da franquia, relacionando-os. Até mesmo o terceiro filme - que é praticamente um spin-off - é considerado no enredo geral. E vocês pensam que a corrida acabou? Claro que não. A sétima parte já está sendo produzida e, se vocês esperarem a cena no final dos créditos, terá um gostinho do que está por vir. Parece que não será dessa vez que o Dom e sua família terão descanso. Prontos para mais uma rodada? É melhor já deixar o motor ligado.

Trailer Legendado: