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[Crítica] Game of Thrones - 3x09: The Rains Of Castamere


A morte não aceita barganhas.

Review:
(Spoilers Abaixo)

SURTEI! Tenho certeza que todos vocês surtaram também. Apesar de saber alguns spoilers, nada poderia ter me preparado para o que este episódio tinha nos reservado. Até mesmo as pessoas que leram os livros se surpreenderam com a concretização da cena. Esse penúltimo episódio já figura entre um dos mais emocionantes e cruéis episódios apresentados pela série. Não deve em nada ao final da primeira temporada, onde todos ficaram de queixo caído quando a cabeça do Ned rolou no chão.

Porém, eu me pergunto o que esperar do próximo e último episódio dessa temporada. Como se pode imaginar, Season Finale só é boa quando ela é bombante, cheia de sangue, morte, crueldade e um cliffhanger de fazer qualquer um querer entrar em coma e só acordar quando o próximo ano começar. E todas essas características estiveram presentes no episódio dessa semana. Se eu não conhecesse bem a capacidade da série de sambar na nossa cara, eu diria que é muito difícil o próximo episódio superar esse penúltimo. Mas eu não cometerei esse erro e ficarei apenas na expectativa.

Vamos começar falando da Danny, porque foi o único núcleo que ficou deslocado dos outros. Essa semana, a série focou na proximidade do Bran com o Jon e da Arya com a Cat e o Robb. Ficou tudo quase em família, se não fosse a mãe dos dragões tocando o terror do outro lado do oceano. E, em um piscar de olhos - e três homens (!!) - ela tem uma cidade aos seus pés. Oi? Esperava algo grandioso nesse núcleo (o que ainda pode ser desenvolvimento no próximo episódio), porque achei tudo muito corrido e básico. Nem mesmo a luta e o modo como eles conseguiram vencer todos aqueles inimigos foi mostrada, o que deixou a desejar. Porém, é justificável, considerando que nada poderia ofuscar o momento final da comemoração de casamento.

Walder Frey é um homem de manja das putarias e, principalmente, vingança. Dizem que a vingança é um prato de se come frio, mas, na verdade, é algo que se serve depois de uma cerimônia de casamento. Walder Frey passou o episódio inteiro lançando frases ácidas para cima do Robb e o clima do episódio conseguiu segurar a tensão até o final, onde o enredo passou uma falsa sensação de segurança ao espectador. Provavelmente, quem não sabia desse acontecimento no livro, ficou realmente surpreso quando o sangue começou a jorrar na tela. Frey esperou até que o casamento tivesse concretizado, abaixando a guarda sobre uma possível retaliação.

A primeira a sentir a faca cortando a pele foi a Tulisa (e o Ned júnior). Tudo aconteceu muito rápido e da forma mais brutal possível. Eu, que estou acostumado com todos os tipos de atrocidades, fiquei chocado ao ver uma mulher grávida levar tantas facadas na barriga de forma tão violenta. A cena foi muito bem feita. E o mais interessante é a forma como o diretor retoma a tensão antes do massacre. Em um segundo, todos estão rindo e comemorando. Em outro, alguém fecha a porta e os espectadores começam a sentir um alerta de que tem algo errado. Em tela, a única a compartilhar dessa sensação foi a Catelyn Stark.

Sou obrigado moralmente a dedicar um parágrafo apenas a essa mulher. Quem lê semanalmente minhas críticas sabe que gosto da personagem, então foi com um peso no coração que assisti aos minutos finais desse episódio. Apesar de todo o choque, o sangue e as mortes, o que mais me sensibilizou foi o apelo desesperado de uma mãe, basicamente implorando - barganhando - pela vida de seu filho. A atriz que interpreta da Catelyn, Michelle Fairley, foi simplesmente incrível em cena. Sua interpretação foi grandiosa, principalmente depois que sua personagem viu seu próprio filho morrer diante dos seus olhos. Sofrimento, desespero, dor, angústia e... finalmente nada. Mesmo depois de ter sido degolada, ela permaneceu sem emoções.

Por fim, só resta comentar que o Jon abandonou a Ygritte depois de ter sido atacado pelos selvagens. Foi muito legal quando ele teve a chance de sambar na cara do inimigo em seus últimos segundos de vida. Infelizmente, o warg era vingativo e veio todo trabalhado na possessão aviária para sambar por último. Independente disso, quem recebeu a pisada mesmo foi a Ygritte. E isso não se discute.

Agora vocês sabem como o Walder Frey se inspirou.
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