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[Crítica] Dança dos Mortos


Direção: Tobe Hooper
Ano: 2005
País: EUA
Duração: 60 minutos
Título Original: Dance of the Dead

Crítica:

Depois de psicopatas na floresta e bruxas em busca de sacrifícios em um ritual demoníaco, chegamos em segurança à nossa segunda semana do especial com a primeira temporada da série Mestres do Horror. Assim como todos os episódios, suas histórias são independentes e sempre trazem alguma loucura nova e diferenciada. Isso pode ser um ponto positivo, mas também pode se revelar um tiro no pé. Uma criatividade exagerada pode resultar em algo de mal gosto. Nessa segunda rodada de horror, vamos enfrentar mortos dançando (!) e deformadas taradas (!!). Quer saber do que se trata toda essa "loucurada"? Então sigam-me os corajosos.

A história desse episódio gira em torno de um mundo pós-apocalíptico, onde diversos lugares foram destruídos durante a terceira guerra mundial. Os sobreviventes não conseguem viver como antes e tentam sobreviver em um mundo diferente do conhecido anteriormente. A vida de Peggy sofre uma reviravolta quando ela conhece o rebelde Jak, que lhe dá a oportunidade de explorar lugares que sua mãe não a deixaria ir. Peggy resolve apostar no garoto e toma conhecimento de um mundo completamente novo, onde as pessoas vão assistir um show bizarro envolvendo uma dança sinistra. Em paralelo a isso, a mãe de Peggy corre atrás de sua filha para protegê-la das loucuras do mundo.

Antes de começar a destacar alguns pontos, confesso que esse episódio não é um dos melhores dessa temporada. Apesar de também não ser péssimo, o resultado final é bastante regular. Não há nada de especial nesse conto de terror, nenhuma cena que consiga se destacar e, a história em si, não é lá grandes coisas. O que mais me chamou a atenção é o tema de mundo pós-apocalíptico, porém, o enredo é uma verdadeira bagunça e não desenvolve nenhuma de suas tramas com segurança. Eu entendo que o orçamento é limitado, mas não há qualquer sinal de um cenário pós-apocalíptico na primeira metade. Tudo acontece em um cenário normal, o que acaba nos surpreendendo quando a história vai se desvendando.

O episódio começa com um flashback/sonho onde vemos uma festa de aniversário de transformar em uma catástrofe quando o céu fica negro e a pele das pessoas começa a queimar. Apesar dos efeitos visuais das queimaduras serem aceitáveis, o mesmo não se pode dizer do "céu negro". Eu só ganhei conhecimento do que se tratava por causa da explicação de um personagem. Caso contrário, ficaria achando que estava lidando com uma aurora boreal das trevas. Na realidade, o que a história estava apresentando era um ataque químico, por isso que a pele das personagens queimava em contato com as cinzas que eram liberadas pela fumaça.

Outro momento duvidoso do enredo foi a relação entre os protagonistas, Peggy e Jak. O garoto é praticamente um vândalo, com um amigo praticamente psicopata. Como uma menina criada em casa tem coragem de se aventurar em um mundo pós-apocalíptico com alguém que nem ao menos conhece? Será que ela nunca ouviu falar em "estupro" ou "assassinato"? Enfim, o enredo tinha que levar a protagonista para o lugar onde o show com a dança dos mortos acontece, mas como não conseguiu encontrar um motivo mais convincente, escolheu o primeiro que apareceu na cabeça mesmo.

O mais incrível é que, ao apresentar uma trama em um cenário pós-apocalíptico, os limites para se montar uma história eram infinitos. Infelizmente, o responsável pelo enredo não deveria ter se sentido criativo no dia em que desenvolveu a história. Apesar de ser interessante aquele submundo cheio de pessoas de preto, piercing e muita maquiagem pesada, o mesmo não se pode dizer do foco da história. Pessoas voltam à vida e o melhor propósito para utilizá-las é dando-lhes choques e fazendo-as dançar? Será que essa ideia tem algum sentido? Acho que não.

Esse é o primeiro episódio que assisti com alguns rostos conhecidos. Robert Englund (o lendário Freddy Krueger) é o responsável pelo bizarro show e é completamente desperdiçado por essa história fraca. O casal protagonista também me é familiar, como Jessica Lowndes (Altitude) e Jonathan Tucker (As Ruínas). Apesar de todos os pontos negativos da história, ainda há uma reviravolta até que interessante no final. Não dá para salvar a produção de ser apenas regular, mas certamente eleva um pouco a qualidade. Enfim, como já disse, não é bom, mas também não é ruim. Certamente teremos muitos episódios com esse nível pela frente, então é melhor se preparar.

Trailer:

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