[Crítica] Supernatural - 8x20: Pac-Man Fever
Game over é pros fracos.
Review:
(Spoilers Abaixo)
Supernatural é a prova viva que você pode acompanhar
uma série e ainda assim torcer pra que entre em hiatus. Não vejo problema algum
em ficar algumas semanas sem os Winchesters ou os episódios medianos que está
acostumada a apresentar. Até houve uma polêmica nos comentários da Review
passada dizendo que eu só falo a mesma coisa e que não deveria ter odiado um
dos melhores episódios da temporada. Mas é isso aí, se todo mundo pensasse
de um jeito não teria a menor graça viver nesse Purgatório que todos chamam de
planeta terra. Então vamos esquecer tudo isso e seguir em frente. Se acomodem
na cadeira, preparem um lanche, coloquem uma musica e venham com o tio falar
sobre esse episódio excelente de Supernatural.
Pra começar, não tem como um episódio ser ruim quando a Charlie
está no meio. Podem falar o que quiser, mas simplesmente não tem. Lembro de
quando ela me fez achar que o Dick Roman era um vilão super legal só porque ela
estava no meio da confusão servindo como uma espiã pros Winchesters. Enfim,
acho que todos concordamos que Charlie sempre vai fazer os episódios de Supernatural mais interessantes que o
habitual. E já que ela foi muito bem recebida pelos hunters, os roteiristas se
sentiram na obrigação de trazê-la de volta, numa história tão divertida quanto
emocionante.
Logo depois de Sam realizar o segundo teste de Deus pra
fechar os portões do inferno, ele recebe um email de Charlie dizendo ter um
caso sobrenatural pra ser investigado perto de onde eles estão. Como Sam
continuava debilitado, Dean decidiu transformar Charlie numa caçadora
substituta pra ajuda-lo no que parecia ser um caso simples até Sam poder tomar
seu lugar de volta. A medida que a trama evoluiu, eles vão descobrindo que há muito
mais na história sobre as mortes com liquefação de órgãos e que Charlie pode
não ser a pessoa que achavam que era.
Mas convenhamos, se Charlie não era a pessoa que eles
achavam, é porque ela era melhor. Nunca acreditei que ela poderia se
transformar numa inimiga ou numa oportunista como a Ruby. Acho que se isso
acontecesse, sei lá, os fãs sairiam na rua quebrando tudo e fazendo protesto,
atirando no colégio e destruindo supermercado como se estivéssemos no
apocalipse zumbí. Ta, isso é exagero, mas quem não ficaria chateado se
acontecesse algo com a Charlie que conhecemos? Quando soube que ela iria voltar,
virei o beiço, mas só porque temia pela sua vida. Como eu disse na Review
passada, Supernatural tem essa mania de subestimar seus personagens, e com a
morte do Bobby não duvido nada que o próximo recorrente esteja em perigo.
Bem, apesar de continuar sendo tímida e atrapalhada, Charlie
serviu de grande ajuda aos Winchesters. Pelo menos no começo, quando lhes
apresentou aquele aplicativo que ajudava a desvendar que tipo de criatura
poderia se encaixar no caso de acordo com o corpo das vítimas. Depois disso ela
se tornou a própria vítima do que podemos chamar de espécie rara dos Djins.
Eles continuam morrendo e se alimentando como os Djins normais, é claro. A
única diferença é que eles gostam do medo e quando estão te drenando, levam
você ao seu pior pesadelo, não ao melhor sonho. Houve um breve mistério sobre a
identidade da criatura, mas isso não foi muito importante perto dos segredos envolvendo
Charlie.
E que segredos eram esses? Ah, os segredos normais que todo
mundo já imaginava que teria. Quando tinha 12 anos seus pais sofreram um
acidente de carro que levou sua mãe a ficar um estado vegetativo por 16 anos. Durante
todo esse tempo Charlie usou identidades falsas pra fazer doações e manter os o
tratamento dela, e era por isso que estava na cidade. Mais trágico que isso só
a família Winchester vendo todo mundo morrer e indo pro inferno logo em
seguida, hahaha! Mas enfim, piadas a parte, essa história nos rendeu um drama
pro final do episódio quando o medo de perder a mãe estava deixando Charlie
prisioneira de seu próprio pesadelo criado por um dos Djins. Sim, havia mais de
um, tão inútil que morreu de maneira bem mais ridícula que o primeiro.
A cena com certeza foi o ponto mais alto do episódio inteiro.
Ver Dean e Charlie nos anos 50, usando aquelas roupas e metralhando vampiros? Nem
nos meus melhores sonhos, haha. Por isso vou sempre elogiar os criadores e
roteiristas dessa série, independente da qualidade miserável de alguns
episódios que eles apresentam. Porque no final eles vão sempre ser os idiotas
donos de uma criatividade de dar inveja. Talvez com um pouquinho de lucidez
eles pudessem reverter o quadro da série, mas nem eu e nem vocês queremos
entrar novamente nesse assunto.
Terminamos essa semana com Charlie aprendendo que às vezes
devemos deixar as pessoas que amamos ir embora, duas criaturas safadinhas indo
pro saco e muito, mas muuuuuito sentimentalismo. Charlie e Dean, Dean e Sam, a
criatura filho com a criatura mãe, vish, deve ter sobrado DR até pros
produtores da série. Mas eu destaco a cena entre Charlie e Dean, mesmo ele não
dizendo de volta que não a amava. Espero que tenhamos episódios assim até o
final da série, porque vocês não sabem o quanto eu odeio dizer que ela não está
me agradando. É sério, isso é quase tortura. Acompanho Supernatural semanalmente desde o primeiro episódio, tendo ligado a
série a vários momentos importantes da minha vida. Não tem jeito de fazer uma
Review sobre um episódio ruim sem amaldiçoar minhas próprias palavras. Bem,
acho que vocês entendem. Até semana que vem.
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